terça-feira, 30 de junho de 2020



O ser humano e os pensamentos

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Ah, se compreendêssemos a força que os nossos pensamentos possuem, a força que todos possuímos!
Ah, se quiséssemos cooperar mais com o progresso da humanidade de fato, quanto poderíamos realizar!
Tanto já se falou durante a vida que muito do que o ser humano pode imaginar também pode realizar, portanto os pensamentos devem ser observados com atenção e bastante valorizados. Atentarmo-nos aos tipos de pensamentos, ações e palavras é um dos definitivos passos à conquista ou à inércia numa existência.
Tão simples isso é percebido num exemplo de quando permanecemos próximos de alguém com pensamentos positivos e com vibração mais alta passamos também a sentirmos um pouco dessa mesma energia, pois todo pensamento é energia e dependendo de sua intensidade passa a transformar-se em realização viva e sentida.
Todos somos integrantes do Universo e nele habitaremos eternamente, às vezes mudamos de morada, mas todas completam esse infinito lar. Se somos interligados, recebemos os sinais com sintonia semelhante à do pensamento emitido, ou seja, “pedi e obtereis”.
Outro determinante em nossos dias é conhecermo-nos a nós mesmos, pois quando isso ocorre também muito poderá ser compreendido. Há um imenso oceano para desvendarmos, porém quando passamos a nos interessar pela gota de chuva que somos, o universo inteiro começa a ganhar cor e iniciamos a compreensão da interação entre nós e ele.
E com o tempo e, principalmente, com a vontade de conquistarmos o aprimoramento entenderemos que o que o ser humano imaginar poderá realizar, ou melhor, que temos imensa capacidade de realização por meio do pensamento, basta apenas nos sintonizarmos numa faixa segura e positiva – tão melhor − e recebermos os resultados de nossas reproduções, no entanto, reforço, muita atenção com as formas de pensamento.
E que a cada dia possa nascer um pensamento mais refinado e transformar-se em verdades felizes.

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segunda-feira, 29 de junho de 2020



Um fato que incomoda o leitor é quando estamos lendo um livro e nos deparamos com uma palavra cujo significado ignoramos. Se temos à mão um dicionário, o problema logo se resolve. E quando esse recurso não existe, como fazer?
Em face disso, listamos algumas palavras pouco frequentes em nossas conversas, bem como o seu significado, que pode variar conforme o contexto em que a palavra foi usada pelo autor:
Canhenho - Sinônimo de canhanho, trata-se de um substantivo que tem os seguintes significados: caderneta, caderno ou livrete de apontamentos ou lembranças, registro de lembranças e, figuradamente, memória.
Preconício - Vocábulo pouco usado, trata-se de um brasileirismo que significa propaganda, divulgação, reclamo.
Arrivista - Do francês arriviste, significa pessoa inescrupulosa, que quer vencer na vida a todo custo. Para o arrivista, como se vê, não existem limites e tudo é válido para conquistar ou manter os bens da fortuna.
Bizarro - Trata-se de um adjetivo que tem diversos significados: extravagante, esquisito; gentil, nobre, generoso; bem-apessoado, garboso; vestido com elegância, bem-vestido; fanfarrão, jactancioso.
Zureta - O vocábulo é um substantivo que significa genioso, irascível, indignado, sendo, contudo, em Minas Gerais, usado com o sentido de adoidado, amalucado, zuruó.
Rosicler - Sinônimo de roxicré, o adjetivo rosicler designa a tonalidade róseo-pálida que lembra a da aurora. Com valor de substantivo, é usado para designar essa tonalidade. Exemplo: O agricultor saía para o campo assim que despontava o rosicler da aurora.
Hierático - Do grego hieratikós, trata-se de um adjetivo que diz respeito às coisas sagradas. No campo das artes plásticas, diz-se das formas em geral rígidas e majestosas impostas por certas tradições sacras. Em estudos da linguagem, diz-se da variedade linguística de uso restrito a determinados propósitos, como, p. ex., as atividades relacionadas à prática religiosa.
Onzenário - Palavra derivada de onzena. Onzena significa juro de onze por cento e, figuradamente, juro exorbitante, excessivo, usura.  Onzenário é o mesmo que usurário, agiota.
Intubar - Verbo que designa o ato de introduzir um tubo ou uma cânula na traqueia de uma pessoa. Diz-se então, em linguagem médica, que o enfermo está intubado, e não entubado.





