Nos Domínios da
Mediunidade
André Luiz
Parte 10
Vimos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos sete primeiros livros da Série, estudamos
agora a oitava obra: Nos Domínios da
Mediunidade, publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete " Nos
Domínios da Mediunidade".
Eis as questões de hoje:
73. Por que muitos
médiuns começam a jornada e depois recuam?
Aulus explicou que o médium não é um animal subjugado a
canga, mas sim um irmão da Humanidade e um aspirante à Sabedoria. Deve
trabalhar e estudar por amor. Livre para decidir quanto ao próprio destino, muitas
vezes prefere estagiar com indesejáveis companhias, caindo em temíveis
fascinações. Inicia-se com entusiasmo na obra do bem, entretanto em muitas
circunstâncias dá ouvidos a elementos corruptores que o visitam pelas brechas
da invigilância. E, assim, tropeça e se estira na cupidez, na preguiça, no
personalismo destruidor ou na sexualidade delinquente, transformando-se em
joguete dos adversários da luz que lhe vampirizam as forças, aniquilando-lhe as
melhores possibilidades. É por isso que se veem no mundo milhões de criaturas
às voltas com a mediunidade torturante, milhares detendo possibilidades
psíquicas apreciáveis e raras obtendo um mandato mediúnico para o trabalho da
fraternidade e da luz. (Nos Domínios da
Mediunidade, cap. 16, pp. 156 e 157.)
74. Como são
obtidas as imagens projetadas na reunião mediúnica?
Reportando-se ao espelho fluídico usado na reunião
mediúnica, Aulus explicou que aquele aparelho assemelhava-se à televisão
conhecida dos homens, manobrada, porém, com recursos da esfera espiritual, em
que a própria alma, revestida por seu perispírito, era focalizada. “Pelo exame
do perispírito – informou o instrutor –, alinham-se avisos e conclusões. Muitas
vezes, é imprescindível analisar certos casos que nos são apresentados, de modo
meticuloso; todavia, recolhendo apelos pela massa, mobilizamos meios de atender
a distância. Para isso, trabalhadores das nossas linhas de atividade são
distribuídos por diversas regiões, onde captam as imagens de acordo com os
pedidos que nos são endereçados, sintonizando as emissões com o aparelho
receptor sob nossa vista.” Embora semelhante à televisão terrena, as
transmissões ali eram muito mais simples, exatas e instantâneas. (Obra citada,
cap. 16, págs. 158 a 160.)
75. Como os benfeitores
espirituais localizam em determinada região as pessoas a serem atendidas?
Segundo Aulus, muitas vezes, em face do número grande de
pessoas a atender, os samaritanos da fraternidade não podem ajuizar se estão
recebendo informes de um encarnado ou de um desencarnado, mormente quando não
se acham laureados por vastíssima experiência. Por isso, as informações sobre
as pessoas a serem atendidas pelos Espíritos devem ser, sempre que possível,
minuciosas e completas. Desse modo é que se localizam os enfermos objeto do
atendimento a ser prestado. (Obra citada, cap. 16, pp. 158 a 160.)
76. Num grupo
destinado ao serviço dos passes, é bom que os médiuns sejam sempre os mesmos?
Sim. Contudo, em casos de impedimento justo, podem ser
substituídos, embora nessas circunstâncias se verifiquem, inevitavelmente,
pequenos prejuízos resultantes do natural desajuste. (Obra citada, cap. 17, pp.
163 e 164.)
77. Na aplicação
dos passes é necessário o contato físico com o enfermo?
Não, pois os recursos magnéticos aplicados a reduzida
distância penetram assim mesmo o “halo vital” ou a aura dos doentes, provocando
nestes as modificações desejadas. Vendo os médiuns passistas em ação, André
Luiz diz que pareciam duas pilhas humanas deitando raios de espécie múltipla, a
lhes fluírem das mãos, depois de lhes percorrerem a cabeça, ao contacto dos benfeitores
espirituais. (Obra citada, cap. 17, pp. 164 a 166.)
78. Por que a fé
do enfermo é importante na ação magnética curadora?
A explicação de Aulus foi dada quando André reparou que
alguns enfermos não logravam a mais leve melhoria, visto que as irradiações
magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico. Qual seria o motivo?
“Falta-lhe o estado de confiança”, informou Aulus. A fé é, nesses casos,
indispensável. “Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a
imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível para a
transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que
o candidato apresente uma certa tensão favorável. Essa tensão decorre da fé.”
Ele referia-se à fé, não como crença cega, mas como atitude de segurança
íntima, reverente e submissa, diante das Leis Divinas, em cuja sabedoria e amor
procuramos arrimo. “Sem recolhimento e respeito na receptividade, não
conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor,
porque o escárnio e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas
de gelo sobre o templo da alma.” (Obra
citada, cap. 17, pp. 166 a 168.)
79. Como o
instrutor Aulus define o passe?
Segundo Aulus, o passe é uma transfusão de energias,
alterando o campo celular. Para explicar suas palavras, ele disse: “Vocês sabem
que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível
da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os
princípios subatômicos, e que, antes desse princípio, surge a vida mental
determinante... Tudo é espírito no santuário da natureza”. E aduziu: “Renovemos
o pensamento e tudo se modificará conosco”. Na assistência magnética, os
recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a
criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. “A mente reanimada reergue
as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas
reconstruções.” (Obra citada, cap. 17, pp. 168 a 170.)
80. O passe pode
ser ministrado a distância?
Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e
aquele que o recebe. “Nesse caso – explicou Aulus – diversos companheiros
espirituais se ajustam no trabalho do auxílio, favorecendo a realização, e a
prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora.” (Obra citada, cap.
17, pp. 168 a 170.)
Observação:
Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/nos-dominios-damediunidade-andre-luiz_24.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |