CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Num
bate-papo informal entre jovens, surge o assunto sobre Deus. Como sempre, há os
que creem e os que não. Certos temas quando iniciados são um pouco inflamáveis
e esse, em questão, era um deles.
A
maioria defendia severamente a existência suprema; uma mínima parte precisava
da ação de Tomé: “ver para crer”.
Nesse
momento, ao ar livre, pois os jovens estavam sentados em círculo, à beira de um
rio, feriado no dia, era impossível não perceberem a grandeza absoluta. E na
hora mais febril da conversa, um beija-flor azul pairou no ar, no meio deles, e
ficou ali alguns segundinhos mágicos.
A
discussão foi perdendo força até silenciar e a observação tomou conta dos olhos
joviais para o pequenino pássaro que, para permanecer imóvel no ar, batia suas
asinhas até oitenta vezes por segundo.
–
Magnífico! – foi a palavra lançada por uma das jovens.
Na
ocasião, o céu estava entre o rosa e o laranja; o ar alimentava os pulmões; os
olhos podiam ver a beleza esculpida da natureza; os peixes nadavam no rio; as
belas flores estavam em toda parte naquele local; o arco-íris, no fundo,
tornava-se vivo; o espetáculo da vida se fazia presente, pois é ininterrupto, é
eterno.
Olharam-se
e permaneceram quietos. Os que criam comprovaram mais uma vez; os seguidores de
Tomé, com o suspiro suspenso, deixaram o brilho dos olhos dizer por eles.
A
noite chegava para seu turno; as estrelas, ao longe, e com a lua perfeita,
continuariam com o show da vida. Era
anunciado um breve boa noite, e logo viria um lindo bom dia. A cada milésimo de
tempo sem intervalo se evidencia a existência divina.
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