domingo, 31 de janeiro de 2016

Da justiça divina ninguém foge


J. Herculano Pires lembra, a propósito das consequências resultantes do suicídio, que não é Deus quem castiga o suicida, mas ele próprio que pune a si mesmo, incurso por sua atitude nas malhas da lei de causa e efeito. Ninguém, diz Herculano, é levado na corrente da vida pela força exclusiva das circunstâncias.
Além de dispor da faculdade do livre-arbítrio, para poder controlar-se e dirigir-se, o homem está sempre amparado pelas forças espirituais que governam o fluxo das coisas. Daí a recomendação de Jesus: “Orai e vigiai”. “A vida material”, acrescenta o saudoso confrade, “é um exercício para o desenvolvimento dos poderes do Espírito. Quem abandona o exercício por vontade própria está renunciando ao seu desenvolvimento e sofre as consequências naturais dessa opção negativa.” (Astronautas do Além, cap. 3) “Nova oportunidade lhe será concedida, mas já então ao peso do fracasso anterior.” (Obra e cap. citados.)
Um ensinamento que constitui ponto pacífico para nós espíritas é que da justiça divina ninguém foge.
Nossa mente guarda consigo, em germe, os acontecimentos agradáveis ou desagradáveis que a surpreenderão amanhã, assim como a semente minúscula encerra potencialmente a planta produtiva em que se transformará no futuro, disse a André Luiz o Ministro Sânzio, que, para ilustrar seu pensamento, formulou o seguinte exemplo:

"Figuremos um homem acovardado diante da luta, perpetrando o suicídio aos quarenta anos de idade no corpo físico. Esse homem penetra no mundo espiritual sofrendo as consequências imediatas do gesto infeliz, gastando tempo mais ou menos longo, segundo as atenuantes e agravantes de sua deserção, para recompor as células do veículo perispirítico, e, logo que oportuno, quando torna a merecer o prêmio de um corpo carnal na Esfera Humana, dentre as provas que repetirá, naturalmente se inclui a extrema tentação ao suicídio na idade precisa em que abandonou a posição de trabalho que lhe cabia, porque as imagens destrutivas, que arquivou em sua mente, se desdobrarão, diante dele, através do fenômeno a que podemos chamar `circunstâncias reflexas', dando azo a recônditos desequilíbrios emocionais que o situarão, logicamente, em contato com as forças desequilibradas que se lhe ajustam ao temporário modo de ser".  (Ação e Reação, cap. 7.)

Que ocorrerá então com o ex-suicida?
Tudo dependerá dele mesmo. "Se esse homem”, esclareceu Sânzio, “não houver amealhado recursos educativos e renovadores em si mesmo, pela prática da fraternidade e do estudo, de modo a superar a crise inevitável, muito dificilmente escapará ao suicídio, de novo, porque as tentações, não obstante reforçadas por fora de nós, começam em nós e alimentam-se de nós mesmos." (Obra citada, cap. 7.)
Por aí se vê que a obra de nossa dignificação espiritual é serviço intransferível e que devemos a nós mesmos quanto nos sucede em matéria de bem ou de mal.
Se desejamos desfrutar dias felizes no futuro, semeemos o bem, nunca o mal, cientes de que, como ensinou o Apóstolo Pedro, “o amor cobre a multidão dos pecados” (I Pedro, 4:8).



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sábado, 30 de janeiro de 2016

Destaques da semana da revista “O Consolador”


Já está disponível na internet a edição 450, de 31.jan.2016, da revista O Consolador.
Como já foi amplamente divulgado, a revista não mais envia aos leitores, por e-mail, os destaques semanais de suas edições. Os destaques semanais da revista são postados neste blog, sempre aos sábados, exatamente às 17 horas, como fazemos agora.
A seguir:

Destaques da edição 450 d´O Consolador

Link que remete à edição 450, de 31 de janeiro, da revista O CONSOLADOR:
Nossa entrevistada é Altair Flores Aquino, radicada em Nova Andradina (MS).
Saiba o que ocorre nesta semana no movimento espírita brasileiro.
Anote e acompanhe os eventos espíritas internacionais desta semana.
Que fazer, quando a faculdade mediúnica se desenvolve espontaneamente num indivíduo?
Quem escreveu: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei”?
Divaldo Franco fez a conferência de abertura do III Congresso Espírita Paraense.
“Vós sois deuses...” é o título do editorial da presente edição.
Foi lançado pela EVOC o e-book O Pulo do Gato, de autoria de Felinto Elízio Duarte Campelo. http://www.oconsolador.com.br/editora/evoc.htm
Qual é a visão que o Espiritismo nos apresenta sobre Deus, nosso Pai eterno?
Por que há tanta autocensura nas comunicações dos espíritas desencarnados?
“A religião e o progresso.” (Altamirando Carneiro)
O que, resumidamente, tem por finalidade a ação magnética? 
“Espiritismo em síntese.” (Fernando Rosemberg Patrocínio)
Nós, seres humanos, somos os únicos seres vivos com "alma"?
As pequeninas grandes dádivas, segundo Emmanuel.
“O estudo deve ter prioridade máxima na casa espírita.” (Jorge Hessen)
Que atitude devemos ter com as pessoas ignorantes ou fanatizadas?
“A criação de Jesus divinizado levou ao Deus antropomorfizado.” (José Reis Chaves)
O que é necessário para que o espírita não fracasse?
Chico Xavier tudo fazia para evitar o perigo da vaidade. Veja alguns exemplos.
“Surto psicótico. Os anencéfalos estão voltando?” (Luiz Carlos Formiga)
“Vezes sem conto ele viajou pelo interior de Minas” – há erro na frase?
“A família.” (Raymundo Rodrigues Espelho)
Abertas inscrições para curso de esperanto em São Caetano do Sul. Saiba mais.
Meimei conta-nos a história de Roger, de oito anos, que só gostava de brincar.
“As duas torres elevadas da caridade.” (Rogério Coelho)
Leia e se emocione com o soneto “Lei do Amor”, de Narcisa Amália.
“Dinheiro na Casa Espírita.” (Wellington Balbo)


Ouvir e escutar, entender e compreender


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Boa tarde, amiga leitora, você sabe a diferença entre ouvir e escutar? Ouvir é captar os sons com o aparelho auditivo, mas não necessariamente entendê-lo. Exemplo:
– Juca, você gostaria de almoçar agora? Resposta do Juca, que ouviu claramente, mas não escutou o que a esposa lhe disse:
– Minha nora é tão boazinha, porque eu iria amansá-la?
Deixo a você, leitora, a interpretação do que o Juca ouviu.
Há poucas horas, um amigo ligou para Joteli e, conversa vai, conversa vem, disse-lhe que foi com dois amigos ao Detran para fazer a transferência de um automóvel para um desses amigos, que o comprara do Manoel, o amigo que ligou.
Depois de tudo certo, na hora de citar a marca do carro para o funcionário do Detran, o ex-proprietário do veículo disse-lhe que se tratava de um Honda Fit.
Na pressa de saírem, o novo proprietário pegou o documento e não o conferiu. Chegando a casa, observou que o veículo fora registrado como Honda Civic.
Conclusão número 1: o funcionário ouviu Civic e não Fit. Conclusão número 2: ouviu, mas não escutou o nome da marca do carro.
Você sabia que há pessoas que têm boa audição, mas não escutam bem e vice-versa? No caso do Juca, o que ele ouve não lhe deixa dúvida; por vezes, entretanto, o problema é o que escuta. Ele não tem um ouvido, o que não o impediu de lecionar durante 22 anos em uma faculdade particular.
Antes que você diga alguma coisa, ele não tem é a audição de um dos pavilhões auditivos, mas tem as duas orelhas. Então, ultimamente, nosso amigo pode ouvir uma coisa e escutar outra. Entretanto, paradoxalmente, possui excelente audição, em especial para os sons musicais. Exemplo de músico que o agrada muito: Amado Batista.
Você já percebeu, amigo leitor, como o Amadão canta bem? Que voz! O mais próximo que um cantor pode chegar à sua altura foi o Frank.
— Quem, o Frank Aguiar?
— Não, despiciendo leitor, o Frank Sinatra.
Outras palavrinhas que causam confusão são entender e compreender. Entender é saber alguma coisa sem necessariamente conhecer o seu porquê. Compreender é saber o significado daquilo que foi entendido, para que serve, o porquê daquilo. Quem entende não reflete sobre o que leu ou ouviu; mas quem compreende reflete, compara, questiona, busca saber o porquê da coisa. Não é o que acontece com os conteúdos decorados, que podem ser entendidos, mas não compreendidos. A pessoa repete tudo direitinho, mas nem sempre sabe qual a finalidade daquilo.
O grande problema do entendimento sem compreensão é que, por vezes, a pessoa decora um assunto sem procurar saber a sua utilidade, para que serve e, na hora de responder uma pergunta sobre ele, dá respostas sem sentido, como ocorre nos exames do Enem. Se a pessoa compreende bem o assunto, responde com suas próprias palavras. Se o entendeu, mas não compreendeu, ao esquecê-lo tenta fazer associações com outras informações também não compreendidas. Então sai isto no exame do Enem:
– O que é ditongo e tritongo?
– Ditongo é uma palavra com dois tongos e tritongo é a que possui três tongos...
Ou, na redação, uma conclusão como esta: "A leitura permite ao homem tornar-se míope", que, nem se interpretada literalmente, faz sentido, pois a miopia é a dificuldade de ver a distância e não de perto.
Sem desejar cansar o leitor e a leitora, algumas pérolas famosas do Enem são as seguintes:
"A prosopopeia é o começo de uma epopeia";
"Um paralelepípedo é um animal cujos dois pés são paralelos";
E, para finalizar: "Triângulo são os filhos trigêmeos do ângulo".
Ah, fala sério, meu! 

