quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Pérolas literárias (131)


Mensagem de companheiro

Jésus Gonçalves (Espírito)

A ti, meu irmão, que assumiste comigo os pesados encargos da existência num sanatório de hansenianos, sem possibilidades de cura física; a ti, para quem a ciência da Terra não conseguiu trazer, tanto quanto a mim, o medicamento salvador; a ti, que não tiveste, qual me ocorreu, a consolação dos egressos; a ti, que sofres entre a fé viva e a dúvida inquietante, entre a tentação à revolta e a aceitação da prova, acreditando-te frequentemente esquecido pelas forças do céu,
ofereço a lembrança fraternal destes versos:

Não te admitas réu de afrontosa sentença,
Largado de hora em hora à sombra em que te esmagas,
Varando tanta vez humilhações e pragas
À feição de calhaus da humana indiferença.

Crueldade, paixão, injúria, crime, ofensa
Criaram-nos, um dia, a estamenha(1) de chagas!…
No pretérito abriste o espinheiro em que vagas
E, embora a provação, trabalha, serve e pensa.

Ânsia, tribulação, abandono, amargura
São recursos da lei com que a lei nos depura
O coração trancado em nódoas escondidas…

Bendize, amado irmão, as feridas que levas,
A dor extingue o mal e o pranto lava as trevas
Que trazemos em nós dos erros de outras vidas.


(1)
Estamenha: tecido comum de lã; hábito, burel de frade.


Do livro Na Era do Espírito, obra de autoria de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos Diversos.


Como consultar as matérias deste blog?
Se você não conhece ainda a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Pílulas gramaticais (185)


Considere estes textos e diga qual é o correto:
- Soou cinco badaladas no sino da catedral.
- Soaram cinco badaladas no sino da catedral.
O texto correto é o segundo, visto que a regra diz que, quando usados na indicação de horas, os verbos “soar”, “bater” e “dar” têm sujeito e com este devem concordar.
Exemplos:
- O relógio deu duas horas.  (Sujeito: o relógio).
- Deram duas horas no relógio do cinema. (Sujeito: duas horas.)
- Deu uma hora no relógio da praça. (Sujeito: uma hora.)
- O sino da catedral bateu cinco badaladas. (Sujeito: o sino.)
- Bateram cinco badaladas no sino da catedral. (Sujeito: cinco badaladas.)
- Soaram oito badaladas no relógio da praça. (Sujeito: oito badaladas.)

*

O verbo aspirar muda de sentido conforme seu complemento na oração.
Se o complemento é direto, significa “absorver”, “sorver”.
Exemplos:
- O jovem aspirou o suave perfume da namorada.
- O Espírito aspirou o ar a plenos pulmões.
- Na serra, as pessoas aspiram o ar puro.
- Aspiramos muito pó nessa viagem ao interior.
Se o complemento é indireto, significa “pretender”, “desejar”.
Exemplos:
- O empregado aspirava a um aumento no salário.
- Todos nós aspiramos a um futuro melhor.
- Os jogadores aspiravam à vitória.
- A meta a que aspiramos exige muito esforço.



Como consultar as matérias deste blog?
Se você não conhece ainda a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A diversidade deve ser abençoada e não discriminada


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@g­mail.com
De Londrina-PR

Iniciando um novo ano, com novas expectativas, sonhos e desejos de paz e harmonia, há algo bem simples que trará felicidade ao Planeta: o respeito pela diversidade dessa grande família a que pertencemos.

