terça-feira, 30 de abril de 2019




A luz do amor dissipa a dor da escuridão

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

O amor sempre haverá, embora, em certos momentos, como ainda hoje, a amargura pareça sobrepor-se à doçura de sua cura, porém é apenas estado ainda para os simples e iniciantes seres dos mundos em desenvolvimento, mundos em busca de luz.
Sabe-se sobre tantas maldades de humanos dotados da centelha divina, mas que não se livraram do ranço inicial, no entanto terão de se melhorar, pois o bem, como a eternidade, é a exigência natural para todas as almas.
Nas sociedades, todo ser fragilizado deveria receber atenção, mas tanto mais se observa é o necessitado e causador de conflito ser deixado um pouco à mercê, pois esta atitude despende menos energia, disciplina dos ajudantes e comprometimento com o humano companheiro.
Mas a vida, indiferentemente da forma como se age, possui o seu mais digno objetivo: o amor entre os seres, progresso do universo. A aquisição, mesmo que a pequeninos passos, do entendimento é clareira indispensável nas estradas desconhecidas e escuras que se transformam em espaços abertos e claros para a integração com o desenvolvimento.
Então que os olhos queiram olhar com mais bondade sempre os olhos alheios e carecedores, pois mesmo com a contrariedade, desequilíbrio, descompasso de seres embrenhados em caminhos duros e gris, por mais que afirmem senhores de si e persigam... e maltratem, e perturbem, e digam que o próprio poder sejam eles... não são felizes, e sofrem, e choram o choro dos aflitos e sofredores, já que só o amor é o lenitivo perfeito e completo para toda alma, estágio do espírito, e para todo espírito, posição eterna da alma.
Graças a Deus, que o bem é, antes ou mais tarde, a seara de toda fagulha divina e que, em Sua bondade absoluta e onipotência, o Pai abraça todo filho de sua constituição; Graças a Deus, que a sabedoria maior é preponderante e independe de qualquer condição e que o Seu amor, incomparável sentimento, opera em todos os lugares e tempo; Graças a Deus, que se vive continuamente o alvorecer, recomeço de tudo.
Todos possuímos a mesma ocasião: o progresso. E todos enxergaremos a luz e sentiremos, sim, o amor, isso é imprescindível, Graças a Deus.

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segunda-feira, 29 de abril de 2019




Da série de erros frequentes no uso do idioma português, eis mais cinco exemplos:
1. Hoje em dia, o intercâmbio entre nós e os Espíritos tem sido melhor compreendido.
O correto: Hoje em dia, o intercâmbio entre nós e os Espíritos tem sido mais bem compreendido.
Explicação: Antes de particípio, os gramáticos sugerem que usemos “mais bem”, e não “melhor”: mais bem classificado; mais bem editado; mais bem situada; mais bem esclarecido.
2. Não se esqueça, amiga, que agora sou maior e responsável.
O correto: Não se esqueça, amiga, de que agora sou maior e responsável.
Explicação: Na forma pronominal, o verbo “esquecer” exige objeto indireto.
3. O centro espírita fez uma linda festa em comemoração aos seus 30 anos de fundação.
O correto: O centro espírita fez uma linda festa em comemoração dos seus 30 anos de fundação.
Explicação: O substantivo comemoração pede a preposição “de”.
4. No trato com indivíduos fanáticos, um amigo já nos disse: “Deixe-os falarem”, porque eles com certeza não sabem o que dizem.
O correto: No trato com indivíduos fanáticos, um amigo já nos disse: “Deixe-os falar”, porque eles com certeza não sabem o que dizem.
Explicação: Após determinados verbos o infinitivo não deve ser flexionado. É o caso do verbo “deixar”. Alguém ignora este preceito evangélico: “Deixai vir a mim a criancinhas”?
5. O homem se assustou quando me viu, e disse: “Não diz a ninguém o que viste aqui”.
O correto: O homem se assustou quando me viu, e disse: “Não digas a ninguém o que viste aqui”.
Explicação: O imperativo afirmativo do verbo dizer é: diz (ou dize) tu. O imperativo negativo é: não digas tu.





