terça-feira, 11 de junho de 2013

A obsessão e seu tratamento


(Parte 2 e final)

Concluímos hoje à noite no “Nosso Lar”, em Londrina, o seminário “A obsessão e seu tratamento”, cuja primeira parte foi estudada na terça-feira passada.

Foram seis os tópicos que compuseram o seminário, a saber:
1. Conceito de obsessão.
2. Diferença entre obsessão e loucura.
3. Causas da obsessão.
4. Profilaxia e tratamento da obsessão.
5. Medidas indispensáveis ao tratamento.
6. Ineficácia do exorcismo.

Os quatro primeiros foram examinados na semana passada; nesta noite tratamos dos dois últimos: medidas indispensáveis ao tratamento e ineficácia do exorcismo.

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Eis, na sequência, a reprodução do texto relativo ao estudo desta noite:

5. Medidas indispensáveis ao tratamento

Podemos sintetizar em oito itens os recursos necessários à cura das obsessões:
I - conscientização do problema por parte do obsidiado e de seus familiares, lembrando-lhes que a paciência é fator essencial no tratamento.
II - fluidoterapia (passes magnéticos, radiações e água magnetizada);
III - prece e vigilância permanente;
IV - laborterapia;
V - renovação das ideias através da boa leitura, de palestras e da conversação elevada;
VI - culto evangélico no lar;
VII - esclarecimento do Espírito obsessor, em grupos mediúnicos especializados.
VIII – tratamento médico simultâneo ou consecutivo.
Diz Kardec (E.S.E., cap. 28, “Observação”) que a obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas; em face disso, reclama, por vezes, tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para restabelecer a saúde do organismo.

6. Ineficácia do exorcismo

A cura das obsessões graves requer muita paciência, perseverança e devotamento. Exige também tato e habilidade, a fim de encaminhar para o bem Espíritos muitas vezes perversos, endurecidos e astuciosos, porquanto os há rebeldes ao extremo.
Qualquer que seja, porém, o caráter do Espírito, nada se obtém pelo constrangimento ou pela ameaça.
Toda influência reside no ascendente moral. Sem ela, os diálogos com o Espírito causador do processo obsessivo serão totalmente infrutíferos.
Outra verdade igualmente comprovada pela experiência, tanto quanto pela lógica, é a completa ineficácia dos exorcismos, fórmulas, palavras sacramentais, amuletos, talismãs, práticas exteriores, ou quaisquer sinais materiais.
Eis três observações derradeiras capazes de demonstrar, em definitivo, a ineficácia do constrangimento, da ameaça e dos exorcismos em geral:
- O obsidiado só se libertará quando ele mesmo se dispuser a promover a autodesobsessão. É preciso compreender que o tratamento da obsessão não consiste na expulsão do obsessor. Se isso fosse possível, ele depois voltaria, com forças redobradas, à obra interrompida. A terapia tem em vista a reconciliação. Trata-se de uma conversão a ser feita, tarefa que requer do obsidiado uma ampla cooperação, grandes esforços e boa vontade. (Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert, 2ª Parte, cap. 2.)
- Yvonne A. Pereira, em Recordações da Mediunidade, é incisiva a tal respeito: “O obsidiado, se não procurar renovar-se diariamente, num trabalho perseverante de autodomínio ou autoeducação, progredindo em moral e edificação espiritual, jamais deixará de se sentir obsidiado, ainda que o seu primitivo obsessor se regenere”.
- Nem sempre a cura da obsessão ocorre quando são afastados os pobres perseguidores, mas somente quando os seus companheiros de luta instalam no mundo íntimo as bases do legítimo amor e do trabalho fraternal em favor do próximo, tanto quanto de si mesmos, através do cumprimento reto dos deveres. Ninguém espere milagres. O esforço e a dedicação são fundamentais nessas conjunturas. É por isso que a saúde mental que decorre da liberação das alienações obsessivas se faz difícil, porque ela depende, sobretudo, do enfermo e do seu máximo esforço. (Painéis da Obsessão, de Manoel P. de Miranda, cap. 20, pp. 158 a 161.)

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Na próxima terça-feira apresentaremos aqui o resumo do estudo inicial relativo ao livro Deuteronômio, que integra o Pentateuco Mosaico, tema de estudo das próximas reuniões do Grupo de Estudos Espíritas Abel Gomes – GEEAG.
Essas reuniões são realizadas semanalmente, todas as terças-feiras, no horário de 18h30 a 19h40, e também às quintas-feiras (14h30 a 15h40), no Centro Espírita Nosso Lar.



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