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Que significa lei de ação e reação?


Uma leitora de Curitiba pergunta-nos se as expressões “lei de causa e efeito” e “lei de ação e reação” são, na conceituação espírita, equivalentes.
A resposta é sim. Trata-se de expressões que têm o mesmo significado e sintetizam como funciona, em verdade, a justiça divina.
Emmanuel revela em seus textos clara preferência pela primeira – “lei de causa e efeito” –, o que é fácil verificar compulsando sua vasta obra.
J. Herculano Pires, um dos autores espíritas mais aclamados, prefere a expressão “lei de ação e reação”, com o mesmo sentido da primeira. Curiosamente, no cap. 20 do livro Na Era do Espírito, Herculano utiliza ambas as expressões numa mesma frase. Ei-la: “(...) como vemos na mensagem de Emmanuel, o Espiritismo só admite o divórcio nos casos extremos, ensinando que as obrigações morais assumidas na vida terrena têm a sanção da lei divina de causa e efeito, de ação e reação”.
A preferência pela expressão “lei de ação e reação” é visível também na obra de André Luiz, que até a aproveitou para título de um de seus livros, Ação e Reação, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.
No cap. 9 dessa obra, comentando uma observação feita por André Luiz, o assistente Silas afirmou:

"Você tem razão, André, a lei é de ação e reação... A ação do mal pode ser rápida, mas ninguém sabe quanto tempo exigirá o serviço da reação, indispensável ao restabelecimento da harmonia soberana da vida, quebrada por nossas atitudes contrárias ao bem... Por isso mesmo, recomendava Jesus às criaturas encarnadas: `reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele...' É que Espírito algum penetrará o Céu sem a paz de consciência, e, se é mais fácil apagar as nossas querelas e retificar nossos desacertos, enquanto estagiamos no mesmo caminho palmilhado por nossas vítimas na Terra, é muito difícil providenciar a solução de nossos criminosos enigmas, quando já nos achamos mergulhados nos nevoeiros infernais". (Ação e Reação, capítulo 9, pp. 128 a 130.) (Grifamos)

