sábado, 6 de junho de 2015

Os outros... poetas neoespiritualistas



JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Estamos no céu,
o universo é curvo,
não se está acima
nem se está abaixo.
Einstein me disse isso
e nisso acredito.
Poesia e véu
não caem do céu.  (jó)

Há entre nós uma nova geração poética, viçosa e galharda, viva e ativa. Ela já se posiciona para mostrar ao mundo uma nova arte: a espírita.
Hippolyte afirmou em vida e foi publicado postumamente que “O Espiritismo abre à arte um campo novo imenso e inexplorado. E quando o artista trabalhar com convicção o mundo espiritual colherá nessa fonte as mais sublimes inspirações” (in: Obras póstumas. Influência perniciosa das ideias materialistas).
Joteli tem publicado, ao longo dos anos, alguns dos seus singelos poemas numa conceituada revista espírita. Num deles, lemos a seguinte estrofe:

Conheça o Espiritismo,
Farol da Humanidade,
Revelação que nos traz
Vida, caminho e verdade.

Mas meu secretário não está só nessa batalha. Influenciamos e somos influenciados em cada existência. As almas amigas e as outras, não necessariamente inimigas, mas educadoras de nossa vaidade e orgulho desmedido procuram-se e perseguem-se espiritualmente sem, nem sempre, se darem conta disso.
O que ocorre é que, em geral, os poetas são humildes, tímidos, retraídos, consequentemente. Entre seus poemas menores, há verdadeiras obras primas. Não mostrando uns, também não mostram outros. E assim a vida passa, sorrateira, como o espírito, que sopra onde quer e não sabemos de onde vem, nem para aonde vai, como dizia o profeta Nazareno.
Desse modo, “de repente, não mais que de repente”, apropriando-nos de um verso de Vinícius de Moraes, Joteli se vê cercado de amigos também poetas, como ocorreu comigo, que, entre muitos outros, conheci Castro Alves, José de Alencar, Gonçalves Dias e Francisca Júlia.
Como crítico literário, publiquei o artigo “A nova geração”, revelando o surgimento de uma nova poesia, na qual “nem tudo é ouro [...], mas o essencial é que um espírito novo parece animar a geração que alvorece”.
E eis que, como a demonstrar a verdade da reencarnação, não somente dos espíritos, mas também das ideias e das artes, novos poemas metafísicos vão sendo readaptados aos tempos sumamente materialistas que vivemos.
Essa é a arte, imortal como as almas, inspirada nos e pelos espíritos, igualmente eternos.
Sem ferir a modéstia desses novos poetas, amigos de Joteli, citaremos alguns, cujas obras, mesmo desconhecidas pelo respeitável público, ainda virão à tona: Átila Pessoa, Carolina, Flamarion e Julião. Se esquecemos alguns, pedimos vênia, pois tão logo nos lembrem serão lembrados...
A esses epígonos atuais, com certeza juntar-se-ão muitos outros. Desse modo, penso propor um concurso de poesias à Federação Espírita Brasileira, para que conheçamos, ao menos em parte, a crescente e promissora antologia de poemas contemporâneos espíritas.
Com certeza, esses e outros vates mostrarão ao mundo a veracidade das palavras de Hippolyte que, se a leitora e o leitor curioso não sabem quem é, eu já lhes dirimo a dúvida cruel. É o enviado dos céus para investigar, comprovar e publicar o Espiritismo da França para o Brasil e deste para o mundo: Allan Kardec.
Abraço Machadiano.




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