CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
Enquanto
nos desgastamos com alheias situações desventurosas, enquanto fatos secundários
nos tiram o sossego ‒ o que não deveria acontecer ‒, o tempo está
passando e este estágio no Planeta também segue para a conclusão, e talvez
muito do que pretendíamos realizar ‒ planejamento na erraticidade ‒ não aconteceu,
pois perdemos tempo e oportunidades, até mesmo nos perdemos, certas vezes, por
causa de outrem, por causa das ainda infelizes animosidades.
Para evoluir é mais simples do que parece, ou seja,
importarmo-nos com o que depende de nós, com tudo o que podemos fazer de
produtivo com resultado particular e coletivo, pois como sociedade humana,
temos o dever da boa contribuição para o desenvolvimento planetário. Como há o
livre-arbítrio e cada indivíduo responde estritamente por sua atitude, palavra,
pensamento e sentimento, não temos domínio sobre nada externamente e, graças a
Deus, temos a responsabilidade por nossos atos. Então, quando compreendemos que
o controle deve ser sobre nós mesmos, florescemos em nossa evolução. Se bem que
quando entendemos isso, ao mesmo tempo, recai sobre nós o desafio de nossa
melhora em todos os quesitos, que não são poucos. No entanto é com a
responsabilidade que se conquista degraus.
Portanto, a percepção surge quando se entende que
as pessoas sem paz não conseguirão ainda ser pacíficas; que as pessoas que não
sentem amor não saberão ainda amar; que as pessoas impacientes não assimilarão
a convivência paciente; que as pessoas que não aprenderam a ser caridosas, de
forma alguma, atenderão à caridade; essa compreensão já adianta muito o nosso
desenvolvimento.
As pessoas só enxergarão o que houver em seu
interior, ou melhor, o que elas são de verdade. Por isso, muitas vezes, nos
desgastamos por causa do comportamento alheio, pois aguardamos que a
convivência com as pessoas ‒ especialmente as mais próximas ‒ tenha mais
harmonia e amor, porém muito já foi elucidado que laços consanguíneos não
significam calmaria, no entanto, incontáveis vezes, são retomadas para
conciliação dos laços antigos que ainda não se harmonizaram. Há casos e casos,
e variadas problemáticas não faltam.
Novamente voltamos ao quilate que é o aprimoramento
pessoal, porque quando o interior está em crescimento tudo começa a fazer
sentido e a inaceitação alheia enfraquece até desaparecer. E torna-se tão claro
que a essência das coisas existe no espírito de quem as demonstra, vivencia.
Somente quem tem o belo, o amor, a bondade, a paz, a luz, a caridade, a fé é
que pode compartilhá-los; já quem ainda não os conquistou, por não ser capaz de
sentir, naturalmente, não será capaz de doar. Há coisas que não se disfarçam.
Ou há o paraíso em nós, ou o inferno será evidente.
E a vida, paciente, aguarda a nossa evolução para
que toda a sua beleza seja inteiramente contemplada e sentida.
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poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/
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