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domingo, 28 de junho de 2020



A passagem da vida para a morte, na concepção de Hipócrates

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De Londrina-PR

Diante do litoral da Ásia Menor, na ilha de Cós, cerca de 460 anos antes de Cristo, nasceu Hipócrates, considerado Pai da Medicina porque ensinou aos seus discípulos a necessidade de estudar os sintomas de uma enfermidade antes de tentar a sua cura.
Os gregos consideravam Hipócrates descendente de um deus. Ele foi, de fato, uma espécie de médico-sacerdote, ou sacerdote-médico, como haviam sido antes dele diversos membros de sua família, que vinham já, durante muitas gerações, praticando a Medicina. Dizem os especialistas que foi ele quem separou a prática médica das práticas religiosas do seu tempo.
Quando alguém ficava doente, Hipócrates observava atentamente o curso da enfermidade e buscava saber se todas as pessoas que sofriam de doença similar eram afetadas da mesma maneira.
Em seguida, conhecendo o curso comum da enfermidade, podia prever o que iria acontecer e tomar as precauções necessárias para enfrentar os sintomas que dali adviriam e, assim, lutar com maior eficácia contra o mal.
Não é difícil compreender a importância desse sistema numa época em que os médicos nada sabiam sobre as enfermidades e tratavam os doentes como se a doença de cada dia não tivesse relação com a doença do dia anterior.
Hipócrates tornou os médicos observadores e experimentadores e, embora seu sistema nada tivesse de notável, constituiu uma etapa grandiosa na história da medicina experimental.
Por causa disso, em torno dele agruparam-se numerosos discípulos sequiosos de aprender seus métodos e aplicar suas observações e princípios. Hipócrates fez com que todos eles jurassem solenemente obedecer ao mestre, compartilhar generosamente com os companheiros os conhecimentos que adquirissem, manter uma conduta de absoluta honorabilidade, e jamais divulgar qualquer segredo obtido na sala de consultas.
Os escritos de Hipócrates, cuja obra teve continuadores na grande escola de Alexandria, constituem até hoje um patrimônio da humanidade, conquanto alguns anos depois os médicos se tenham afastado dos princípios por ele ensinados, entregando-se a toda espécie de extravagâncias e loucuras, até o surgimento de Galeno, o sábio grego que nasceu em Pérgamo, no ano 130 depois de Cristo.
Com relação à morte, um dos temas fundamentais do Espiritismo, o pensamento do grande médico grego não difere na essência do que as obras de Allan Kardec nos ensinam.
"A passagem da vida para a morte – entendia Hipócrates – não pode ser tão ameaçadora, porque todos nós vamos morrer um dia."
O grande sábio tem razão.
A morte nada mais é que um capítulo de uma existência corpórea, mas diz respeito tão somente ao corpo físico.
A alma não morre, a alma desencarna e, livre dos despojos carnais, prossegue em sua trajetória inextinguível, aprendendo e progredindo sempre, na sucessão dos evos.
Não fosse assim, não haveria nenhuma explicação para a genialidade de vultos como Hipócrates, o grande mestre de todos aqueles que se dedicam à arte de curar pessoas.




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sábado, 27 de junho de 2020



Os falsos profetas ante a lei do amor

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

No capítulo XXI d'O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 10, o Espírito Erasto, discípulo de Paulo, ao se referir a falso profeta do mundo espiritual, diz o seguinte:

[...] todas as vezes que um Espírito indica, como remédio aos males da humanidade ou como meio de conseguir-se a sua transformação, coisas utópicas e impraticáveis, medidas pueris e ridículas; quando formula um sistema que as mais rudimentares noções da ciência contradizem, não pode ser senão um Espírito ignorante e mentiroso.

Esse comentário de Erasto, que também se aplica a nós, surge em decorrência do que Jesus já nos alertara sobre os "falsos cristos e falsos profetas". Precisamos ter cuidado, pois embora o Espiritismo nos informe sobre a inexistência de demônios no Plano Espiritual, sabemos, não somente pela leitura da obra codificada por Allan Kardec, como também das que lhe são complementares, que há Espíritos perversos, no Além, que tramam contra as leis divinas durante vários séculos. Diversas obras espíritas esclarecem-nos sobre isso, em especial citamos as obras do Espírito Philomeno de Miranda, que realizam excelente trabalho de esclarecimento espiritual a todos que as leem.
Chega um dia, porém, que tais seres embrutecidos têm seu livre-arbítrio suspenso.  É quando, ainda que Deus seja infinitamente bom, esses Espíritos percebem que Ele também é infinitamente justo. E, por ser assim, para o próprio bem de tais criaturas, encarnadas ou desencarnadas, surge a necessidade da correção severa desse Pai amoroso, que por tanto tempo aguardou que esses seus filhos réprobos abandonassem a rebeldia, saíssem das trevas e ingressassem na luz.
Então, como lemos nesta quadra simples e espirituosa, para quem nada tem a temer, mas de inconteste verdade, o Espírito Casimiro Cunha, na obra Dicionário da Alma, psicografada por Chico Xavier, esclarece-nos:

Na verdade, Deus é bom,
Mas se o filho é rude e mau,
Por vezes, descem do céu
Pedra e fogo, corda e pau.
   
