Vida e Sexo
Emmanuel
Parte
13
Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e publicada pela FEB.
O
estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971, é apresentado sequencialmente
sempre às sextas-feiras neste blog.
Eis
o texto e as questões de hoje:
Texto-base
para leitura e reflexão
156.
Abstinência e celibato – O celibato voluntário, conforme esclarecem os
itens 698 e 699 de “O Livro dos Espíritos”, nem sempre agrada a Deus. Quando,
porém, a criatura adota o celibato com o objetivo de se dedicar, de modo mais
completo, ao serviço da Humanidade, a situação se altera, porque todo
sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem. “Quanto maior o
sacrifício, tanto maior o mérito”, asseveram os imortais. (PÁG. 97)
157.
Os que consigam abster-se da comunhão afetiva, com o fim de se fazerem mais
úteis ao próximo, decerto que traçam a si mesmos escaladas mais rápidas aos
cimos do aperfeiçoamento. (PÁG. 98)
158.
Agindo assim, por amor, a serviço dos semelhantes, eles convertem a existência,
sem ligações sexuais, em caminho de acesso à sublimação, ambientando-se em
diferentes climas de criatividade, porquanto a energia sexual neles não
estancou o próprio fluxo – essa energia simplesmente se canaliza para outros
objetivos, os de natureza espiritual. (PÁG. 98)
159.
Abstinência e celibato, seja por decisão súbita do homem ou da mulher,
interessados em educar os próprios impulsos, seja por deliberação assumida, antes
do renascimento na esfera física, em obediência a fins específicos, não contam
indiferença e nem anestesia do sentimento. (PÁGS. 99 e 100)
160.
Constituem, sim, tentames louváveis do ser – experiências de caráter
transitório –, nos quais a fome de alimento afetivo se lhes transforma no imo
do coração em fogo purificador, acrisolando-lhes as tendências ou
transfigurando essas mesmas tendências em clima de produção do bem comum,
através do qual, pela doação de uma vida, se efetua o apoio espiritual ou a iluminação
de inúmeras outras. (PÁG. 100)
161.
Carga erótica – Aprendemos no Espiritismo que o homem deve amar a sua
alma, mas cuidar também de seu corpo. “Desatender às necessidades que a própria
Natureza indica, é desatender a lei de Deus”, ensina a lição contida no item 11
do cap. XVII de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. “Sereis, porventura, mais
perfeitos se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos
orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está
nisso, está toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito.
Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes
dócil à vontade de Deus e o único de alcançardes a perfeição.” (PÁGS. 101 e
102)
162.
O instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas
profundezas da vida, orientando os processos da evolução. Toda criatura
consciente traz consigo, devidamente estratificada, a herança incomensurável
das experiências sexuais, vividas nos reinos inferiores da Natureza. (PÁG. 102)
163.
Depreende-se disso que toda criatura na Terra transporta em si mesma
determinada taxa de carga erótica, de que, em verdade, não se libertará
unicamente ao preço de palavras e votos brilhantes, mas à custa de experiência
e trabalho, de vez que instintos e paixões são energias e estados inerentes à
alma de cada um, que as leis da Criação não destroem e sim auxiliam cada pessoa
a transformar e elevar, no rumo da perfeição. (PÁG. 103)
164.
É fácil entender, portanto, que do erotismo, como fator de magnetismo sexual
humano, na romagem terrestre, não partilham tão somente as inteligências que já
se angelizaram, em minoria absoluta no Plano Físico, e os irmãos da Humanidade
internados provisoriamente nas celas da idiotia. (PÁG. 103)
165.
Os Espíritos sublimados se atraem uns aos outros por laços de amor considerado
divino, por enquanto inabordáveis a nós que ainda compartilhamos das tendências
e aspirações, dificuldades e provas do gênero humano. Quanto aos companheiros
temporariamente bloqueados por cérebros deficientes, atravessam períodos mais
ou menos longos de silêncio emocional, destinados a reparações e reajustes,
quase sempre solicitados por eles mesmos. (PÁG. 103)
166.