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domingo, 28 de abril de 2019





O que é essencial no tratamento da obsessão

Vez por outra o tema obsessão volta à discussão porque, como sabemos, muitos dos que nos leem são pessoas que estão dando os primeiros passos no tocante ao conhecimento da doutrina espírita. Além disso, a obsessão continua sendo um dos motivos que mais tem levado espíritas e não espíritas a buscar ajuda nos centros e instituições espíritas.
Uma pergunta frequente diz respeito às obras em que o tema é tratado objetivamente por Allan Kardec.
Kardec examinou o tema em vários textos da Revista Espírita e nas obras A Gênese, O Livro dos Médiuns e Obras Póstumas, mas é no cap. 28 d´O Evangelho segundo o Espiritismo que o leitor encontrará um roteiro prático que elucida como as obsessões devem ser tratadas.
No capítulo a que nos reportamos, o Codificador do Espiritismo adverte inicialmente que a cura das obsessões graves requer paciência, perseverança e devotamento e exige tato e habilidade, porquanto é preciso, para que a tarefa tenha sucesso, que encaminhemos para o bem Espíritos muitas vezes perversos, endurecidos e astuciosos.
Lembra-nos Kardec que, seja qual for o caráter do Espírito causador da obsessão, nada se obterá pelo constrangimento ou pela ameaça, mas tão somente pelo ascendente moral daqueles que se dediquem à tarefa. É por isso que é completamente ineficaz a prática dos exorcismos ou o uso de fórmulas, amuletos, talismãs ou qualquer objeto a isso assemelhado.
É preciso que se atue sobre o ser inteligente que provoca a obsessão, ao qual importa se fale com autoridade, que só existe onde há superioridade moral. O objetivo é convencer ou induzir o Espírito perverso a renunciar aos seus desígnios maus e fazer que nele despontem o arrependimento e o desejo do bem, por meio de instruções ministradas com habilidade, cujo objetivo é sua educação moral.
Outra observação importante feita por Kardec é que a obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e, por isso, requer geralmente tratamento simultâneo ou consecutivo, por meio do magnetismo e da medicina tradicional, com vistas a restabelecer a saúde da pessoa que sofre o assédio obsessivo. E mesmo quando a causa esteja afastada, resta ainda combater os efeitos.
Nos casos de obsessão grave, o obsidiado acha-se como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. Importa, pois, desembaraçá-lo desse fluido, motivo pelo qual recorremos aos chamados passes magnéticos, cuja eficácia é bem conhecida dos que estudam a doutrina espírita.
A participação do indivíduo que sofre o processo – o chamado obsidiado – é outro ponto que Kardec destaca na obra a que nos referimos. É preciso ao obsidiado fortificar sua alma, trabalhar por seu aprimoramento moral, fazer a parte que lhe cabe, sem o que será difícil obter o resultado desejado.
A esse respeito, o Codificador afirma que a tarefa desobsessiva se apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo sua situação, presta o concurso de sua vontade e de suas preces, modificando-se moralmente, adotando nova conduta e buscando aprimorar-se espiritualmente, certo de que, no tocante aos processos obsessivos, o melhor médico será sempre ele mesmo.





