Um confrade de Goiás pergunta-nos: Que
Espíritos fizeram parte da chamada raça adâmica?
Primeiro é preciso lembrar o significado
da palavra adâmica, forma feminina de adâmico, que nos veio do latim Adam,
'Adão'. Trata-se de um adjetivo relativo a Adão, que seria, segundo a tradição
bíblica, o primeiro homem a povoar a Terra.
Segundo os ensinamentos espíritas, foi uma
dessas colônias de Espíritos, vindos de outra esfera, que deu origem à raça
simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão, chamada raça adâmica.
Quando eles aqui chegaram, nosso planeta
já estava povoado desde tempos imemoriais, do mesmo modo que ocorreu com a
América quando aí chegaram os europeus. Adão não pode ser, portanto,
considerado o pai da espécie humana.
Mais adiantada do que as que a tinham
precedido neste planeta, a raça adâmica foi, sem nenhuma dúvida, a mais inteligente
e a que impeliu ao progresso todas as outras.
O livro de Gênesis mostra-a, desde os seus
primórdios, industriosa e apta às artes e às ciências, o que indica que os
Espíritos que a integravam não passaram pela infância espiritual em nosso
globo, pois – comparando-os com os povos primitivos – tais Espíritos já haviam
progredido bastante.
De fato, segundo o Gênesis, Adão e seus
descendentes, desde a segunda geração, tinham habilidades pertinentes à
construção de cidades, ao cultivo da terra, ao trabalho com os metais, e foram
rápidos e duradouros seus progressos nas artes e nas ciências.
Apesar da inteligência desenvolvida, a
raça adâmica apresentava, contudo, todos os caracteres de uma raça proscrita.
Os Espíritos que a integravam foram exilados para a Terra, já povoada de homens
primitivos, imersos na ignorância, que os imigrantes tiveram por missão fazer
progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida.
Segundo anotações de Kardec no livro A Gênese, cap. XI, a superioridade
intelectual dos exilados prova que o mundo donde vieram era mais adiantado do
que a Terra. Havendo esse mundo entrado numa nova fase de progresso e não tendo
tais Espíritos querido colocar-se à altura desse progresso, foram, em
consequência, desterrados de lá e substituídos por outros que isso mereceram.
Emmanuel retomou o tema e aditou-lhe novas
informações, como o leitor pode ver no livro A Caminho da Luz, cap. III, obra psicografada por Francisco Cândido
Xavier.
A respeito do assunto, sugerimos aos
interessados que vejam também os textos publicados na seção “O Espiritismo
responde” das edições 76 e 193 da revista “O Consolador”. Eis os links que permitem acessar as matérias
citadas:
- http://www.oconsolador.com.br/ano2/76/oespiritismoresponde.html
- http://www.oconsolador.com.br/ano4/193/oespiritismoresponde.html
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