Em pleno século XXI ainda se verifica, explicitamente, a discriminação, esta que nada mais é que segregar de modo injusto e desrespeitoso o indivíduo por sua característica cultural, religiosa, racial, opinativa entre outras observações. Se buscamos a liberdade e nos foi concedido o livre-arbítrio, apenas o que for ilícito e prejudicial é que se deve receber o cerceamento e sua definida punição para o próprio bem e o comum.
Quando se fala em etnias, fala-se também da maravilhosa variedade que enormemente enriquece o Planeta com a soma dos povos, costumes, culturas, criatividade, beleza, cores, credos, opiniões e, assim, a diversidade se torna determinante e presente.
Se houvesse apenas uma espécie de flor, o que seria dos campos coloridos, lindos e curativos que nossos olhos amam ver e nossas mãos se encantam em poder tocar essas doces flores?
Se houvesse apenas uma nota musical, seria possível a composição de músicas belíssimas que só é possível por meio da combinação simultânea de notas diferentes que gera harmonia e encanta, eleva a alma, acalma o coração e anima para a caminhada futura? Certamente, não. Também não haveria nenhuma canção acompanhando os momentos marcantes da vida, com nossos amores daqui... e de lá.
Se houvesse apenas uma palavra como se poderiam escrever, relatar, registrar os momentos reais que só por meio das diversas palavras escritas ou faladas isso se conduz? Como seria um mundo sem poemas nem poesias, sem as prosas inventadas nem as prosas relatadas, como seria a vida sem nenhum registro nem história, sem as instruções, as descobertas transcritas? Quase tudo maravilhosamente pode ser escrito, o que apenas supera é o doce e verdadeiro olhar de quem se ama; para isso o sentimento dispensa palavras.
E os pássaros? Se houvesse apenas uma espécie e um canto deles, como os bosques verdes ficariam? E toda a linda melodia executada por pássaros e cantos diferentes que embelezam a sinfonia encantada?
Pois bem. Poderia ficar descrevendo como a vida é maravilhosa com sua perfeita diversidade; exemplos não faltam.
Assim ocorre com a cor, a religião, a raça, a posição social e cultural, as tantas variedades. Todos nós somos valiosos, todos nós temos um propósito na vida. Ninguém é menor por ser homem ou mulher; branco, negro, amarelo; cristão ou não; professor ou aluno; doutor ou mendigo. O que sempre determinará a posição de uma alma é a conduta, o pensamento, o sentimento e a palavra. Para onde esses quatro guiarem a centelha é também o estágio no qual se encontrará, independente dos valores equivocados geradores de uma cega discriminação.
Quando se compreende que a diversidade é riqueza e desenvolvimento, compreende-se também que, de agora em diante, se houver a insistente segregação, não é mais caminhada, mas um grande retrocesso cujos sentimentos resultantes são ainda os da total incompreensão de que todos somos filhos de Deus, portanto, irmãos, e que uma família deve sempre estar fortalecida pelo amor, respeito, companheirismo e caridade e nunca pelos tristes e injustos desrespeito e intolerância sinônimos perfeitos de orgulho e desamor.
Os mais lindos momentos da vida foram construídos por pessoas diferentes em tempo diferente. E agora é uma feliz ocasião para se construir definitivas e abençoadas novas amorosas atitudes, começando por erradicar a discriminação.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/



Como consultar as matérias deste blog?
Se você não conhece ainda a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

As mais lindas canções que ouvi (170)


Começaria tudo outra vez

Gonzaguinha

Começaria tudo outra vez
Se preciso fosse, meu amor.
A chama em meu peito
Ainda queima, saiba!
Nada foi em vão...

A cuba-libre dá coragem
Em minhas mãos,
A dama de lilás
Me machucando o coração,
Na sede de sentir
Seu corpo inteiro
Coladinho ao meu...

E então eu cantaria
A noite inteira,
Como já cantei e cantarei
As coisas todas que já tive,
Tenho e, sei, um dia terei...

A fé no que virá
E a alegria de poder
Olhar pra trás
E ver que voltaria com você,
De novo, viver
Nesse imenso salão...

Ao som desse bolero,
Vida, vamos nós
E não estamos sós,
Veja meu bem:
A orquestra nos espera,
Por favor,
Mais uma vez, recomeçar... (3x)



Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links indicados:
Simone e Daniel Gonzaga – https://www.youtube.com/watch?v=cm_A8c9wgiM



Como consultar as matérias deste blog?
Se você não conhece ainda a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