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sábado, 27 de abril de 2019




Semeadura e colheita

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Vigiemos e oremos, pois somos vigiados por uma multidão de espíritos.1
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda, que ditou ao médium e tribuno espírita Divaldo Pereira Franco dezessete obras, explica-nos que faz parte de uma equipe socorrista, no plano espiritual, em geral, dirigida pelo grande apóstolo do Espiritismo, Bezerra de Menezes. Nessas obras, Philomeno de Miranda aborda a influência nefasta dos inimigos desencarnados sobre nossas mentes. Essa interferência ocorre quando, misturando seus pensamentos com os nossos, esses Espíritos, denominados obsessores, provocam uma espécie de curto-circuito cerebral em suas vítimas que, muitas vezes, sem se darem conta, são levadas a atitudes anormais.
O desequilíbrio pode ser desencadeado por algum ato grave que tenhamos cometido, em prejuízo de alguém e de nós mesmos, que altera nosso estado de consciência. Como nem sempre somos capazes de diferençar os próprios pensamentos dos de nossos inimigos desencarnados, interferidos nos nossos, se não nos defendermos com “vigilância e oração” recomendadas pelo Cristo, o processo, inicialmente sutil, agrava-se com o tempo e pode mesmo causar-nos distúrbios mentais graves.
Adilton Pugliese, organizador, ampliou seus estudos de todas as obras de Philomeno de Miranda e republicou, com a aprovação de Divaldo Franco, o livro intitulado Obsessão: instalação e cura. Neste, encontramos roteiro muito útil para o estudo dessa nefasta influência na vida de grande número de pessoas em todos os tempos. Seu conteúdo é baseado em narrações de fatos reais, que desenvolvem o contido no pentateuco kardequiano sobre os diversos tipos de obsessão e o que fazer para sua profilaxia e tratamento.
Em todas as obras de Allan Kardec e na sua Revista Espírita, existe rico material sobre o assunto, agora desenvolvido com exemplos vivos desse que é considerado um verdadeiro “flagício social” por Miranda e, antes, pelo próprio Codificador do Espiritismo.
Na obra organizada por Adilton, lemos relatos dos casos que, se não identificados em tempo hábil, levam as pessoas obsidiadas à verdadeira loucura. Os obsessores usam técnicas refinadas, baseadas na identificação das falhas da personalidade comprometida em sua individualidade espiritual, e atuam implacavelmente sobre suas consciências, não lhes dando tréguas. Daí ser necessário que nos conheçamos bem, a fim de não cairmos nessas armadilhas.
Não nos esqueçamos de que, na Terra, o único ser humano plenamente identificado com Deus foi Jesus. E não alimentemos pensamentos deprimentes pelas faltas cometidas. Antes, aprendamos com elas a não mais errar.
Todos nós erramos e ainda vamos cometer muitos erros. Lembremo-nos, entretanto, desta frase do apóstolo Pedro: “O amor cobre a multidão de pecados” (I Pedro, 4:8). Principalmente quando jovens (e agora a juventude alcança a casa quarentenária), cometemos algumas falhas de observação, erros de avaliação e injustiças com as pessoas. Não podemos, porém, sentar em cima da falta e dali não mais sair. O modo de reparar um mal é substituí-lo por boas ações, pelo pedido sincero de perdão e pelo propósito de não mais incidirmos no erro.
Uma das formas de observarmos as tristes consequências de pessoas que não se perdoaram é a visita a esses tristes lares em que não só o faltoso como sua própria família expiam suas faltas passadas, não corrigidas a tempo. Então, ao reencarnarem, plasmam corpos deformados. Em Santo Antônio do Descoberto, visitamos algumas famílias que nos demonstram quanto temos a agradecer a Deus por termos um corpo perfeito e a oportunidade de reparar em tempo alguns erros da mocidade e mesmo da idade madura. Pois, como dizia o apóstolo Paulo, somos ainda mais propensos ao mal do que ao bem, mesmo já sendo adeptos deste.
Um jovem, atualmente internado com infecção generalizada, há cerca de vinte anos, foi acometido de paralisia física e cerebral, e vegeta em cima de modesta cama. Até os dezessete anos de idade era um rapaz saudável. Na última semana, soubemos que seu pai também foi internado. Este, além de sofrer do mal de lázaro, também contraiu câncer prostático.
Outro jovem, muito forte da cintura para cima, tem as pernas atrofiadas e o cérebro lesado, sendo encontrado sempre sentado sobre modesto sofá do lar de sua resignada e forte mãe, ironicamente, conhecida como dona Chagas. Esse jovem é quase cego e não fala. No mesmo lar, outro rapaz, aparentemente saudável, está quase cego. Também visitamos a casa duma jovem que sofre de paralisia cerebral congênita. Com o corpo magro e retorcido, está sempre estirada em sua cama. Em geral, profundamente adormecida.
Precisamos aproveitar a oportunidade que Deus nos deu e trabalhar em nós o sentimento de piedade para com nós mesmos e para com todos aqueles nossos irmãos, do presente e do passado, aos quais, independentemente do que eles sintam por nós, precisamos amar e servir com todas as forças de nossa alma.
A começar dos que o Senhor colocou em nossa casa. Daí a necessidade de um tratamento espiritual, quando o assédio dos obsessores se torna implacável e nefasto ao nosso equilíbrio mental. O que não dispensa a orientação e medicação do psiquiatra.
E, agindo de acordo com a recomendação paulina, certamente estaremos livres de maiores complicações, quando optarmos pelo amor incondicional: “Não desanimemos na prática do bem, pois, se não desfalecermos, a seu tempo colheremos” (Gálatas, 6:9).

