CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Certas vezes, é necessário o recolhimento para
se alcançar a paz; facilitar o reencontro com o próprio eu; promover o silêncio
precioso tão aprazível.
Conversas, risadas, assuntos diversos, em
algumas ocasiões, saturam a natureza do espírito; ele quer o afastamento e a
calma, ele necessita ouvir suas palavras, sentir suas emoções, estar um momento
consigo.
Tudo o que para o espírito é imprescindível já
lhe é semente plantada aguardando a oportunidade para a germinação.
Fazer desabrochar a semente das boas realizações
é tarefa primorosa para ele, principalmente, aqui e agora para a alma que
trilha o caminho material, e consente os sentimentos mais vivos e, em certos
casos, ainda muito perturbadores.
De repente, a percepção é sentida, pois se não
houver esse “insight” os dias passam a ser vividos sem uma razão, mas como uma
avalanche que engole tudo sem entendimento. Os robôs é que têm a condição de
hora após hora realizarem, incansavelmente, suas ações; mesmo assim, em alguns
deles, hoje em dia, busca-se desenvolver a questão incomparável: o sentimento.
“Somos espíritos, estamos na matéria.” Há uma
diferença infinita entre os verbos ser e estar: ser, estado permanente; estar,
transitório. Então, há que se recolher para acalmar, compreender, melhor viver.
A materialidade é constante de acontecimentos,
problemas, soluções, novidades, pessoas de agora, manutenção de amizades
antigas; tudo isso se transforma numa quantidade incontável de afazeres, e o
pior é que a falta de tempo sempre aumenta para as verdadeiras e importantes
questões referentes ao bem-estar do espírito.
Da mesma forma que a noite anuncia o
recolhimento e o descanso para a natureza, também a alma precisa de um tempo
para tornar-se familiar para si mesma, no qual possa reencontrar sua essência e
ser seu próprio universo dentro da vida.
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