terça-feira, 5 de maio de 2015

As estrelas do céu por enquanto na Terra


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

(Este texto é uma homenagem às mães queridas, encarnadas, e às que estão em jornada pelo plano espiritual.)

De longe se conhecem as mãos maternas porque elas embalaram, protegeram, acariciaram e abraçaram tão incomparavelmente os filhos queridos.
A voz da mãe é som eterno na alma, transcende tempo e atravessa existência, é o timbre conhecido cantarolando desde o momento em que ainda o bebê estava se formando na proteção de seu ventre.
Com o olhar da mãe, muitas vezes, as palavras são dispensadas, pois ele é capaz de trazer à compreensão algo ou de criar um paraíso com flores de todas as cores desejadas; é tão notável sua alegria ou, por vezes, também, sua tristeza, e como dói perceber um triste olhar num rosto materno.
Mães que possuem características parecidas entre si. Quanto se ouve: “Não precisa, filho.” Talvez algo material possa até ser dispensado, mas, filhos... amor, carinho, respeito, atenção, todas as mães muito amam e precisam ter em seus corações. Parem um pouco durante cada dia e reservem um momento para o cuidado materno. As mães, num determinado tempo da vida, tornam-se nossas filhas queridas e nossas crianças, fazem beicinho ou até um pouquinho de manha, mas de fato, só querem o nosso amor e proteção.
Mãe que vela noite inteira e no dia seguinte está feliz se o filho está bem; mãe que deixa de comer algo que gosta por saber que o filho também gosta do mesmo escasso alimento; mãe que disfarça algum incômodo, pois sabe que também é o esteio do filho grande e, principalmente, do pequeno; mãe que é mãe e sempre será tão nobre criatura no orbe terrestre e em todo o grandioso universo.
Machucados, visíveis e invisíveis, curados, por beijinhos inteiramente envolvidos pelo amor materno; não há o que comparar com a energia desse amor que é curativa, amorosa, leve, nobre, verdadeira... é de mãe.
E no fim do dia, quanta alegria, mais um presente em poder conviver com seu filho e este, olhando para ela, pensa: quanta alegria, mãe, você na minha vida.
No alto do céu, há espaços vagos entre uma estrela e outra; na realidade, são as lacunas que muitos desses brilhantes deixaram para, por um tempo, ocuparem o papel de mãe.
Os jardins, que tanto amamos, só existem porque as mães estão aqui e sendo a flor, a mais pura e delicada expressão da amorosa doçura, então, foram criados os coloridos jardins para presentearem cada olhar materno e agradecerem por cada mãe aqui presente.
E de longe, todas as estrelas que deixaram o céu são agora as mães da Terra; independente do céu ou da Terra serão sempre estrelas.
A cada mãe, em sua plena condição, deixo o mais carinhoso, respeitoso, agradecido abraço, admiração e ternura. E peço a Maria de Nazaré apoio e força a todas; de Jesus, sei que Sua luz e proteção estão sobre elas e a Deus, infinitamente, agradeço esse maravilhoso amparo na vida de cada filho de sangue ou de coração, mas certamente todos esses espíritos ligados pelo indiscutível e mais nobre sentimento: o amor.
Hoje pela manhã, o céu estava por demais anil; o sol, dourado legítimo; o vento soprava doces canções; os jardins, vivos de cores, por inteiro; era simplesmente o dia em que as estrelas do céu vieram, por um tempo certo, ser as mães dos filhos da Terra.

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