Rosa
Pixinguinha (Alfredo
da Rocha Vianna) e Otávio de Souza
Tu és, divina e
graciosa,
Estátua majestosa do
amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda
flor,
De mais ativo olor,
Que na vida é
preferida pelo beija-flor.
Se Deus me fora tão
clemente
Aqui neste ambiente
de luz,
Formada numa tela
deslumbrante e bela,
O teu coração, junto
ao meu, lanceado,
Pregado e crucificado
sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu.
Tu és a forma ideal,
Estátua magistral, oh
alma perenal
Do meu primeiro amor,
sublime amor.
Tu és de Deus a
soberana flor.
Tu és de Deus a
criação
Que em todo coração
sepultas o amor,
O riso, a fé e a dor
Em sândalos olentes
cheios de sabor,
Em vozes tão dolentes
como um sonho em flor.
És láctea estrela,
És mãe da realeza.
És tudo enfim que tem
de belo
Em todo resplendor da
santa natureza.
Perdão, se ouso
confessar-te
Eu hei de sempre
amar-te,
Oh! flor, meu peito
não resiste,
Oh! meu Deus, o
quanto é triste
A incerteza de um
amor
Que mais me faz penar
em esperar,
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar.
Jurar, aos pés do
onipotente,
Em prece comovente de
dor,
E receber a unção da tua
gratidão,
Depois de remir meus
desejos
Em nuvens de beijos,
Hei de envolver-te
até meu padecer
De todo fenecer.
A melodia desta linda valsa foi
composta por Pixinguinha em 1917 e a letra foi escrita alguns anos depois pelo
mecânico Otávio de Souza. Você pode ouvi-la, na voz de
Orlando Silva, clicando em - http://www.youtube.com/watch?v=BQnW6SpBz3E Para ouvi-la na linda
interpretação de Elisa Addor e Marina Spoladore, clique em - https://www.youtube.com/watch?v=HWZO-8EybqQ
Clicando em https://www.youtube.com/watch?v=mj3HA2GE1B4 você poderá também ouvi-la na interpretação de Marisa Monte.
Clicando em https://www.youtube.com/watch?v=mj3HA2GE1B4 você poderá também ouvi-la na interpretação de Marisa Monte.
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