E, como diz o Espírito Emmanuel, na mesma obra:

Seremos defrontados pelas arremetidas da sombra, pelas ciladas sutis do mal, pelos aguilhões do ódio, pelo veneno viscoso da discórdia e pelos tóxicos da incompreensão, entretanto, o nosso programa fundamental permanece traçado na revivescência do Evangelho Redentor.

A Lei Suprema de Deus, que reside em nossa consciência, chama-se Amor. E foi por Amor que Jesus nos provou a imortalidade e nos deixou também este alerta: "Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão.” – Mateus, 26:52 (Bíblia Sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida).
Reflitamos nisso, optemos pelo bem, e seremos felizes.




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sexta-feira, 26 de junho de 2020



O Espiritismo perante a Ciência

Gabriel Delanne

Parte 15

Continuamos o estudo do clássico O Espiritismo perante a Ciência, de Gabriel Delanne, conforme tradução da obra francesa Le Spiritisme devant la Science.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões preliminares

A. Na Alemanha os fatos espíritas tiveram acolhida igual à recebida na França?
B. Para fazer a mesa girar é preciso que as pessoas estejam com os dedos em contato e fixem o mesmo ponto do móvel?
C. No fenômeno das mesas girantes a mesa é um objeto indispensável, ou o fato pode produzir-se com outros objetos?

