sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Espiritismo admite a existência da possessão?


Um amigo diz-nos que Allan Kardec, quando da publicação de O Livro dos Médiuns, ao definir a obsessão simples, a fascinação e a subjugação, descartara a hipótese da existência da possessão. Mais tarde, no livro A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, cap. XIV, o Codificador voltou ao assunto, utilizando aí o termo possessão não somente para a atuação malfazeja, mas também em determinados casos de manifestação dos bons Espíritos.
Em face disso, pergunta-nos:
· Existe possessão?
· Como interpretar os dois textos (Livro dos Médiuns x A Gênese)?
· No caso de um bom Espírito, podemos dizer que se trata da chamada incorporação mencionada por Léon Denis na obra No Invisível?
Quem estuda o Espiritismo sabe que Kardec mudou de ideia com relação à "possessão", que ele rejeitou até O Livro dos Médiuns e depois admitiu claramente em  A Gênese.
Quando produzida por um mau Espírito – diz o Codificador – a possessão tem todos os característicos da subjugação, mas, diferentemente desta, a possessão pode ser produzida por um bom Espírito e, neste caso, pode se aplicar ao fenômeno o nome de incorporação mencionado por Léon Denis e, décadas mais tarde, por André Luiz.
A mudança de pensamento de Kardec deu-se por força dos fatos. Demorou algum tempo para que ele conhecesse o fenômeno da incorporação, hoje tão conhecido dos que trabalham na área da mediunidade. Na Revista Espírita ele alude ao episódio, que muito o impressionou na ocasião.
Sugerimos aos interessados que leiam, sobre a razão que levou Kardec a mudar de opinião, o texto publicado na edição 111 da revista O Consolador, constante da seção Estudando as obras de Kardec, que nos é possível acessar clicando no link abaixo:
http://www.oconsolador.com.br/ano3/111/estudandoasobrasdekardec.html

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