[1] PAULO. Bíblia de Jerusalém (Hebreus, 12:1, 2). “Portanto, também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o iniciador e consumador da fé, Jesus [...]”.






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sexta-feira, 26 de abril de 2019




O Tesouro dos Espíritas

Miguel Vives y Vives

Parte 8

Damos sequência ao estudo do clássico O Tesouro dos Espíritas, de Miguel Vives y Vives, que está sendo aqui estudado em 16 partes, com base na tradução de J. Herculano Pires, conforme a 6ª edição publicada pela Edicel.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões preliminares

A. Diante da dor, como devem os espíritas proceder?
B. Que é que os Centros Espíritas devem fazer para atrair os Bons Espíritos?
C. Muitos dizem: “Que sorte a minha ter conhecido o Espiritismo!”. Como Miguel Vives analisa esse pensamento?

Texto para leitura

90. Todo espírita submetido a grandes dores mantenha-se forte, cheio de calma, de amor ao Pai, de resignação e de submissão à Justiça Divina. E se a tentação o envolver, que se defenda com a prece, com o amor pelos que sofreram por Jesus, sem esquecer jamais que, por trás da dor suportada com alegria e calma, virá a felicidade na vida eterna. (P. 106)
91. Em nota de rodapé, Herculano Pires diz que a revolta aumenta a dor e intensifica o sofrimento, enquanto a resignação favorece a ação benéfica dos Bons Espíritos, sempre prontos a auxiliar os que sofrem. A prece – diz ele – é o grande lenitivo das dores sem remédio. Por ela, o espírito em provas estabelece ligação fluídica com os seus Benfeitores Espirituais, que lhe darão o alívio possível e a força moral necessária para suportar a provação até o fim. (P. 106)
92. Os Centros Espíritas – afirma Miguel Vives – devem ser a Cátedra do Espírito da Verdade, porque, se não servirem ao Espírito de luz, sofrerão a influência do Espírito das trevas. (P. 107)
93. Para obter o concurso dos Bons Espíritos é necessário observar algumas regras e fazer-lhes agradável a permanência nas reuniões. Assim, os Centros Espíritas devem ser efetivamente casas de amor, de caridade, de indulgência, de perdão, de humildade, de abnegação, de virtude, de bondade e de justiça, a fim de que, assim agindo, possam atraí-los.
94. O diretor de um Centro Espírita deve ser, em tudo, um exemplo. Não deve ele olvidar que se encontra revestido de um encargo que, embora nada seja entre os homens, é de grande importância perante Deus. (P. 110)
95. Por causa disso, todo diretor de Centro deve viver sempre apercebido dos seus deveres, mantendo o seu pensamento bem elevado, praticando a oração mental e tendo sempre em mente as leis divinas do Evangelho. (P. 111)
96. Com doçura, amor e palavra persuasiva, mansa e tolerante, deve o diretor corrigir tudo aquilo que possa ser causa de atração para o Espírito das trevas, de maneira que este não encontre meios de interferir nos ensinos e exortações que se recebem no Centro. (P. 112)
97. Constitui obrigação do diretor fazer que os frequentadores da sessão estejam conscientes do ato que irão realizar, a fim de evitar que más influências impeçam a recepção das instruções do Espírito da Verdade. (P. 112)
98. Se o participante do Centro notar deficiências ou descuidos de parte do diretor, não deve entregar-se à murmuração e à crítica, mas recorrer à prudência, para saber o que pode ser relevado e o que precisa ser corrigido. Se necessário recorrer à exortação ou à advertência, é melhor, antes de tudo, consultar os irmãos de maior critério, prudência e caridade. (P. 113)
99. Alguns irmãos às vezes dizem: “Que sorte a minha, por ter conhecido o Espiritismo!” Realmente, é uma grande vantagem conhecê-lo, se quisermos bem empregar o tempo em nossa atual existência, mas esse conhecimento nos traz também grandes deveres a cumprir, porque nós espíritas não podemos viver como vive o comum dos mortais. (P. 114)
100. Temos de combater os nossos defeitos, adquirir virtudes, viver apercebidos. Temos de ser a luz e o exemplo, para que os homens admirem o Pai e se convertam, entrando na via de purificação. Mas a correção que temos de fazer em nós mesmos, o combate aos defeitos, o abandono das futilidades e o aperfeiçoamento das virtudes, obrigam-nos a uma auto-observação e a um trabalho constante. (PP. 114 e 115)
101. Se nos extasiarmos com as vantagens que o Espiritismo oferece, esquecendo-nos das obrigações que ele nos acarreta, que será de nós? (P. 115)