Assim, toda criatura humana carreia consigo determinada carga de impulsos
eróticos, que ela mesma aprende, gradativamente, a orientar para o bem e a
valorizar para a vida. Não nos achamos, diante do sexo, à frente de um
despenhadeiro para as trevas, mas sim perante a fonte viva das energias em que
a Sabedoria do Universo situou o laboratório das formas físicas e a usina dos
estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefas que esposamos,
visando ao progresso dos homens. (PÁG. 104)
167.
Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou(1) ou que não se encontre
em processo de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma,
traz, evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se
expressarem por sede de apoio afetivo, e é claramente, nas lavras da
experiência, errando e acertando e tornando a errar para acertar com mais
segurança, que cada um de nós conseguirá sublimar os sentimentos que nos são
próprios, de modo a erguer-nos em definitivo para a conquista da felicidade
celeste e do Amor Universal. (PÁG. 104)
168.
Sexo e religião – A necessidade da reencarnação para o progresso da
criatura humana está claramente posta no item 166 de “O Livro dos Espíritos”.
Para alcançar a perfeição, é indispensável sofrer a prova de uma nova
existência corporal. (PÁG. 105)
169.
A criatura que abraça encargos de natureza religiosa está procurando para si
mesma aguilhões regeneradores ou educativos, de vez que ordenações de caráter
externo não transfiguram milagrosamente o mundo íntimo. As realizações da fé se
concretizam à base de porfiadas lutas da alma; ninguém se burila de um dia para
outro. (PÁGS. 105 e 106) (Continua no próximo número.)
(1)
Angelizar-se significa tornar-se angélico, ou seja, um ser angelical,
puríssimo, imaculado, próprio dos anjos.
Questões
para fixação do estudo
A.
O celibato voluntário agrada a Deus?
Conforme
é dito nas questões 698 e 699 de “O Livro dos Espíritos”, o celibato nem sempre
agrada a Deus. Quando, porém, a criatura adota o celibato com o objetivo de se
dedicar, de modo mais completo, ao serviço da Humanidade, a situação se altera,
porque todo sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem. “Quanto
maior o sacrifício, tanto maior o mérito”, asseveram os imortais. Os que
conseguem abster-se da comunhão afetiva, com o fim de se fazerem mais úteis ao
próximo, decerto que traçam a si mesmos escaladas mais rápidas aos cimos do
aperfeiçoamento. (Vida e Sexo, pp. 97 e 98.)
B.
O homem deve amar a sua alma, mas cuidar também do corpo. Que significa tal
pensamento?
Significa
que é preciso cuidar do instrumento físico de que nos valemos quando estamos
reencarnados. “Desatender às necessidades que a própria Natureza indica, é
desatender a lei de Deus”, ensina a lição contida no item 11 do cap. XVII de “O
Evangelho segundo o Espiritismo”. “Sereis, porventura, mais perfeitos se,
martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e
mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso,
está toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito. Dobrai-o,
submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes dócil à
vontade de Deus e o único de alcançardes a perfeição.” (Obra citada, pp. 101 e
102.)
C. É correto afirmar que toda criatura humana carreia consigo
determinada carga de impulsos eróticos?
Sim. Cada homem e cada mulher que ainda
não se angelizou(1) ou que não se encontre em processo de bloqueio das
possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz maior ou menor percentagem
de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio afetivo, e
é claramente, nas lavras da experiência, errando e acertando e tornando a errar
para acertar com mais segurança, que cada um de nós conseguirá sublimar os
sentimentos que nos são próprios, de modo a erguer-nos em definitivo para a
conquista da felicidade celeste e do Amor Universal. (Obra citada, pág. 104.)
Observação:
Para
acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:
https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/02/vida-e-sexo-emmanuel-parte-12.html
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