domingo, 27 de dezembro de 2015

É preciso humildade para aguardar e compreender as respostas de Deus


Quando ditas de coração, são boas as preces de todos os cultos. Este é um pensamento conhecido no meio espírita, mas ainda assim existem pessoas que contestam a eficácia da oração, com fundamento na tese de que, conhecendo o Criador as nossas necessidades, seria desnecessário e inútil expô-las ao nosso Pai ou a algum dos seus prepostos.
Esse argumento não passa de um sofisma, utilizado talvez inconscientemente por aqueles que não têm o hábito de orar, e é, ademais, fruto de um pensamento incorreto, porque, independentemente de Deus conhecer ou não as nossas necessidades, a oração proporciona por si só a quem ora um bem-estar muito grande, visto que aproxima a criatura do Criador e, filha primogênita da fé, nos encaminha para a senda que conduz a Deus. Como escreveu certa vez Joanna de Ângelis, a prece fervorosa coloca a pessoa que ora em comunhão com as fontes superiores que regem a vida e com isso, tão somente por isso, ela se vitaliza.
Como ninguém ignora, não existe uma fórmula especial para que alguém ore. Quando partem do coração e não apenas dos lábios, as preces são sempre importantes e úteis, mas, independentemente da fórmula utilizada, o principal é que sejam claras, simples, concisas. 
Uma prece pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação.
Se dirigidas a Deus, são elas ouvidas pelos Espíritos incumbidos pelo Criador de executar sua vontade. Eis por que, valendo-se da prece, o homem obtém o concurso dos bons Espíritos, que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Aquele que ora com fervor adquire, desse modo, a força moral necessária para vencer as dificuldades e retornar ao caminho reto, se deste se afastou, podendo também, por esse meio, desviar de si os males que atrairia com novas faltas.
Jesus disse certa vez que tudo o que pedirmos com fé, em oração, nós o receberemos. Seria ilógico, porém, deduzir dessas palavras que basta pedir para obter, do mesmo modo que é enorme injustiça acusar a Providência se esta não atende a toda súplica que lhe fazemos.
Cabe-nos ter sempre em mente que o Criador sabe, melhor do que nós, o que realmente nos convém nessa ou naquela circunstância, porque ninguém ignora que um pai criterioso também recusa ao filho o que seja contrário aos interesses do seu tutelado.
Não podemos também esquecer, em todos os momentos e circunstâncias da vida, é o exercício da prece do trabalho e da dedicação, no santuário das lutas purificadoras, porque Jesus abençoará sempre as realizações decorrentes do esforço sincero. 
O lar que reúne criaturas amantes da oração e dos sentimentos elevados converte-se em campo sublime das mais belas florações e colheitas espirituais, mas, para tanto, não pode a prece ser um movimento mecânico de lábios, ou um disco de fácil repetição no aparelho da mente. Ela é, e deve ser sempre, vibração, energia, poder. 
A pessoa que ora, mobilizando as próprias forças, realiza um trabalho de grande significação e põe-se em contato, como acima foi dito, com as fontes superiores da vida. Os raios divinos expedidos pela prece santificadora convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e na iluminação da consciência. Toda prece elevada é, pois, manancial de magnetismo criador e vivificante e, por isso, a criatura que cultiva a oração com o devido equilíbrio transforma-se gradativamente em foco irradiante de energias da Divindade. 
Aprendamos, assim, a orar e igualmente a entender as respostas do Alto às nossas súplicas. Se vamos relacionar na oração ao Senhor os nossos obstáculos, suplicando as providências que nos sejam necessárias à paz e à execução dos encargos que a vida nos delegou, peçamos também ao Pai nos ilumine o entendimento para que saibamos receber dignamente suas decisões.
Entre a solicitação que parte da Terra e a resposta que vem do Alto, é imperioso funcione a alavanca da vontade humana, com decisão e firmeza, para que se efetive o auxílio solicitado. Confiemos em Deus e roguemos o seu amparo, mas – se quisermos receber a bênção divina – procuremos esvaziar o coração de tudo o que discorde das nossas petições, para ofertar à bênção divina um clima de aceitação, base e lugar. 
Em verdade, todos podemos endereçar a Deus, em qualquer lugar e em qualquer tempo, as mais variadas preces; contudo, precisamos cultivar paciência e humildade para esperar, aguardar e compreender as respostas de Deus.



Como consultar as matérias deste blog?
Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




sábado, 26 de dezembro de 2015

Machado e a Monarquia (I)