Respostas às questões preliminares

A. Diante da dor, como devem os espíritas proceder?
Devem manter-se fortes, cheios de calma, de amor ao Pai, de resignação e de submissão à Justiça Divina, sem esquecer jamais que, por trás da dor suportada com alegria e calma, virá a felicidade na vida eterna. A revolta aumenta a dor e intensifica o sofrimento, enquanto a resignação favorece a ação benéfica dos Bons Espíritos, sempre prontos a auxiliar os que sofrem. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, pág. 106.)
B. Que é que os Centros Espíritas devem fazer para atrair os Bons Espíritos?
Para tal fim é necessário observar algumas regras e fazer-lhes agradável a permanência nas reuniões. Assim, os Centros Espíritas devem ser efetivamente casas de amor, de caridade, de indulgência, de perdão, de humildade, de abnegação, de virtude, de bondade e de justiça, a fim de que, assim agindo, possam atrair os Bons Espíritos. (Obra citada, pp. 107 a 110.)
C. Muitos dizem: “Que sorte a minha ter conhecido o Espiritismo!”. Como Miguel Vives analisa esse pensamento?
Diz ele que, realmente, é uma grande vantagem conhecer o Espiritismo, se quisermos bem empregar o tempo em nossa atual existência. Ocorre que esse conhecimento nos traz também grandes deveres a cumprir, porque nós espíritas não podemos viver como vive o comum dos mortais. Temos de combater nossos defeitos, adquirir virtudes, viver apercebidos. Temos de ser a luz e o exemplo, para que os homens admirem o Pai e se convertam, entrando na via de purificação. Mas a correção que temos de fazer em nós mesmos, o combate aos defeitos, o abandono das futilidades e o aperfeiçoamento das virtudes, obrigam-nos a uma auto-observação e a um trabalho constante. (Obra citada, pp. 114 e 115.)


Observação:
Eis os links que remetem aos textos anteriores:




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quinta-feira, 25 de abril de 2019




A missão de Jesus

Este é o módulo 129 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Em que consistiu, verdadeiramente, a missão de Jesus?
2. Diz Mateus que o povo israelita admirava o modo como Jesus falava. Por quê?
3. Que recurso estilístico Jesus utilizava costumeiramente em suas pregações?
4. Muitas revelações nos foram feitas por Jesus. Mencione, dentre elas, as que considere mais importantes.
5. O Espiritismo não considera milagres nem as curas nem os prodígios operados por Jesus. O verdadeiro milagre que ele operou foi outro. Que milagre foi esse?

