Na entrevista que, algum tempo atrás, Divaldo Franco concedeu a Ana Maria Braga, em seu programa matinal na Rede Globo de Televisão, chamou a atenção a surpresa da jornalista com respeito à jovialidade do notável médium que, como sabemos, já havia naquela ocasião ultrapassado a marca dos 80 anos.
Qual o
segredo dessa jovialidade? Divaldo disse: “Alegria de viver”, acrescentando em
seguida que o Espiritismo lhe havia tirado todas as dúvidas a respeito das
metas psicológicas e dos objetivos de nossa passagem pela Terra.
É provável
que esteja aí, no esclarecimento de nossas dúvidas, o motivo pelo qual a
Doutrina Espírita encanta os adultos que a ela chegam após terem cultivado
outras crenças.
Foi o que nos
disse certa vez uma dessas pessoas que ingressou pela primeira vez num centro
espírita depois de haver perdido, em circunstâncias dramáticas, seu filho
caçula. Estudando a Doutrina, conhecendo melhor os meandros e os mistérios da
vida, ele também diz, como Divaldo, que o Espiritismo lhe esclareceu todas as
dúvidas que uma vida dedicada ao catolicismo jamais havia solucionado.
Em um artigo
por nós publicado meses atrás, o tema principal foi a larga distância que
existe entre o mundo que conhecemos e o mundo sonhado pelos revolucionários
franceses, mundo esse no qual um dia imperarão soberanas a fraternidade, a
igualdade e a liberdade.
A pergunta
inevitável é: por que esse dia se encontra tão longe?
Conforme
observou Kardec a respeito do assunto, a questão toda se resume à inexistência
na Terra do sentimento de fraternidade, que, embora possa existir nesse ou
naquele círculo, constitui um ideal distante das diferentes sociedades
existentes no planeta, com culturas heterogêneas e um sentimento nacionalista muito
forte, que divide em vez de unir os terráqueos.
Ao mostrar
com meridiana clareza quais são os nossos verdadeiros interesses nesta passagem
pela Terra e quais as metas que o Espírito humano objetiva no seu longo
processo evolutivo, o Espiritismo pode ajudar muito nessa união cada dia mais
necessária. Afinal, a base do ideal de fraternidade é o fato de sermos todos
irmãos, filhos do mesmo Pai e a caminho do mesmo objetivo.
Para isso, é
indispensável divulgar os ensinamentos que os imortais nos têm enviado. Fazê-lo
atende uma conhecida recomendação de Emmanuel concernente à divulgação do
Espiritismo, que ele expressou nos seguintes termos: “Lembra-te deles, os quase
loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda
socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de
Jesus-Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra,
recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade –
a caridade da sua própria divulgação”.
(Estude e Viva de Emmanuel/André Luiz, cap. 40.)
Divulgar o
Espiritismo não significa fazer a ele caridade; não é essa a ideia. Divulgar o
Espiritismo significa ajudar as pessoas para que possam, tal como Divaldo
observou, eliminar todas as dúvidas que tenham com relação às metas
psicológicas e aos objetivos de sua passagem pelo planeta.
Com isso,
estaremos, sem dúvida, contribuindo para que o ideal de fraternidade seja, um
dia, realidade no mundo em que vivemos. E com ela, como já vimos anteriormente,
a igualdade e a liberdade serão meras consequências.
Seus posts sempre geram aprendizado, consolo, esperança... Neruda tinha razão quando dizia sobre a urgência da "terrestre esperança" porquanto a fraternidade ainda não tem presença uníssona no planeta. Mas estamos a caminhar. Gratidão pela sua luta em divulgar o Espiritismo... Abraços. Eugênia.
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