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Bom dia, querida leitora. E a você também, amigo leitor. Em minha última crônica comecei pedindo aos deuses para impedir o advento da República no Brasil e concluí com o Pai Nosso comentado dirigido ao Deus único, Nosso Pai. Agora, volto ao tema.
Com a monarquia, ao contrário da república, os projetos de longo curso têm continuidade. Não se começa uma obra, no governo monárquico, na qual se investirá milhões, para deixá-la inacabada; não se constrói uma estrada, como a Belém-Brasília, para depois abandoná-la e deixar as centenas de populações, formadas ao longo dela, isoladas por crateras que também impedem o escoamento de nossa produção comercial etc. etc.
Na monarquia, não é preciso fingir que o acesso aos poderes governamentais é facultado a qualquer cidadão do povo, quando se sabe que somente aqueles filiados escolhidos pelo partido têm condições para isso. Na monarquia, não se permite que bilhões sejam roubados e depositados em paraísos fiscais internacionais em benefícios pessoais ou de grupos corruptos. A casa régia não permitirá a evasão de divisas, com o consequente empobrecimento do seu reino. E, por fim, se o monarca se mostra incapaz, sua própria família, interessada no progresso do país, que também é o seu, o interditará e substituirá pelo primeiro herdeiro da linha sucessória da casa do rei e assim por diante.
O ideal para o Brasil seria a criação de uma monarquia parlamentarista.
Numa monarquia parlamentarista, o monarca exerce a chefia de Estado, cujos poderes e funções de moderador político são determinados pela Constituição. A Carta Magna pode estabelecer como atribuição exclusiva do monarca, em cláusulas pétreas, a resolução dos impasses políticos, a proteção da Constituição e a defesa dos seus súditos contra projetos-de-leis que contradigam as legislações vigentes ou não integrem os planos econômicos e sociais equânimes para todos os cidadãos.
A chefia de governo será exercida por um primeiro-ministro nomeado pelo monarca, dentre os indicados e aprovado pelos parlamentares, após a apresentação do seu gabinete ministerial e do seu plano de governo, podendo ser cassado pelo rei, a pedido do Parlamento e por meio de uma moção de censura.
Por fim, o rei só poderá alterar a constituição por decisão majoritária do parlamento formado pelos três poderes: executivo, legislativo e judiciário independentes e harmônicos entre si.
Faça uma pesquisa, meu caro leitor, verifique quais são os países mais prósperos do mundo e você se surpreenderá: entre as quinze mais ricas nações do mundo, ao menos dez são monarquistas.
As maiores ditaduras de todos os tempos foram republicanas. Exemplifico citando apenas três: a República Socialista Russa, a Nazista da Alemanha e a Comunista da China.
No Brasil, em nome da República, instalaram-se as mais corruptas desgovernanças de nossa história.
Atualmente, foi institucionalizada a corrupção, no governo, e sua total inversão de valores éticos. Com isso, o Ministério Público e o Poder Judiciário jamais tiveram tanto trabalho como agora, em que até um senador se encontra preso. E não é um senador qualquer. Ele foi líder do Governo petista. Os três poderes da República atuais têm, em seus quadros, membros suspeitos de corrupção e improbidade administrativa.
Por tudo isso sugiro o retorno da monarquia para o bem do Brasil ad referendum popular. (Conclusão no próximo sábado.)




sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

No Invisível (20)


Estudamos semanalmente no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina (PR), o livro “No Invisível”, um dos clássicos do Espiritismo, de autoria de Léon Denis. São duas as turmas de estudo, uma na terça à noite, a outra na quinta-feira à tarde.
Reproduzimos, em seguida, o texto de mais um módulo concluído, cuja publicação tem por finalidade proporcionar, a quem se interessar, a oportunidade de acompanhar o mencionado estudo.

Questões para debate

A. A que espécie de fenômeno estão relacionadas a visão e a audição psíquicas?
Tanto a visão quanto a audição psíquicas em estado de vigília estão ligadas aos fenômenos de exteriorização. Necessitam, pois, de um começo de desprendimento no percipiente. Não se trata mais de fatos fisiológicos ou de manifestações do ser vivo, a distância, e sim de uma das formas de mediunidade. Na visão espírita, a alma do sensitivo já se acha parcialmente exteriorizada, isto é, fora do organismo material. Sua faculdade própria de visão se vem acrescentar ao sentido físico da vista. Às vezes a substituição deste pelo sentido psíquico é completa. Demonstra-o o fato de, em certos casos, o médium ver com os olhos fechados. Léon Denis foi muitas vezes testemunha desse fenômeno. (No Invisível - O Espiritismo experimental: Os fatos - XIV - Visão e audição psíquicas no estado de vigília.)

B. Qual é mais sutil e penetrante: o sentido psíquico ou o sentido físico?
O sentido psíquico é muito mais sutil que o sentido físico, pois pode distinguir formas, radiações, combinações da matéria que a vista normal não seria capaz de perceber. No caso da visão de pessoas desencarnadas, o Espírito muitas vezes, para tornar mais nítida a percepção, recorre a um começo de materialização. Objetiva-se mediante as forças hauridas nos assistentes. Nessas condições, sua forma fluídica penetra no campo visual do médium e pode mesmo, em certos casos, impressionar a placa fotográfica. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XIV - Visão e audição psíquicas no estado de vigília.)

C. É necessário o concurso de objetos – espelho, cristal, copo d´água – para que o sensitivo consiga perceber as imagens de natureza psíquica?
Em alguns casos, sim. Há sensitivos que só obtêm a visão por meio de objetos em que se concentra o pensamento dos Espíritos sob a forma de imagens ou quadros, como, por exemplo, um copo d'água, um espelho, um cristal. Quando o Espírito é impotente para fazer vibrar o cérebro do médium ou provocar uma exteriorização suficiente, impregna de fluidos os objetos que acabamos de indicar, e faz, pela ação da vontade, aparecerem imagens, cenas muito nítidas, que o sensitivo descreverá em suas menores particularidades e que outros assistentes poderão igualmente ver. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XIV - Visão e audição psíquicas no estado de vigília.)

