domingo, 29 de dezembro de 2013

Adeus ao ano que se finda e boas-vindas ao que chega



E eis que 2013 está perto do fim...
Terá sido um ano feliz? Certamente que não, pois, se alguns poucos podem rejubilar-se no final desta temporada, ninguém ignora que a grande maioria dos homens, aqui e no exterior, ainda espera o advento de dias efetivamente felizes, em que a paz reine nos corações e a consciência não mais se debata intranquila.
Há quem pense que a Religião é capaz de trazer-nos esses dias, sobretudo quando consegue mostrar-nos que a felicidade verdadeira não se encontra de modo algum vinculada às posses mundanas e nos leva a lembrar que a gente nasce nu e nu retorna ao plano espiritual.
A ideia de se colocar joias, ouro e outras relíquias de valor em nossa tumba, pensamento que acalentou os sonhos dos faraós, não passa de uma iniciativa vã, visto que esses bens, se têm enorme valor no plano em que estamos, nenhuma utilidade terão no outro mundo.
O homem milionário, que supomos extremamente feliz devido às suas posses,  certamente daria sua fortuna ou parte dela em troca da vida de um filho que a morte levasse.
Esse amor de pai e mãe, a amizade fraterna que cultivamos ao longo da existência, a paz interior que os familiares queridos nos inspiram, nada disso pode ser medido em termos monetários, o que demonstra que as aspirações humanas realmente legítimas são, em última análise, as que podem conduzir a criatura ao encontro do Criador, objetivo final da Religião.
Malgrado essas considerações, o certo é que vivemos em nosso orbe uma época de materialismo desenfreado. Não nos reportamos aqui apenas ao materialismo ideológico, mas ao materialismo prático, que encontramos até mesmo nos atos e costumes dos chamados religiosos.
O egoísmo é – não há como contestar – a raiz desse materialismo, que responde por inúmeras distorções que maculam a civilização do nosso tempo e gera essa febre mundial pela acumulação de bens.
O comportamento materialista é igualmente um atestado de ausência de fé e uma demonstração da falência das religiões, que não têm conseguido incutir nas cogitações dos homens, salvo esporadicamente, por ocasião dos cultos religiosos, uma réstia de luz que os norteie em sua jornada terrena.
“Nós vivemos, nós vivemos, nós – os mortos – vivemos...” – eis o recado dos Espíritos daqueles que já partiram para o além-túmulo.
Que sentido terá para nós esse aviso?
Sem qualquer cogitação de ordem filosófica, ele tem pelo menos este: que a morte não existe, que a existência terrena é uma faceta da vida do Espírito, que a alma é imortal e que nos importa desenvolvê-la com todas as forças do nosso ser, visto que é ela que sobreviverá no final desse processo.
Assim pensando, esperamos que 2014 nos leve a compreender melhor os apelos da crença que professamos e seja isso o início de uma vida de paz e de renovação de nossas existências.



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