Eis alguns exemplos de uso das expressões ora examinadas:
1) “Todos precisamos de misericórdia, mas a misericórdia, como Deus nos mostra em sua lei de ação e reação, não é a aprovação de erros e ilusões – e sim a correção e o esclarecimento.” (J. Herculano Pires, em Astronautas do Além, cap. 1.)
2) “As enfermidades congênitas nada mais são que reflexos da posição infeliz a que nos conduzimos no pretérito próximo, reclamando-nos a internação na esfera física, às vezes por prazo curto, para tratamento da desarmonia interior em que fomos comprometidos. Surgem, porém, outras cambiantes dos reflexos do passado na existência do corpo, da culpa disfarçada e dos remorsos ocultos. São plantações de tempo certo que a lei de ação e reação governa, vigilante, com segurança e precisão.” (Emmanuel, em Pensamento e Vida, cap. 14.)
3) “Efetivamente, amas aos filhos adotivos com a mesma abnegação com que te empenhas a construir a felicidade dos rebentos do próprio sangue. Entretanto, não lhes ocultes a realidade da própria situação para que não te oponhas à Lei de Causa e Efeito que os trouxe de novo ao teu convívio, a fim de olvidarem os desequilíbrios passionais que lhes marcavam a conduta em outro tempo.” (Emmanuel, em Astronautas do Além, cap. 4.)
4) “O parente que se te instalou no caminho por obstáculo dificilmente transponível… Abençoa-o e ampara-o, quanto puderes. As leis de causa e efeito, tanto quanto os princípios de afinidade, não funcionam sem razão.” (Emmanuel, em Astronautas do Além, cap. 24.)
5) “Nada acontece por acaso. Tudo resulta da lei de causa e efeito. E todo efeito tem um sentido: o da evolução. Todos somos Espíritos faltosos e sofremos as provas que pedimos antes de encarnar. Temos dívidas coletivas a resgatar. Mas além do resgate espera-nos a liberdade, a paz, o progresso. Os jovens que morreram foram poupados de sofrimentos futuros numa vida em que a doença, a velhice e a morte são o salário de todos nós.” (J. Herculano Pires, em Na Era do Espírito, cap. 3.)
6) “Por outro lado, os princípios de causa e efeito dispõem da sua própria penalogia ante a Divina Justiça. Cada qual de nós traz em si e consigo os resultados das próprias ações. Ninguém foge às leis que asseguram a harmonia do Universo.” (Emmanuel, em Na Era do Espírito, cap. 12.)
Embora Kardec não tenha utilizado as expressões citadas, o princípio que as rege está claramente colocado no seguinte texto constante do cap. V d´O Evangelho segundo o Espiritismo:

“Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. Por outro lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, se somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito noutra. É uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus.
O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual; mas não escapa nunca às consequências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado. O infortúnio que, à primeira vista, parece imerecido tem sua razão de ser, e aquele que se encontra em sofrimento pode sempre dizer: Perdoa-me, Senhor, porque pequei.
Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas atuais, são muitas vezes a consequência da falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros. Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos, etc.
Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta. Semelhante anomalia, contudo, só existe na aparência, porque considerada tão só do ponto de vista da vida presente. Aquele que se elevar, pelo pensamento, de maneira a apreender toda uma série de existências, verá que a cada um é atribuída a parte que lhe compete, sem prejuízo da que lhe tocará no mundo dos Espíritos, e verá que a justiça de Deus nunca se interrompe.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 6 e 7.) (Grifamos)



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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Pérolas literárias (135)


VIAGENS DA ALMA
Cornélio Pires

Em nós existem três reinos
Que lutam contra a razão,
Por nome são conhecidos:
O Amor, a Paz e o Perdão.

AMOR E ENTENDIMENTO
Auta de Souza

Se há defeito em quem amas,
Não te lamentes, nem grites,
Que amor à frente da sombra
É sempre luz sem limites.

AMOR E FELICIDADE
Auta de Souza

De todos os sentimentos,
O amor, – esse dom profundo, –
É o bálsamo com que Deus
Suprime os males do mundo.

DEDUÇÕES DO AMOR
Auta de Souza

Todo amor é Deus na vida
A criá-la e engrandecê-la,
Desde a penúria do charco
À luz divina da estrela.

DEUS É AMOR
Auta de Souza

Sem Deus nas forças do afeto
De que Deus possa dispor,
O tempo aparece e arrasa
Qualquer espécie de amor.

ORIGEM DO AMOR
Cornélio Pires

Onde a força que há no amor
É assunto que não me cabe.
A origem certa do amor
Somente Deus é que sabe.

LEI
Auta de Souza

Da estrela à raiz da erva
Vibra esta lei do Senhor:
O tempo apenas conserva
O que se faz por amor.


As trovas acima foram extraídas dos livros Auta de Souza e Trovas do Coração, obras mediúnicas psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier.



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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Pílulas gramaticais (189)


Na lista dos erros mais frequentes no uso do nosso idioma, eis mais alguns casos:

Comprei ele para você.
O correto: Comprei-o para você.
Explicação: os pronomes eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser usados como objeto direto.

Nunca lhe vi.
O correto: Nunca o vi.
Explicação: a palavra “lhe” significa: a ele, a ela, a você, e, devido a isso, não pode ser usada como objeto direto. Se o verbo pedir objeto indireto, aí sim pode-se usar “lhe”, como nestes exemplos: nunca lhe enviei flores; jamais lhe fiz uma ofensa; sua mãe muito lhe quer.