Texto para leitura

559. Pode-se, finalmente, ver nos “Annales des Sciences Psychiques”, de agosto de 1905, a narrativa de um caso descrito pelo “Messagero”, de Roma:
“Um certo Marino Tonelli, de 27 anos de idade, residente em Rancidello (República de San Marino), regressava a casa, em seu cabriolé, na noite de 13 de junho. Adormecera e, ao passar por um lugar perigoso da estrada, conhecido sob a denominação de Coste di Borgo, de repente sentiu-se violentamente sacudido e despertou. Achou-se estendido num campo, ao fundo de pequena ribanceira, por onde acabava de rolar com o cavalo e o cabriolé. Felizmente não estava ferido e começara, com o auxílio de algumas pessoas que o haviam acudido, a pôr a salvo sua pequena equipagem, quando viu aparecer, com grande espanto, sua mãe. A pobre senhora, chorando de comoção, o abraçou, perguntando-lhe se não se machucara e acrescentou: – Eu te vi, sabes? Não conseguia dormir. Tua mulher e os teus dois pequeninos já estavam dormindo há algum tempo; mas eu sentia uma inquietação, um mal-estar extraordinário, desconhecido, que não podia explicar. De repente vi aparecer diante de mim este caminho, exatamente este lugar, com a ribanceira ao lado; vi o cabriolé virar e seres precipitado neste campo; tu me chamavas em teu socorro. Senti, por último, a necessidade irresistível de aqui vir e, sem despertar pessoa alguma, resistindo ao pavor da solidão, da obscuridade e da tempestade ameaçadora, aqui estou, depois de uma caminhada de quatro quilômetros.” O correspondente do “Messagero” termina dizendo: “Aí está o fato, aí a narrativa exata que colhi dos lábios, ainda trêmulos de comoção, dessa honrada gente.”
560. De acordo com uma indagação a que procedeu ao Senhor Francesco, a inquietação da mãe do rapaz precedeu de algumas horas a visão do acidente, e este ocorreu três quartos de hora depois da visão, isto é, o tempo necessário para percorrer a pé a distância que separa a casa dos Tonelli do lugar do acidente.
561. A premonição e os pressentimentos são difíceis de analisar-se, do ponto de vista científico. Não são explicáveis, senão em certos casos, quando o acontecimento pressentido tem precedentes, subjetivos ou objetivos. Na maioria dos casos, porém, os fatos anunciados nada oferecem que se preste à ideia de sucessão ou encadeamento.
562. Donde vem o poder de certas almas, de lerem no futuro? Questão profunda e obscura, que causa vertigem como o abismo, e que não propomos sem uma certa perturbação, porque a sentimos quase insolúvel para a nossa mesquinha ciência. Do mesmo modo que, girando no espaço, cada mundo se comunica, através da noite, com a grande família dos astros pelas leis do magnetismo universal, assim também a alma humana, centelha emanada do Divino Foco, se pode comunicar com a grande Alma eterna e dela receber instruções, inspirações, lampejos instantâneos.
563. Desta explicação podem sorrir os cépticos. Não é, porém, de nossa elevação para Deus que derivam as forças vivas, os socorros espirituais, tudo o que nos engrandece e faz melhores? Cada um de nós possui, nas profundezas de seu ser, como que uma fresta rasgada sobre o infinito. No estado de desprendimento psíquico – sonho, êxtase, transe – o círculo de nossas percepções se pode dilatar em proporções incalculáveis; entramos em contato com a imensa hierarquia das almas e dos poderes celestes. Gradual e sucessivamente, pode o espírito remontar até à Causa das causas, à Inteligência divina, para quem o passado, o presente e o futuro se confundem num todo único, e que do conjunto dos fatos conhecidos sabe deduzir todas as consequências que comportam.
564. XIV - Visão e audição psíquicas no estado de vigília – A visão e audição psíquicas em estado de vigília estão ligadas aos fenômenos de exteriorização, neste sentido: necessitam de um começo de desprendimento no percipiente. Não se trata mais de fatos fisiológicos ou de manifestações do ser vivo, a distância, e sim de uma das formas de mediunidade.
565. Na visão espírita, a alma do sensitivo já se acha parcialmente exteriorizada, isto é, fora do organismo material. Sua faculdade própria de visão se vem acrescentar ao sentido físico da vista. Às vezes a substituição deste pelo sentido psíquico é completa. Demonstra-o o fato de, em certos casos, o médium ver com os olhos fechados. Fui muitas vezes testemunha desse fenômeno.
566. Convém ter o cuidado de distinguir a clarividência da visão mediúnica. Acontece que sonâmbulos muito lúcidos, no que se refere aos seres e às coisas deste mundo, são inteiramente cegos a respeito de tudo o que concerne ao mundo dos Espíritos. Prende-se isso à natureza das irradiações fluídicas de seu invólucro exteriorizado e ao modo peculiar de adestramento a que os submete o magnetizador. É o que distingue o estado de simples lucidez do de mediunidade. Neste último caso, já não é o magnetismo humano que intervém. O vidente se acha sob a influência do Espírito que sobre ele opera, visando produzir determinada manifestação. Provocando o estado de semidesprendimento, faculta ao sensitivo a visão espiritual.