Texto para leitura

382. Na França, diferentemente da Inglaterra, quer-se aparentar tudo saber e tudo conhecer sem jamais ter-se estudado. Vejamos uma prova: Um deputado, o Sr. Naquet, anunciou, há alguns anos, que iria fazer uma conferência sobre o Espiritismo e seus adeptos. Esperava-se do eloquente orador uma refutação em regra, apoiada em bons argumentos. Não houve nada disso; limitou-se ele a reeditar os lugares comuns, já fora da moda, e levou a audácia a ponto de dizer que nenhum homem de certa notoriedade se havia ocupado do assunto. Levantou-se, então, uma senhora e lhe fez chegar às mãos a lista dos sábios estrangeiros que haviam publicado obras sobre o Espiritismo. Naquet confessou ingenuamente sua ignorância.
383. Podemos ainda citar na Inglaterra, entre os adeptos do novo espiritualismo, alguns homens eminentes: Augusto de Morgan, presidente da Sociedade Matemática de Londres; Oxon, professor da Faculdade de Oxford; P. Barkas, membro do Instituto Geológico de Newcastle, e o professor Tyndall, autor de notáveis estudos físicos. Todos se tornaram espiritistas, depois de verificarem de visu as manifestações dos Espíritos.
384. Depois da enumeração de tantos nomes ilustres, podemos sorrir da ingênua pretensão dos que, sem estudos preliminares, querem repelir o Espiritismo, tendo-o como vulgar superstição, ou melhor, como “uma sandice de mundo nascente”, na opinião graciosa de Dupont White, reproduzida por Jules Soury.
385. Se há sandice, estamos em boa companhia, porque a estudiosa Alemanha nos oferece, também, respeitável contingente. Vemos, à frente, o ilustre astrônomo Zöllner que, em suas memórias científicas, narra as experiências que fez com Ulrici, professor de filosofia do maior valor; Weber, célebre fisiologista, Fechner, professor da Universidade de Leipzig, com Slade, o médium americano. Ressalta desses estudos e das experiências conscienciosas instituídas por esses sábios, não só que as manifestações espíritas são reais, como são dignas, ainda, no mais alto grau, de atrair a atenção dos cientistas.
386. Na França, pelas razões supracitadas, não contamos em nossas fileiras tantas notabilidades oficiais, mas os nomes de Flammarion, Victor Hugo, Sardou, Girardin, de Vacquerie, de Louis Jourdan, de Maurice Lachâtre e de outros têm algum valor e formam belo contingente, no qual Dupont White e Jules Soury não poderão encontrar, jamais, lugar. [i]
387. Enunciaram-se, a propósito das mesas girantes e do Espiritismo, os mais contraditórios juízos. Entre os mais severos, encontra-se Bersot, que já vimos tão bem informado sobre o magnetismo. Ouçamo-lo: “Enfim, o Espiritismo, é preciso dizê-lo claramente, explica-se por causas muito naturais: ilusão, trapaçaria, credulidade. Como se não fosse bastante a fraqueza da razão, opuseram-lhe o coração humano, e aqui nos dividimos entre a indignação contra os que zombam desses sagrados sentimentos e a simpatia pelos que assim se deixam enganar.”
388. Para dar formal desmentido às imputações caluniosas, vamos examinar cuidadosamente os fatos, não os que temos observado, mas os narrados pelos sábios de que falamos. Citaremos muitas vezes Wallace e Crookes, homens cuja boa-fé, honestidade e valor intelectual respondem vitoriosamente às acusações de credulidade, trapaçaria ou ilusão, que, com tanta generosidade, nos prodigalizam os êmulos de Jules Soury.
389. Segundo certas lendas, é preciso, quando se quer fazer girar a mesa, que as pessoas estejam com os dedos em contacto e fixem, com ininterrupta atenção, o mesmo ponto do móvel. Isso é inteiramente inútil. Basta colocar as mãos, levemente, sobre a mesa, e esperar que se manifestem os movimentos. Ao fim de certo tempo, ouvem-se estalidos, indicando que o fenômeno vai produzir-se. Em dado momento, a mesa se ergue num dos pés e dá uma ou muitas pancadas; pode então ser interrogada pelo processo ordinário.
390. Os deslocamentos do móvel são, por vezes, violentos. Conta Eugène Nus, no livro encantador, intitulado Choses de l'Autre Monde, como conseguiu, em companhia de amigos, fazer com que a mesa girasse: “Trouxemos para o meio do quarto uma pesada e maciça mesa de jantar; assentamo-nos em torno, aplicamos as mãos, esperamos seguindo as formalidades e, depois de alguns minutos, ela oscila sob nossos dedos. – Quem é o gracejador? Todos protestam inocência, mas cada um desconfia do vizinho, quando, de repente, a mesa se levanta em dois pés. Desta vez não há dúvida possível. Ela é bastante pesada para que o esforço, mesmo aparente, possa incliná-la assim. Além disso, como para zombar de nós, permanece imóvel, em equilíbrio, nas duas pernas de trás, formando com o assoalho um ângulo quase reto, e resiste sob os braços que a querem fazer voltar à posição natural, o que conseguem, enfim, depois de enérgico esforço.” “Nós nos olhávamos espantados” – acrescenta o autor; devemos fazer notar que esse espanto muito natural foi partilhado por Babinet, ao ver uma mesa elevar-se no ar, sem que alguém a tocasse.
391. Lemos, com efeito, na Revue Spiritualiste de 1868: “Um fato notável e de grande importância para as ideias que representamos acaba de produzir-se em Paris. O ilustre sábio Babinet, apresentado a Montet, foi testemunha da ascensão de uma mesa, isolada de todo contato. O acadêmico ficou por tal forma surpreendido, que não pôde deixar de exclamar: – É assombroso! Sabemos isto de várias testemunhas de vista, entre as quais o honrado General Barão de Brévern, que nos autorizou a dar desse fato e dessa palavra a garantia do seu nome. Ele está pronto a renovar seu testemunho a quem o quiser e diante de quem quer que seja.”
392. As mesas manifestam sinais de inteligência, ora batendo com um pé certo número de vezes, ora fazendo ouvir na madeira pequenos estalos quando se pronuncia a letra que o Espírito quer designar. Pode-se assim estabelecer uma conversa.
