O título acima foi suscitado por uma pergunta que uma
leitora nos fez, a saber: Que é preciso para que um Espírito se comunique?
Segundo a doutrina espírita, para que um Espírito se
comunique, é preciso, além da permissão de Deus ou de seus prepostos:
1° - que lhe convenha fazê-lo;
2° - que sua posição ou suas ocupações lho permitam;
3° - que encontre no médium um instrumento apropriado
à sua natureza.
Em princípio, podemos comunicar-nos com os Espíritos
de todas as categorias, com os nossos parentes e amigos, com os mais elevados e
também com os mais vulgares; porém, independentemente das condições individuais
de possibilidade, eles vêm mais ou menos de boa-vontade segundo as
circunstâncias e, sobretudo, segundo a simpatia que tenham pelas pessoas que os
chamam, e não pelo pedido do primeiro que tenha a fantasia de evocá-los por
puro sentimento de curiosidade. É claro que se eles, quando na Terra, não se
incomodariam com elas, depois da morte não o fazem também.
Os Espíritos sérios só comparecem às reuniões sérias,
para onde os chamam com recolhimento e para assuntos também sérios. Não se
prestam a responder a perguntas de curiosidade, ou de prova, ou com um fim
fútil, nem também a experiência alguma.
Os Espíritos frívolos andam por toda a parte; contudo,
nas reuniões sérias eles se calam e conservam-se afastados, para escutar, como
fariam estudantes em uma assembleia de doutos.
Em face das explicações acima, fica fácil entender por
que Chico Xavier disse, certa vez: “O telefone com o
Além toca de lá para cá”, ou seja, os desencarnados nos buscam quando podem e
quando existem fortes razões para isso.
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