567. O sentido psíquico, como vimos, é muito mais sutil que o sentido físico; pode distinguir formas, radiações, combinações da matéria que a vista normal não seria capaz de perceber. Para tornar mais distinta sua aparição, o Espírito muitas vezes recorre a um começo de materialização. Objetiva-se mediante as forças hauridas nos assistentes. Nessas condições, sua forma fluídica penetra no campo visual do médium e pode mesmo, em certos casos, impressionar a placa fotográfica.
568. Os videntes descrevem os Espíritos com particularidades que são outros tantos elementos de comprovação. Depois vem a fotografia confirmar, ao mesmo tempo, a fidelidade da descrição e a identidade dos Espíritos que se manifestam. Estes são muitas vezes desconhecidos dos médiuns.
569. No grupo de estudos psíquicos de Tours,  de 1897 a 1900, possuíamos três médiuns videntes, auditivos e de incorporação. Antes de adormecerem, feita a obscuridade, eles divisavam, ao pé de cada um dos assistentes, Espíritos de parentes ou de amigos que nomeavam quando os conheciam, ou que descreviam minuciosamente quando os viam pela primeira vez. Nesse caso, a descrição era tal que, conforme a atitude ou o vestuário, os assistentes reconheciam facilmente a personalidade do manifestante. Além disso, os médiuns ouviam e transmitiam a linguagem dos Espíritos e os desejos que estes formulavam.
570. A impressão produzida nos videntes variava de modo muito sensível, conforme o desenvolvimento das faculdades mediúnicas ou o adiantamento dos Espíritos. Onde uns só distinguiam um ponto brilhante, uma chama, outro via uma forma radiosa. O mesmo acontecia com a audição, que variava de intensidade e precisão conforme os sensitivos. Enquanto um não percebia mais que um vago som, uma simples vibração, outro escutava uma harmonia doce e penetrante que o comovia até às lágrimas.
571. O estado de adiantamento do Espírito, como o sabemos, se revela, à primeira vista, no Espaço, pelo brilho ou obscuridade do seu invólucro. Em nossas experiências, já os videntes reconheciam o grau de elevação das almas pela intensidade de suas irradiações. Muitas vezes fizemos este reparo: médium acordado, com os olhos abertos, percebia um certo número de Espíritos de todas as ordens. Fechados os olhos, distinguia somente alguns deles, os mais adiantados, aqueles cujas irradiações sutis – a exemplo dos raios X em relação às placas fotográficas – podiam, através das pálpebras cerradas, influenciar o sentido visual.
572. A História está cheia de fenômenos de visão e de aparição. Na Judeia, a sombra de Samuel exorta Saul. No mundo latino aparecem fantasmas a Numa, Brutus e Pompeu. Os anais do Cristianismo são ricos em fatos desse gênero. Na Idade Média os mais notáveis fenômenos de visão e audição conhecidos são os de Joana d'Arc. A essa virgem incomparável, o mais portentoso dos médiuns que já produziu o Ocidente, é que se deverá sempre recorrer, toda vez que se quiser citar brilhantes provas da intervenção do mundo invisível em nossa História.
573. A vida inteira da heroína está cheia de aparições e vozes, sempre idênticas, e que jamais são desmentidas. Nos vales de Domrémy, nos campos de batalha, em presença de seus arguidores de Poitiers e dos juízes de Ruão, por toda parte a assistem e inspiram os Espíritos. Suas “vozes” ressoam-lhe aos ouvidos, marcando sua tarefa cotidiana e imprimindo à sua vida uma direção precisa e um glorioso objetivo. Elas anunciam acontecimentos que, sem exceção, se realizam. Em seu doloroso encarceramento, essas vozes a encorajam e consolam: “Leva tudo com paciência; não te inquietes com o teu martírio; chegarás por fim ao reino do paraíso”.  E os juízes, a quem ela comunica esses colóquios, aparecem desassossegados com semelhante predição, cujo sentido compreendem.
574. A todas as perguntas pérfidas, insidiosas, que lhe dirigem, as vozes ditam a resposta e, se esta se fez esperar, ela o declara: “Louvar-me-ei em meu conselho”. Quando as vozes se calam, abandonada a si mesma, ela não é mais que uma mulher; fraqueja, se retrata, se submete. Durante a noite, porém, a voz se faz novamente ouvir. E ela o repete aos seus juízes: “A voz me disse que era pecado abjurar; o que eu fiz está bem feito”.
575. Certos sensitivos só obtêm a visão por meio de objetos em que se concentra o pensamento dos Espíritos sob a forma de imagens ou quadros, como, por exemplo, um copo d'água, um espelho, um cristal. Quando o Espírito é impotente para fazer vibrar o cérebro do médium ou provocar uma exteriorização suficiente, impregna de fluidos os objetos que acabamos de indicar; faz, pela ação da vontade, aparecerem imagens, cenas muito nítidas, que o sensitivo descreverá em suas menores particularidades e que outros assistentes poderão igualmente ver.
576. Eis aqui um dos casos mais notáveis, assinalado pelo “Light” de 16 de fevereiro de 1901. O Espírito de um homem assassinado faz encontrarem seu corpo, a princípio por meio da visão no cristal, e depois, diretamente, pelos sentidos psíquicos do médium:
“O Sr. Perey-Foxwell, corretor de câmbio, residente em Thames Ditton, a pequena distância de Londres, saiu de casa no dia 20 de dezembro de 1900, pela manhã, e dirigiu-se para seu escritório, na cidade. Aí não apareceu ele nesse dia nem nunca mais. Verificado o seu desaparecimento, a polícia procedeu a longas e minuciosas pesquisas, mas inutilmente. Desesperançada, a Sra. Foxwell recorreu a um médium, o Sr. Von Bourg, que obteve, em um espelho, a visão do corretor de câmbio, vivo, e depois o seu corpo debaixo d’água. Numa outra sessão o médium vê um Espírito de pé junto à Sra. Foxwell, indicando com insistência um relógio, uma cadeia e berloques que tem na mão. Naquele se vê gravado um nome. A Sra. Foxwell, pela descrição, reconhece seu marido e o relógio, graças ao qual pôde mais tarde ser o corpo identificado. O Espírito pede que procurem seu despojo e promete conduzir o médium ao lugar em que foi lançado à água. Faz-se uma nova reunião, e o Espírito desenha, pelo punho do Sr. Von Bourg, a planta do caminho que será preciso percorrer. Acompanhado de muitos amigos do finado, o médium toma esse caminho e segue-lhe todas as sinuosidades. Experimenta a repercussão muito viva das impressões sentidas pela vítima. No próprio local em que esta foi ferida, quase perdeu os sentidos. Tiveram que percorrer diversas veredas, contornar casas, transpor barreiras, como o haviam feito os assassinos. Toda vez que vacilavam na direção a tomar, os médiuns – Srs. Von Bourg e Knowles – viam claramente o Espírito adiante deles indicando o caminho. Chegaram finalmente à borda de um riacho, de águas tranquilas e profundas. ‘É aqui!’ declararam os médiuns. Mas havia já anoitecido, e foi preciso voltar ao ponto de partida. No dia seguinte fizeram-se pesquisas. Indivíduos munidos de varas sondaram o fundo do riacho; e, pouco depois, abaixo do sítio em que se faziam as sondagens, mesmo no lugar em que o riacho se encontra com o Tâmisa, viu-se boiar um cadáver à flor d’água. Um relógio, encontrado com o fúnebre despojo, permitiu reconhecer o corpo do Sr. Foxwell. Uma permanência de seis semanas debaixo d’água dera lugar à decomposição das carnes. O corpo se achava revestido com os objetos descritos pelo médium. Pôde-se então reconhecer a identidade, não somente pela presença do relógio e dos berloques, como também por certas particularidades observadas nos dentes, etc.”
577. O professor Bessi relata na “Revue des Études Psychiques” (maio de 1901) um outro fenômeno de visão espontânea, de que foi testemunha em uma casa mal-assombrada da Úmbria. O caso é tanto mais digno de nota quanto o professor, segundo sua própria confissão, era absolutamente refratário a toda ideia espírita:
“Trabalhava ele alta noite, escrevendo as derradeiras páginas de uma brochura que ia publicar, quando de repente se apagou a lâmpada. O gabinete continuava, entretanto, iluminado por débil claridade um tanto fosca. Diante dele um espelho refletia uma luz ainda mais viva e, com ela, um quarto e móveis que lhe eram desconhecidos. Uma senhora idosa, sentada em frente a uma mesa, escrevia lentamente, em atitude muito absorta; meteu depois a folha escrita em um envelope, que guardou na gaveta. Por último encostou a cabeça no espaldar da poltrona e pareceu adormecer. A luz se extinguiu e a visão desapareceu. Horas depois, vinha o professor a ter notícia do falecimento de uma tia de sua mulher, a qual havia sido encontrada morta, em sua poltrona, encontrando-se também na gaveta da mesa um testamento hológrafo”.(1)  
578. Das respostas pelo Sr. Bessi dadas às perguntas que lhe dirigi – diz o Sr. César de Vesme, diretor da Revue des Etudes Psychiques –, resulta que a visão se produziu à meia-noite, e que a senhora idosa foi encontrada morta às primeiras horas da manhã. O agente teria sido, por conseguinte, a própria finada, amparada por alguma assistência oculta; e como só o Sr. Bessi estava acordado em casa, à hora da manifestação, foi ele o único que a apreciou.
579. O órgão da audição, em condições idênticas ao fenômeno da visão, pode ser igualmente influenciado pelos Espíritos. Myers refere o seguinte fato: “Lady Caidly, na ocasião de tomar um banho, achando-se já fechada no banheiro e despida, ouviu uma voz estranha e claramente distinta que dizia: Puxe o ferrolho! Ela ficou surpreendida e olhou para todos os lados, mas em vão. Quando se meteu no banho, ouviu ainda a voz repetir três vezes seguidas, com insistência crescente: Puxe o ferrolho! Saiu então da banheira e puxou o ferrolho. Mas ao voltar ao banho, perdeu os sentidos e caiu com a cabeça dentro d’água. Por fortuna pôde, na queda, puxar o cordão da campainha. A criada de quarto acudiu. Se a porta estivesse trancada, ela se teria infalivelmente afogado.”