Aluga-se casas.
O correto: Alugam-se casas.
Explicação: em orações desse tipo o verbo concorda com o sujeito. Desse modo, diremos: fazem-se consertos; compram-se joias; procuram-se pintores etc.

Chegou em São Paulo.
O correto: Chegou a São Paulo.
Explicação: Verbos que expressam movimento exigem a preposição “a”. Exemplos: Chegou a Curitiba. Foi ao cinema. Levou a família ao teatro.

A falta implicará em punição.
O correto: A falta implicará punição.
Explicação: É transitivo direto o verbo implicar quando tem o sentido de acarretar, gerar, ter consequência. Exemplos: O atraso implicará multa. Promoção implica responsabilidade.

Vive às custas do pai.
O correto: Vive à custa do pai.
Explicação: A locução é “à custa de”.

Trabalho em vias de conclusão.
O correto: Trabalho em via de conclusão.
Explicação: A locução é “em via de”.

A entrada é gratuíta.
O correto: A entrada é gratuita.
Explicação: Na segunda sílaba (tui) há um ditongo (ui), não um hiato. Essa palavra tem a seguinte pronúncia: gra-túi-ta, a exemplo de circuito (cir-cúi-to), fluido (flúi-do), fortuito (for-túi-to).



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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A falta ainda de quem se ama


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Definitivamente é impossível não sentir a falta do ser que se ama. A ausência pode ter ocorrido por infindáveis maneiras, mas por enquanto o vazio no coração sempre será um vazio.
Alguém que se foi e não quis mais voltar, por talvez ter encontrado outro amor, porém um coração ficou a chorar; o pai, viajante nas noites, que deixa sua ausência no cotidiano dos filhos e da esposa; o filho que deseja desbravar os mistérios da vida e demora a olhar os olhos maternos que, pela janela, embargados, sem nenhuma palavra, já aguardam o regresso de sua eterna criança independente da idade; o amigo que foi para país distante conquistar novos passos, e que deixou um coração amigo torcedor de suas conquistas, mas ainda assim com muita saudade. E todos aqueles corações que se distanciaram sem o motivo de mudança, viagem ou passagem de dimensão... simplesmente se foram, e, tantas vezes, sem vontade de ir.
O nobre relacionamento entre os seres é um tesouro e necessita de cuidado, respeito, carinho, doação e amor.
Quando se reencontra o ser querido... os olhos sorriem, o coração suspira e se amplia com a doce felicidade, os braços querem abraçar e as mãos desejam tocar o rosto... a face tão amada dessas pessoas que quiseram ir e voltaram e outras tantas que simplesmente foram levadas pelo sopro inexplicável dos dias, mas que estão de volta para também serem recebidas, e amparadas, e, certas vezes, perdoadas e poderem perdoar. Há ainda as que foram porque assim estava previsto.
E nos momentos em que o reencontro não é possível, o coração, com sua enorme parte preenchida de saudade e que ninguém pode substituir, continuará amando o ser que, por enquanto, não se apresenta por completo, mas o sentimento transcende e conforta, suporta e se encanta com a própria capacidade de amar... maior de todas as atitudes.
O tempo ameniza dores e ausências, também faz o coração amadurecer e o espírito tanto aprende, compreende e consegue renascer para continuar; se a eternidade é sinônimo de para sempre, que seja, então, a liberdade de amar como a melhor receita para não sofrer, no entanto ainda não é tão simples, e o coração vai se emancipar. Por agora, ele gostaria imensamente de se enlaçar no sentimento e no abraço do outro coração; esse menino se transformará num velho sábio.
Viver é o maior presente para uma alma, pois, a partir de sua criação, ela está inserida na grande e maravilhosa complexidade: a vida. E para a centelha presenteada, a única certeza é que ela está fadada a se desenvolver e a amar, ela apenas não se deu conta disso... que poderá levar séculos, mas de toda forma está fadada. Como estamos no início da eternidade, sofremos por ainda não saber o que, de fato, é o amor. E por não sermos hábeis ainda em amar muitos corações, queremos os poucos que amamos por perto, na distância máxima de um abraço apertado.
Ah, mas um dia amaremos sem olhar o rosto, simplesmente amaremos todos e, o melhor, mesmo distantes haverá somente o amor e não mais o dolorido sofrimento.
E para o futuro, porém, podemos exercitar o desapego e a compreensão de que a liberdade é companheira inseparável do mais nobre sentimento: o amor.


Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/




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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

As mais lindas canções que ouvi (174)


Saudade

Mário Palmério

Se queres compreender
O que é saudade,
Terás que antes de tudo conhecer,
Sentir o que é querer e o que é ternura
E ter por bem um grande amor, viver...

Então compreenderás
O que é saudade,
Depois de ter perdido um grande amor.
Saudade é solidão, melancolia,
É nostalgia, é recordar, sofrer!

Se queres compreender
O que é saudade,
Terás que antes de tudo conhecer,
Sentir o que é querer e o que é ternura
E ter por bem um grande amor, viver...

Então compreenderás
O que é saudade,
Depois de ter perdido um grande amor.
Saudade é solidão, melancolia,
É nostalgia, é recordar, sofrer!

Saudade é solidão, melancolia,
É nostalgia, é recordar, sofrer!


Versão para o espanhol:

Si insistes en saber lo que es saudade,
Tendrás que antes de todo conocer,
Sentir lo que es querer, lo que es ternura,
Tener por bien un puro amor, vivir!

Después comprenderás lo que es saudade
Después que hayas perdido aquel amor
Saudade es soledad, melancolia,
Es lejanía, es recordar, sufrir!


Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links indicados:



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domingo, 24 de janeiro de 2016

Não pense em suicídio, nem mesmo por brincadeira...



Emmanuel diz, numa mensagem acerca do suicídio, que as pessoas que revelem tendências suicidas deveriam tomar algumas precauções indispensáveis à vigilância, pois, caso contrário, a queda no abismo torna-se mais que provável: torna-se praticamente inevitável.
É preciso, recomenda o conhecido benfeitor espiritual, que, em primeiro lugar, a pessoa pense em Deus e na bondade do Pai que nos deu a vida, a família, os amigos e as oportunidades de crescimento. Em segundo lugar, que medite na falta que, se partir de repente desta vida, fará aos entes queridos – mulher, filhos, irmãos, pais e amigos. Em terceiro lugar, que ore e peça forças a Deus e aos protetores espirituais e, por fim, dedique-se à prática do bem, ajudando os que, mais carentes que nós, enfrentam situações que talvez não suportaríamos.
Os que professam o Espiritismo já possuem razoável conhecimento sobre o assunto, mas nunca será inteiramente supérfluo lembrar algumas observações que têm sido feitas a respeito do suicídio por autores de renome em cujos livros estamos sempre aprendendo alguma coisa.
O capítulo 3 do livro Astronautas do Além, uma parceria entre Chico Xavier e Herculano Pires, teve sua origem numa carta de um amigo de Cornélio Pires (Espírito) que lhe solicitou opinião a respeito do suicídio. Na reunião em que a carta foi entregue a Chico Xavier, feita a  prece inicial, caiu para estudo a questão 943 d’O Livro dos Espíritos, adiante reproduzida:

De onde vem o desgosto pela vida que, sem motivos plausíveis, se apodera de alguns indivíduos?  “Efeito da ociosidade, da falta de fé e geralmente do fastio”, responderam os Espíritos. “Para aqueles que exercem as suas faculdades com um fim útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida passa mais rapidamente. Suportam as suas vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto mais agem tendo em vista a felicidade mais sólida e durável que os espera.” (Obra citada, questão 943.)

Cornélio Pires, respondendo ao amigo, escreveu o poema Suicídio, formado por oito quadras, nas quais diz que não devemos pensar em suicídio nem mesmo por brincadeira, porquanto um ato desses resulta na dor de uma vida inteira. Em seguida, relata de forma sintética o drama de seis suicidas e suas expiações. Quim afogou-se num poço e renasceu atolado no enfisema. Dilermanda matou-se com um tiro e agora não fala, não vê, não anda. Dona Cesária da Estiva pôs fogo nas próprias vestes e retornou num corpo que é chaga viva. Maricota da Trindade suicidou-se ingerindo formicida e voltou, morrendo de câncer aos quatro meses de idade. Columbano enforcou-se e hoje é paraplégico. Dona Lília Dagele queimou-se com gasolina e agora sofre sarna que lembra fogo na pele.
Fechando o poema, Cornélio grafou este admirável conselho:

Tolera com paciência
Qualquer problema ou pesar;
Não adianta morrer,
Adianta é se melhorar.



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