Como devemos grafar: “Dê lembranças à Márcia” ou
“Dê lembranças a Márcia”?
Existe uma regra
aplicável a este caso?
Sim. Na correspondência dirigida ao sexo feminino, a indicação
do sinal de crase é facultativa. A crase significa, em tais casos, uma maior
intimidade com a pessoa citada. A ausência de crase é sinal de respeito e de um
certo distanciamento entre nós e o outro.
Igual tratamento ocorre no caso de correspondência
dirigida ao sexo masculino.
“Refiro-me ao Gorbachev” ou “Refiro-me a Gorbachev”?
No segundo caso usa-se apenas a preposição, sem o artigo,
para marcar o distanciamento ou o respeito entre nós e a pessoa citada, algo
que, no meio espírita, fica bem nítido quando nos referimos aos escritores e
autores de um modo geral:
- Gosto muito dos livros de Herculano Pires. (E
não: “... dos livros do Herculano Pires”.)
- É de Emmanuel esta frase.
- Gostaria de enviar um pensamento elevado a
Bezerra.
- Li isto em Kardec.
Concluindo, vê-se que é o artigo definido (“o” ou “a”)
que indica a proximidade ou intimidade entre nós e a pessoa a que nos
referimos.
*
Como dizer: “O personagem da novela das 9 é o máximo” ou
“A personagem da novela 9 é o máximo”?
Seja ele homem ou mulher, podemos dizer indiferentemente
“o personagem” ou “a personagem”, visto que esse vocábulo é comum aos dois
gêneros, como registram o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP),
o Aurélio e o Houaiss.
Observação:
Para acessar o estudo publicado no sábado
anterior, clique aqui: – https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/02/qual-e-o-correto-quando-vi-ja-passava.html
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