393. Não se presuma que a mesa é um móvel indispensável e que o Espírito se venha alojar na madeira, como se tem dito. Qualquer objeto pode servir a esse gênero de fenômeno, e se escolheu a mesa por ser mais cômoda que qualquer outro instrumento, quando são muitos a experimentar.
394. Nesse estudo, seguiremos William Crookes, que catalogou os fenômenos, passando dos mais simples aos mais complexos. Salvo as raras exceções, que ele indica, os fatos se produziram em sua casa, à luz, em presença do médium e de alguns amigos:
1 - Movimento de corpos pesados com contato, mas sem esforço mecânico. “É um dos fenômenos mais simples que observei. Ele varia desde os abalos num quarto e no seu mobiliário até a ascensão de um corpo pesado, quando a mão está em cima. Pode-se objetar a isso que quando se toca um objeto em movimento, é possível puxá-lo, impeli-lo, ou levantá-lo: Provei pela experiência que, em numerosos casos, isso não podia suceder; mas, como elementos de prova, ligo pouca importância a essa classe de fenômenos e só os menciono como preliminares a outros movimentos do mesmo gênero, porém, produzidos sem contato.”
2 -  Fenômenos de percussão e outros sons da mesma natureza. “O nome popular de pancadas dá uma ideia muito falsa desse gênero de fenômenos. Por diferentes vezes, em nossas experiências, ouvi sons delicados, que se diriam produzidos pela ponta de um alfinete; uma cascata de sons intensos como os de uma máquina de indução, em pleno movimento; detonações no ar, ligeiros ruídos metálicos, agudos; crepitações como as que se ouvem quando uma máquina de atrito está em ação; sons que se assemelham a raspagens, gorjeios como de pássaro... Esses ruídos, que observei com quase todos os médiuns, têm cada um suas particularidades especiais. Com Home são mais variados; mas, quanto à intensidade e à regularidade não encontrei ninguém que se pudesse comparar a Kate Fox. Durante muitos meses, tive o prazer, em inúmeras ocasiões, de verificar os variados fenômenos que ocorriam em presença dessa senhora, e foram esses ruídos que estudei particularmente. Com outros médiuns, é geralmente necessário, para a regularidade da sessão, que todos se sentem antes que os ruídos se façam ouvir; mas em relação à Srta. Fox, basta colocar-lhe a mão, não importa em que, para que se escutem sons vigorosos, como um choque tríplice e algumas vezes com força suficiente para serem percebidos através de vários aposentos. Ouvi-os em uma árvore viçosa, em uma vidraça, num fio de ferro estendido, numa membrana esticada, num tamboril, na coberta de um cabriolé e no assoalho de um teatro. Ainda mais, o contato imediato não é sempre necessário; percebi os ruídos saindo do soalho, das paredes, quando a médium tinha pés e mãos ligados, quando em pé numa cadeira, quando ela se encontrava num balanço suspenso do teto, quando estava encerrada numa gaiola de ferro, e quando em síncope, num canapé. Ouvi-os numa harmônica, senti-os em meus ombros e em minhas mãos. Ouvi-os numa folha de papel segura entre os dedos e suspensa pela extremidade de um fio que passava pelo canto dessa folha. Tinha conhecimento das teorias expostas, sobretudo na América, para explicar esses sons. Experimentei-os por todas as formas que pude imaginar, até que não houve como fugir à convicção de que eram reais e que não se produziam pela fraude ou por meios mecânicos.”
395. Desde que esses fenômenos foram verificados, sábios notáveis, como Faraday, Babinet, Chevreul procuraram explicá-los por hipóteses mais ou menos racionais; não lhes era fácil, porque a ciência, que repeliu com tanto desdém o fluido magnético, não podia aqui lhe arranjar um papel.
396. A fim de sair do embaraço, Faraday fez muitas experiências para demonstrar que a aderência dos dedos à superfície da mesa era condição do seu movimento, porque, dizia ele, uma vez estabelecida esta aderência, as trepidações nervosas e musculares dos dedos acabam por se tornar bastante potentes para imprimir um movimento à mesa.
397. É isto verdade? – responde Crookes que não, e prova-o. Imaginou ligar a extremidade de uma comprida tábua a uma balança muito sensível, enquanto a outra extremidade repousava em alvenaria. Destarte, a balança indicava certo peso, de que se tomou nota. O médium pôs as mãos na parte da tábua sobre a alvenaria, por forma que qualquer pressão faria levantar a tábua, o que logo seria visto pela diminuição de peso, que a balança acusaria. Em vez disso, a tábua abaixou com uma força de seis libras e meia. Home, o médium, para provar que não exercia pressão, colocou sob os dedos uma frágil caixa de fósforos, e o mesmo fato se reproduziu. Nesta última circunstância, qualquer aderência dos dedos seria destruída e, ainda que se desse, perturbaria, em vez de favorecer o fenômeno.
398. Faz ainda notar Crookes que não publicou suas observações, senão depois de haver visto os fatos se produzirem uma meia dúzia de vezes, de forma a bem verificá-los. Para tirar à teoria da aderência qualquer probabilidade, o sábio químico construiu um segundo aparelho, tendo idêntico princípio, mas no qual o contato se produzia por meio d'água, de modo que houvesse impossibilidade absoluta de transmitir-se à prancha qualquer movimento mecânico. Notou, aliás, que a balança acusava, muitas vezes, aumento de peso, quando Home conservava as mãos muitas polegadas acima do aparelho. A hipótese de Faraday é, pois, absolutamente falsa.
399. Babinet encontrou uma outra hipótese, ou melhor, formulou a mesma que Faraday, mas em outros termos. Segundo ele, os deslocamentos da mesa eram produzidos por movimentos nascentes e inconscientes, isto é, que, involuntariamente, as pessoas reunidas em torno da mesa lhe comunicariam, de maneira automática, certos movimentos. Estabeleceu ele esta teoria antes de ter observado todos os casos que se podem apresentar, pois que a elevação de um móvel sem contato é inexplicável pelo seu método. Ademais, a experiência de Crookes, citada acima, reduz a nada essas pseudoexplicações. 