Texto para leitura

O povo israelita achava que Jesus ensinava como quem tinha autoridade
1. Jesus veio ao mundo para, como profetizou Isaías, fazer raiar a luz aos que se achavam na região da morte, dar crença aos que não a tinham, guiar os que se haviam perdido e se achavam desviados da estrada da vida e, finalmente, apresentar-se a todos como o modelo, o paradigma, o enviado de Deus, o único capacitado a legar a nós um ensino puro e perfeito. É daí que surgiria a conhecida sentença que o evangelista João lhe atribuiu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai ao Pai senão por mim” (João, 14:6).
2. Descendo de Esfera Superior, Jesus surgiu entre os terráqueos, não entre sedas e alabastros, mas em humílima e tosca estrebaria. Apresentando-se como o Messias anunciado pelos profetas da Antiguidade, foi recebido com desconfiança, até mesmo por João Batista, o precursor, que certa vez enviou dois emissários para saberem se ele era, realmente, o esperado Filho de Deus. Iniciando a pregação do Reino do Céu, não conseguiu o entendimento imediato nem ao menos de seus discípulos. E desse modo exerceria seu ministério, entre incompreensão e desprezo, amargura e solidão.
3. Ninguém ignora a extrema simplicidade, a completa humildade, a pobreza, o desatavio e a singeleza com que Jesus marcou sua presença e seu messianato em nosso planeta. Sem ter sequer onde reclinar a cabeça e sem nada possuir em termos materiais, cercou-se de pessoas incultas e reuniu em torno de si amigos rudes e iletrados de uma das regiões mais pobres pertencentes ao Império Romano. Peregrino paupérrimo, sem bolsa nem cajado, jamais ocupou qualquer cátedra e, sem nada haver escrito, dividiu as eras terrestres em antes e depois dele, como ninguém jamais o fez, permanecendo para sempre como a maior presença, o mais alto marco, a mais elevada e imorredoura expressão de toda a história humana, em todas as épocas do mundo.
4. Um fato, porém, digno de nota é que, apesar da resistência dos israelitas em reconhecê-lo como o Messias predito nas Escrituras, o povo que o escutava admirava sua doutrina porque percebia que ele ensinava como quem tinha autoridade, uma qualidade que não se destacava nas explanações feitas pelos escribas (Mateus, 7:28-29).

Verdades transcendentais e importantes nos foram trazidas por Jesus
5. Com efeito, os escribas e os rabinos do mosaísmo, ao contrário, costumavam ser muito minudentes na explanação dos cerimoniais e das práticas exteriores do culto, mas nunca haviam exposto verdades tão profundas nem lhe sensibilizaram os corações com tão expressivos apelos à retidão do caráter, à brandura, à caridade, à misericórdia, ao perdão, à tolerância e ao desapego dos bens terrenos, como Jesus fez no sermão do monte e em inúmeras outras ocasiões.
6. Como sábio educador que sempre foi, o Mestre recorria com frequência às parábolas a fim de melhor interessar e impressionar seus ouvintes. Esse recurso fez com que seus ensinamentos atingissem diretamente as mentes e os corações dos homens e, além disso, se perpetuassem na memória dos povos ao longo dos séculos.
7. Verdades transcendentais e importantes nos foram trazidas por Jesus e registradas nos Evangelhos. O Cristo nos revelou a amorosa paternidade do Deus Eterno, conscientizou-nos de sua onipotente bondade, de sua misericórdia e infalível justiça, de sua presença onímoda e perene, ensinando-nos a elevar até Ele a força do nosso pensamento e a confiar com filial devoção na sua infatigável providência.
8. Ao proclamar esta síntese da justiça indefectível – “A cada um será dado segundo suas obras” –, o Cristianismo se firma como a doutrina da moralização dos costumes e da ética em seus aspectos mais excelentes. Longe de se constituir em uma nova seita ou um novo partido, é ele, na verdade, um código de moral que abrange o direito de todos e estabelece, ao mesmo tempo, a responsabilidade de cada indivíduo segundo as condições em que se encontra e a influência que exerce no seio da coletividade.

