Veremos hoje o que nos ensina a Gramática com relação à
chamada concordância verbal, ou seja, a flexão do verbo de acordo com o sujeito
da oração.
Iniciemos com alguns casos em que o sujeito é simples,
quando, em termos gerais, o verbo concordará sempre com o núcleo do sujeito em
número e pessoa:
- Ele viajou ontem.
- Nós iremos amanhã.
- João, Manoel e Maria saíram cedo.
Há dez situações que os especialistas chamam de casos
especiais. Vejamos nesta edição cinco desses casos:
1) O sujeito é um substantivo coletivo - o verbo ficará no singular:
- A multidão gritou pelo rádio.
- O povo ficou contente.
- A matilha espalhou-se pelo campo.
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ir para o plural, ou permanecer no singular:
- A multidão de fãs aplaudiu.
- A multidão de fãs aplaudiram.
2) Coletivos partitivos
(metade, a maior parte, maioria etc.) - o verbo ficará no singular ou no plural:
- A maioria dos estudantes foi mal na prova.
- A maioria dos estudantes foram mal na prova.
- Metade dos alunos viajou no final de semana.
- Metade dos alunos viajaram no final de semana.
3) O sujeito é um pronome
de tratamento - o verbo ficará sempre na 3ª pessoa do singular ou do
plural, conforme o caso:
- Sua Alteza pede silêncio.
- Suas Altezas pedem silêncio.
- Vossa Senhoria é uma pessoa admirável.
- Vossas Senhorias são pessoas admiráveis.
4) O sujeito é o pronome relativo que - o verbo concordará com o antecedente do pronome:
- Fui eu que escrevi o discurso.
- Fomos nós que escrevemos o discurso.
5) O sujeito é o pronome relativo quem - o verbo ficará na 3ª pessoa do singular ou concordará com o
antecedente do pronome:
- Fui eu quem falou essa frase.
- Fui eu quem falei essa frase.
- Fomos nós quem conseguiu a verba.
- Fomos nós quem conseguimos a verba.
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