[i]  Depois da primeira edição deste livro foi criado em Paris o Instituto Metapsíquico Internacional, para o estudo dos fenômenos espíritas, e a partir disso numerosos sábios afirmaram a autenticidade dos fatos.

Respostas às questões preliminares

A. Na Alemanha os fatos espíritas tiveram acolhida igual à recebida na França?
Não. Cientistas de renome radicados na Alemanha se interessaram pelo assunto e puderam comprovar a realidade das manifestações, a exemplo do ilustre astrônomo Zöllner que, em suas memórias científicas, narra as experiências que fez com Ulrici, professor de filosofia do maior valor; de Weber, célebre fisiologista; de Fechner, professor da Universidade de Leipzig, que trabalhou com Slade, o médium americano. Ressalta dos estudos e das experiências conscienciosas, instituídas por esses sábios, não só que as manifestações espíritas são reais, como são dignas, ainda, no mais alto grau, de atrair a atenção dos cientistas. (O Espiritismo perante a Ciência, Terceira Parte, Cap. I - Provas da imortalidade da alma pela experiência.)
B. Para fazer a mesa girar é preciso que as pessoas estejam com os dedos em contato e fixem o mesmo ponto do móvel?
Não. Isso é inteiramente inútil. Na produção do fenômeno, basta colocar as mãos, levemente, sobre a mesa, e esperar que se manifestem os movimentos. Ao fim de certo tempo, ouvem-se estalidos, indicando que o fenômeno vai produzir-se. Em dado momento, a mesa se ergue num dos pés e dá uma ou muitas pancadas; pode então ser interrogada pelo processo ordinário. (Obra citada, Terceira Parte, Cap. II - As teorias dos incrédulos e o testemunho dos fatos.)
C. No fenômeno das mesas girantes a mesa é um objeto indispensável, ou o fato pode produzir-se com outros objetos?
A mesa não é um móvel indispensável nesse gênero de fenômeno. Qualquer objeto pode servir a ele, e se escolheu a mesa somente por ser mais cômoda que qualquer outro instrumento quando são muitos a experimentar. (Obra citada, Terceira Parte, Cap. II - As teorias dos incrédulos e o testemunho dos fatos.)

Observação:
Para acessar a parte 14 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/06/o-espiritismo-perante-ciencia-gabriel_19.html





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quinta-feira, 25 de junho de 2020




O Livro dos Médiuns

Allan Kardec

Parte 2

Continuamos o estudo metódico de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, segunda das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em 1861.
Este estudo é publicado sempre às quintas-feiras.
Eis as questões de hoje:

9. Por que há Espíritos maus que não valem mais do que os chamados demônios?
O fato é verdadeiro e a razão é simples: é que há homens muito maus e a morte não os torna imediatamente melhores. Não sendo os Espíritos mais do que as almas dos homens e não sendo estes perfeitos, resulta que há Espíritos igualmente imperfeitos cujo caráter se reflete em suas comunicações. (O Livro dos Médiuns, item 46.)
10. Como prevenir os inconvenientes que apresenta a prática espírita?
 O melhor meio de se prevenir contra os inconvenientes que pode apresentar a prática do Espiritismo não é proibi-lo, mas fazê-lo compreendido. Deus nos deu a razão e o discernimento para apreciar os Espíritos, tanto quanto os homens. Um temor imaginário não impressiona mais do que um instante e não afeta todo o mundo. A realidade claramente demonstrada é compreendida por todos. O conhecimento prévio da teoria e da Escala Espírita nos fornecem as condições para compreendermos e controlarmos as manifestações. (Obra citada, item 46.)
11. Podem os Bons Espíritos insuflar o azedume e a cizânia entre os homens?
Claro que não. Os Bons Espíritos não insuflam jamais o azedume ou a discórdia. Os que agem assim são Espíritos imperfeitos que, devido à sua inferioridade, podem induzir os homens à desunião. Os Bons Espíritos têm a prática do bem como meta e é isso que os caracteriza. (Obra citada, item 50.)
12. É possível ao homem esquadrinhar o princípio das coisas?
Não, porquanto o princípio das coisas, como é ensinado em O Livro dos Espíritos, está nos segredos de Deus. Pretender folhear com a ajuda do Espiritismo o que ainda não é da alçada da Humanidade é desviá-lo do seu verdadeiro fim. Que o homem aplique o Espiritismo em seu melhoramento moral, eis o essencial, porque o único meio de progredir é tornar-se melhor. (Obra citada, item 51.)
13. A forma humana é encontrada também em outros mundos?
A forma humana, excetuadas algumas minúcias, encontra-se nos habitantes de todos os globos; pelo menos é o que dizem os Espíritos. É igualmente a forma de todos os Espíritos não encarnados e que possuem apenas o perispírito como envoltório; é ainda aquela sob a qual, em todos os tempos, representaram-se os anjos ou Espíritos puros. Podemos concluir, portanto, que a forma humana é o tipo de todos os seres humanos de qualquer grau a que pertençam. (Obra citada, item 56.)
14. Qual a causa da dúvida dos homens acerca das manifestações dos Espíritos?
Uma causa que contribui para fortificar a dúvida, numa época tão positiva como a nossa, em que se exige conta de tudo, em que se quer saber o porquê e o como de cada coisa, é a ignorância da natureza dos Espíritos e dos meios pelos quais podem manifestar-se. Adquirido esse conhecimento, o fato das manifestações nada tem de surpreendente e entra, assim, na ordem dos fatos naturais. De fato, a ideia que os homens fazem geralmente dos Espíritos torna, à primeira vista, incompreensível o fenômeno das manifestações. Estas não podem produzir-se senão pela ação do Espírito sobre a matéria. Mas, se julgam que o Espírito é a ausência de toda matéria, perguntam, com relativa razão, como pode ele agir materialmente. Ora, aí está o erro, porque o Espírito não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. (Obra citada, itens 52 e 53.)
15. Que ocorre ao homem logo após a morte física?
No momento em que acabam de deixar a vida corpórea, os Espíritos ficam em um estado de perturbação, em que tudo é confuso ao redor deles. Eles veem seu corpo, perfeito ou mutilado, segundo o gênero de morte; por outro lado, veem as pessoas e se sentem viver. Alguma coisa lhes diz que esse corpo era seu e não compreendem que estejam separados dele. Continuam a se ver sob sua forma primitiva, e esta vista produz em alguns, durante um certo tempo, uma singular ilusão: a de se julgarem ainda encarnados. Falta-lhes a experiência de seu novo estado para se convencerem da realidade. Passado esse primeiro momento de perturbação, o corpo se torna para eles uma velha veste da qual se despojaram e da qual não guardam saudades. Sentem-se mais leves e como que desembaraçados de um fardo; já não experimentam dores físicas e são muito felizes em poder elevar-se, transpor o espaço, assim como fizeram muitas vezes em seus sonhos. Entretanto, apesar da ausência do corpo, constatam sua individualidade, pois conservam uma forma que não os embaraça, e têm, enfim, consciência do seu eu e do seu novo estado. (Obra citada, item 53.)
16. O homem é formado de quantos elementos?
Numerosas observações e fatos irrecusáveis confirmam que há no homem três elementos: 1º - a alma, princípio inteligente no qual reside o senso moral; 2º - o corpo material, invólucro grosseiro, que o reveste temporariamente para que possa desempenhar certos encargos providenciais; 3º - o perispírito, invólucro fluídico, semimaterial, que serve de ligação entre a alma e o corpo. A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação do invólucro grosseiro, que a alma abandona. O outro invólucro se liberta e segue a alma, que, desta forma, percebe ter sempre um invólucro: o perispírito. (Obra citada, item 54.)

Observação:
Para acessar a Parte 1 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/06/o-livro-dos-mediuns-allan-kardec-parte.html




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Amaury de Oliveira: exemplo de generosidade e solidariedade