O verdadeiro milagre de Jesus não consistiu nas curas que operou
9. Para ser cristão, no verdadeiro sentido da palavra, é preciso, acima de tudo, ser fiel a Deus, não apenas nos momentos de tranquilidade, mas sobretudo nas horas tormentosas, em que tudo parece desabar e perecer. O divino legado de Jesus, que a Humanidade ainda não consegue entender, é o de um mundo feliz, de paz e de amor, sem injustiças, sem opróbrios, sem miséria, sem orfandade, sem crimes, sem ódios, sem fratricídios e sem guerras.
10. No exercício de sua missão de amor, Jesus operou fenômenos considerados milagrosos; no entanto, as curas e os prodígios por ele realizados pertencem em sua maioria à ordem dos fenômenos psíquicos, ou seja, fenômenos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma, razão pela qual muitos deles foram repetidos ao longo da história por indivíduos diversos, confirmando esta conhecida assertiva do Messias: “O que eu faço vós podeis fazer também, e muito mais”.
11. Espírito perfeito e sábio, Jesus operava prodígios aos olhos dos terrícolas ainda ignorantes, sem derrogar nenhuma lei da natureza. Manipulava os fluidos como lúcido conhecedor de suas propriedades e qualidades e, portanto, não há por que falar em milagres nas curas que operou. (Consulte-se sobre o assunto o livro “A Gênese”, de Allan Kardec, cap. XIV e XV.)
12. O verdadeiro milagre de sua passagem pela Terra foi outro, ou seja, ter conseguido em pouco mais de três anos, sem nada haver escrito e vivendo numa das regiões mais pobres de sua época, modificar a face espiritual do mundo em que vivemos, o qual, desde então, divide a sua história em “antes” e “depois” do Cristo.

Respostas às questões propostas

1. Em que consistiu, verdadeiramente, a missão de Jesus?
Jesus veio ao mundo para fazer raiar a luz aos que se achavam na região da morte, dar crença aos que não a tinham, guiar os que se haviam perdido e se achavam desviados da estrada da vida e, finalmente, apresentar-se a todos como o modelo, o paradigma, o enviado de Deus, o único capacitado a legar a nós um ensino puro e perfeito.
2. Diz Mateus que o povo israelita admirava o modo como Jesus falava. Por quê?
O povo que o escutava admirava sua doutrina porque percebia que ele ensinava como quem tinha autoridade, uma qualidade que não se destacava nas explanações feitas pelos escribas.
3. Que recurso estilístico Jesus utilizava costumeiramente em suas pregações?
O Mestre recorria com frequência às parábolas a fim de melhor interessar e impressionar seus ouvintes. Esse recurso fez com que seus ensinamentos atingissem diretamente as mentes e os corações dos homens e, além disso, se perpetuassem na memória dos povos ao longo dos séculos.
4. Muitas revelações nos foram feitas por Jesus. Mencione, dentre elas, as que considere mais importantes.
Ele nos revelou a amorosa paternidade do Deus Eterno, conscientizou-nos de sua onipotente bondade, de sua misericórdia e infalível justiça, de sua presença onímoda e perene, ensinando-nos a elevar até Ele a força do nosso pensamento e a confiar com filial devoção na sua infatigável providência. O divino legado de Jesus, que a Humanidade ainda não consegue entender, é o de um mundo feliz, de paz e de amor, sem injustiças, sem opróbrios, sem miséria, sem orfandade, sem crimes, sem ódios, sem fratricídios e sem guerras.
5. O Espiritismo não considera milagres nem as curas nem os prodígios operados por Jesus. O verdadeiro milagre que ele operou foi outro. Que milagre foi esse?
Espírito perfeito e sábio, Jesus operava prodígios aos olhos dos terrícolas ainda ignorantes, sem derrogar nenhuma lei da natureza. Mas o verdadeiro milagre de sua passagem pela Terra foi outro, ou seja, ter conseguido em pouco mais de três anos, sem nada haver escrito e vivendo numa das regiões mais pobres de sua época, modificar a face espiritual do mundo em que vivemos, o qual, desde então, divide a sua história em “antes” e “depois” do Cristo.

Bibliografia:
A Gênese, de Allan Kardec, cap. XIV, item 31, e cap. XV, itens 1 e 2.
Boa Nova, de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, p. 48.
O Espírito do Cristianismo, de Cairbar Schutel, p. 20.
Páginas de Espiritismo Cristão, de Rodolfo Calligaris, pp. 172 e 173.
O Sermão da Montanha, de Rodolfo Calligaris, pp. 209 e 210.
A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, p. 108.
Em torno do Mestre, de Vinícius, pp. 128, 229, 235 e 304.


Observação:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:






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