Depois da Morte
Léon Denis
Parte 8
Damos sequência ao estudo
metódico e sequencial do livro Depois da
Morte, de autoria de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por
Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda. Esperamos que
este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos
do Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
- questões preliminares
- texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Como se dá a
separação da alma após a morte corpórea?
B. Em que situação a
separação da alma é menos penosa?
C. Qual é a
importância dos pensamentos e da vontade na condição pessoal do Espírito?
D. Como é a vida de
além-túmulo?
Texto para leitura
151. As sensações
que precedem e seguem a morte são infinitamente variadas e dependem sobretudo
do caráter, dos méritos, da elevação moral do Espírito que deixa a Terra: a
separação é lenta, quase sempre, e o desprendimento da alma opera-se
gradativamente. (P. 201)
152. A separação da
alma é seguida por um período de perturbação, breve para o Espírito justo e
bom, que logo se separa com todos os esplendores da vida celeste, e muito
longo, às vezes durando anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de
fluidos grosseiros. (P. 202)
153. Entre estas,
muitas acreditam que ainda vivem a vida corpórea; outras acham-se completamente
isoladas, mergulhadas em trevas densas, em noite profunda, oprimidas por
incertezas e terror. (P. 202)
154. Geralmente a
separação da alma é menos penosa depois de longa doença, visto que esta tem por
efeito desfazer, pouco a pouco, os liames carnais. (P. 204)
155. Mortes súbitas
ou violentas, que atingem a vida orgânica em sua plenitude, produzem uma perturbação
prolongada. É o que se dá com os suicidas, que experimentam sensações horríveis
e sofrem por longos anos. (P. 204)
156. Uma lei simples
rege esse fenômeno: quanto mais leves são as moléculas do perispírito, tanto
mais rápida é a desencarnação. (P. 205)
157. O Espírito
impuro, cheio de fluidos materiais, fica confinado nos estratos inferiores da
atmosfera terrestre. (P. 205)
158. Assim, cada
Espírito é o juiz de si mesmo e encontra em si, na própria consciência e não em
outra parte, o prêmio ou o castigo. (P. 206)
159. Todo pensamento
tem uma forma, e esta forma, criada pela vontade, fotografa-se em nós como em
um espelho no qual se fixam as imagens; daí o tormento dos maus, que veem
expostos aos olhos de todos os seus desejos depravados e suas más ações. (P.
207)
160. O invólucro
fluídico do ser purifica-se, ilumina-se ou fica obscurecido, segundo a natureza
dos pensamentos da pessoa. (P. 209)
161. As paixões
baixas e grosseiras perturbam e obscurecem o organismo fluídico; os pensamentos
generosos, as ações nobres apuram e dilatam as moléculas do perispírito. (P.
211)
162. As experiências
de Crookes demonstraram que a rarefação dos átomos determina o estado radiante
deles: a matéria, em estado de rarefação, inflama-se, torna-se luminosa,
imponderável. O mesmo se dá com a substância do perispírito, que constitui um
estado ainda mais sutil da matéria. (P. 211)
163. A vontade usada
para o bem pode realizar grandes coisas, e é muito potente também no mal.
Nossos maus pensamentos, nossos desejos impuros, nossas más ações refletem-se
nos fluidos ambientes e os corrompem. (P. 212)
164. O pensamento,
usado como força magnética, pode reparar muitas desordens, atenuar muitos
males, aliviar e curar. (P. 213)
165. A ação regular
e perseverante da vontade pode atuar a distância sobre os céticos e os
malvados, abalando sua obstinação, atenuando seu ódio, iluminando com um raio
de verdade as mais obstinadas criaturas. Usada para o bem, essa força poderia
transformar o estado moral da sociedade. (P. 214)
166. A alegria e a
elevação do Espírito não resultam do ambiente onde esteja, mas do estado
pessoal do próprio Espírito. (P. 215)
167. As almas
reúnem-se e dispõem-se no espaço segundo o grau de pureza do seu invólucro.