Há pessoas que passam pelo mundo e não deixam marca alguma. Do jeito que chegam, acabam indo, sem deixar saudade nem lembranças.
Não foi esse, obviamente, o caso do nosso mano Amaury, segundo filho do casal Astolfo Olegário/Anita Borela, em uma prole de 11 filhos. (Na foto ao lado, tirada em setembro de 1984, ele está com sua neta Gabriella.)
Nascido em 25 de junho de 1929, Amaury casou-se com Maria Luiza Imbeloni em 29 de janeiro de 1951 e com ela viveu 48 anos, até 12 de maio de 1999, quando retornou à pátria espiritual.
Em janeiro de 1963, antes de fazer 34 anos, Amaury e Maria Luiza (foto ao lado) me acolheram em seu lar e pude, então, por mais de 36 anos, partilhar a seu lado dos seus planos, dos seus sonhos, dos seus atos. Juntos, estudamos para dois concursos federais e juntos fomos aprovados, fato que marcou de forma definitiva o caminho profissional que seguimos a partir de então.
Agradeço a Deus ter-me concedido a oportunidade de viver a seu lado, porque com ele aprendi como é importante ser generoso, solidário, participativo, e também compreender que ninguém pode ser feliz sozinho e que a felicidade só vale realmente quando partilhada com o nosso próximo, seja ou não parte de nossa família.
Meu irmão Arthur Bernardes, dois anos mais moço e que conviveu desde criança com ele, registrou em um de seus livros três momentos em que o personagem principal é o Amaury. (Na foto ao lado, Amaury - de camisa branca - está junto de seus 4 irmãos homens e dois cunhados.)
De suas anotações valho-me aqui para destacar em nosso homenageado três importantes facetas: a inteligência, a afabilidade e a generosidade.
Vejamos a primeira: a inteligência.
Escreveu o Arthur:
Meus dois irmãos mais velhos, a Marília e o Amaury, brilhavam na escola. Estavam no 1º e 2º anos do antigo curso primário (hoje esse curso é chamado de ensino fundamental). Só tiravam, nas provas de desempenho, dez com distinção e louvor. Era mais que dez. Mas como na avaliação eles só utilizavam valores até dez, para dizer que aquela prova valia mais que dez, eles inventaram essa forma de dizer isso, acrescentando ao número dez essa expressão “distinção e louvor!” com uma exclamação enorme para chamar mais atenção ainda. Meu pai espumava de tanta alegria. (Uma estrela em forma de flor, Apêndice, cap. 2.)
Segundo o depoimento insuspeito do próprio irmão, Amaury já mostrava desde criança uma inteligência marcante e, quando adulto, comprovou-o ao ser aprovado em um concurso público para a Receita Federal, em que muitos doutores jamais conseguiram sucesso. Na ocasião do concurso, ele só ostentava o 2º grau e estava afastado dos bancos escolares havia mais de 17 anos.
Na sequência, fez brilhante carreira na Receita, estudou, conseguiu o diploma superior e chegou a Delegado da Receita Federal em Curitiba, em que teve uma atuação marcante e digna do elogio dos seus superiores em Brasília, DF.
Eis a segunda: a afabilidade.
Anotou o Arthur no livro já mencionado:
Há uma diferença fundamental entre o mano do meu coração – o Amaury – e mim. Dizia o Panza que, quando o Amaury ri, todos os dentes se mostram claros. Aqueles dentes branquinhos, sadios, admiráveis. E tem-se a impressão de que o Amaury não tem apenas 32 dentes, o que seria normal, mas 64, tal o brilho que através do seu sorriso invade a nossa alma e encanta os nossos olhos. É um sorriso aberto, franco, espontâneo de quem não teme mostrar pela boca a alma linda que tem. (Uma estrela em forma de flor, cap. XVIII – O impulso e a flor.)
Seu sorriso franco, aberto e espontâneo estava presente sempre, todas as vezes em que abria as portas do seu lar para receber os familiares e os amigos. Churrascos inesquecíveis, os jogos de cartas, as canções que ele adorava cantar... Esses foram momentos que os mais jovens da família certamente desconhecem, mas constituem para nós lembranças imorredouras, dessas que o tempo não tem competência para apagar. (Na foto acima, ele está com a esposa e alguns de seus netos.)
Eis, por fim, a terceira e principal: a generosidade.
Escreveu o Arthur:
Os planos do Amaury... Qual! Só encostando estas teclas. Falaria a vida inteira sobre os planos do Amaury. Planos fabulosos e irrealizáveis, quase todos, mas sempre belos, puros, fulgurantes.
A pureza de seus ideais! A preocupação obsessiva com todos, indagando, perquirindo, analisando, bisbilhotando, para descobrir necessidades, e supri-las com a sua bondade. (Uma estrela em forma de flor, cap. XI – Vem ver a família.)
De fato, os planos do Amaury eram como água descendo por uma enorme cachoeira...
No tocante a reunir os recursos financeiros, jamais teve sucesso. E quando parecia que isso ocorreria, veio um gatuno disfarçado de amigo e surripiou tudo o que ele ajuntara, deixando-o ainda com dívidas imensas que só pôde quitar ao longo dos anos, valendo-se dos seus próprios vencimentos de funcionário público.
Contudo, embora destituído de grandes recursos, jamais deixou de ajudar a quem precisasse, fosse ou não da família. 
Quando surgia uma necessidade, era ele o primeiro a se manifestar e com isso, com seu exemplo, fazia com que vários de nós também participássemos, minorando as dificuldades daqueles que o vulgo costuma chamar de desfavorecidos da sorte...
Assim era Amaury de Oliveira.
Tinha defeitos?
Claro! quem não os tem? Mas as qualidades sobrepujavam com larga margem todos eles.





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