(1) Hológrafo: documento totalmente escrito a mão pelo seu autor.


Nota:

Se o leitor quiser acessar os módulos anteriores, eis os links:



Como consultar as matérias deste blog?
Se você não conhece ainda a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Pérolas literárias (130)


Na noite de Natal

Cármen Cinira


Noite de Paz e amor! Repicam sinos,
Doces, harmoniosos, cristalinos,
Cantando a excelsitude do Natal!...
A estrela de Belém volta, de novo,
A brilhar, ante os júbilos do povo,
Sob a crença imortal.

De cada lar ditoso se irradia
A glória da amizade e da harmonia,
Em festiva oração;
Une-se o noivo à noiva bem-amada,
Beija o filho a mãezinha idolatrada,
O irmão abraça o irmão.

Dentro da noite, há corações ao lume
E há sempre um bolo,
Em vagas de perfume,
Sob claro dossel...
Em edens fechados de carinho,
De esperança e de mel.

Mas, lá fora, a tristeza continua...
Há quem chora sozinho, em plena rua,
Ao pé da multidão;
Há quem clama piedade e passa ao vento,
Ralado de tortura e sofrimento,
Sem a graça de um pão.

Há quem contempla o céu maravilhoso,
Rogando à morte a bênção do repouso
Em terrível pesar!
Ah! Como é triste a imensa caravana,
Que segue, aflita, sob a treva humana
Sem consolo e sem lar...

Tu, que aceitaste a luz renovadora
Do Rei que se humilhou na manjedoura
Para amar e servir,
Volve o olhar compassivo à senda escura,
Vem amparar os filhos da amargura,
Que não podem sorrir.

Desce do pedestal que te levanta
E estende a mão miraculosa e santa
Ao desalento atroz;
Para unir-nos no Amor, fraternalmente,
Desceu Jesus do Céu Resplandecente
E imolou-se por nós.

Vem medicar quem geme na calçada!...
Oferece à criança abandonada
Um velho cobertor;
Traze a quem sofre a lúcida fatia
Do teu prato de sonho e de alegria,
Temperado de amor.

Visita as chagas negras da mansarda
Onde a miséria súplice te aguarda
Em nome de Jesus,
Há muita criança enferma, quase morta,
Que só pede um sorriso brando à porta,
Para tornar à luz.

Natal!... Prossegue o Mestre, de viagem,
Em vão buscando um quarto de estalagem,
Um ninho pobre, em vão!...
E encontra sempre a cruz, ao fim da estrada,
Por não achar socorro, nem pousada,
Em nosso coração.


Cármen Cinira, nome literário de Cinira do Carmo Bordini Cardoso, nasceu no Rio de Janeiro em 1902, e faleceu em 30 de agosto de 1933. O poema acima integra o livro Antologia Mediúnica do Natal, obra psicografada pelo médium Chico Xavier.
 

Como consultar as matérias deste blog?
Se você não conhece ainda a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.