Assim, a posição do Espírito é determinada por sua constituição fluídica, que é
obra sua e consequência do seu passado. (P. 216)
168. O ensino dos
Espíritos sobre a vida de além-túmulo diz-nos que não existe lugar para
contemplação estéril, para a beatitude ociosa. (P. 219)
169. Na vida de
além-túmulo, à feiura terrena, à velhice decrépita e enrugada, sucede um corpo
fluídico, diáfano e brilhante. (P. 221)
170. Após percorrer
o ciclo de suas existências planetárias e haver-se purificado nas suas
migrações através dos mundos, o Espírito encerra a série de existências e entra
na vida espiritual definitiva. (P. 224)
171. Alguns
Espíritos se encarregam de velar pelo progresso e desenvolvimento das nações e
dos mundos; outros reencarnam para cumprir missões de sacrifício e para instruir
os homens; outros se unem a alguma alma encarnada e a sustentam no áspero
caminho da existência. (P. 226)
172. Todos nós temos
um desses gênios tutelares, que nos inspiram nas horas difíceis e nos
encaminham para vias retas. (P. 227)
173. O invólucro
fluídico é como uma veste tecida com os méritos do próprio Espírito no curso de
suas existências. (P. 228)
174. Quem deseje
percorrer rapidamente o ciclo magnífico dos mundos e conquistar as regiões
etéreas e a felicidade, deve projetar para longe as suas faculdades latentes,
devolver à terra tudo o que vem da terra e aspirar aos tesouros eternos: ore,
trabalhe, console, socorra, ame até à imolação, cumprindo os seus deveres à
custa do sacrifício e da morte. (PP. 230 e 231)
Respostas às questões preliminares
A. Como se dá a separação da alma após a morte corpórea?
As sensações que
precedem e seguem a morte são infinitamente variadas e dependem sobretudo do
caráter, dos méritos, da elevação moral do Espírito que deixa a Terra. A
separação é lenta, quase sempre, e o desprendimento da alma opera-se
gradativamente. A separação da alma é seguida por um período de perturbação,
breve para o Espírito justo e bom, que logo se separa com todos os esplendores
da vida celeste, e muito longo, às vezes durando anos inteiros, para as almas
culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros. (Depois da Morte, cap. XXVIII a XXX, pp. 201 e 202.)
B. Em que situação a separação da alma é menos penosa?
Geralmente a
separação da alma é menos penosa depois de longa doença, visto que esta tem por
efeito desfazer, pouco a pouco, os liames carnais. Mortes súbitas ou violentas,
que atingem a vida orgânica em sua plenitude, produzem uma perturbação prolongada.
É o que se dá com os suicidas, que experimentam sensações horríveis e sofrem
por longos anos. (Obra citada, cap. XXX e XXXI, pp. 204 a 206.)
C. Qual é a importância dos pensamentos e da vontade na
condição pessoal do Espírito?
Todo pensamento tem
uma forma, e esta forma, criada pela vontade, fotografa-se em nós como em um
espelho no qual se fixam as imagens; daí o tormento dos maus, que veem expostos
aos olhos de todos os seus desejos depravados e suas más ações. O invólucro
fluídico do ser purifica-se, ilumina-se ou fica obscurecido, segundo a natureza
dos pensamentos da pessoa. As paixões baixas e grosseiras perturbam e
obscurecem o organismo fluídico; os pensamentos generosos, as ações nobres
apuram e dilatam as moléculas do perispírito. As experiências de Crookes
demonstraram que a rarefação dos átomos determina o estado radiante deles: a
matéria, em estado de rarefação, inflama-se, torna-se luminosa, imponderável. O
mesmo se dá com a substância do perispírito, que constitui um estado ainda mais
sutil da matéria. A vontade usada para o bem pode realizar grandes coisas, e é
muito potente também no mal. Nossos maus pensamentos, nossos desejos impuros,
nossas más ações refletem-se nos fluidos ambientes e os corrompem. O
pensamento, usado como força magnética, pode reparar muitas desordens, atenuar
muitos males, aliviar e curar. A ação regular e perseverante da vontade pode
atuar à distância sobre os céticos e os malvados, abalando sua obstinação,
atenuando seu ódio, iluminando com um raio de verdade as mais obstinadas
criaturas. (Obra citada, cap. XXXI e XXXII, pp. 207 a 215.)
D. Como é a vida de além-túmulo?
As almas reúnem-se e
dispõem-se no espaço segundo o grau de pureza do seu invólucro. Assim, a
posição do Espírito é determinada por sua constituição fluídica, que é obra sua
e consequência do seu passado. O ensino dos Espíritos sobre a vida de
além-túmulo diz-nos que não existe lugar para contemplação estéril, para a
beatitude ociosa. Na vida de além-túmulo, à feiura terrena, à velhice decrépita
e enrugada, sucede um corpo fluídico, diáfano e brilhante. Alguns Espíritos se
encarregam de velar pelo progresso e desenvolvimento das nações e dos mundos;
outros reencarnam para cumprir missões de sacrifício e para instruir os homens;
outros se unem a alguma alma encarnada e a sustentam no áspero caminho da
existência. Todos nós temos um desses gênios tutelares, que nos inspiram nas
horas difíceis e nos encaminham para vias retas. (Obra citada, cap. XXXIII a
XXXV, pp. 216 a 227.)
Nota:
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