terça-feira, 31 de outubro de 2017

Contos e crônicas







O desejo do menino Davi

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Entre tantas pessoas que também desejam, Davi só queria conversar, pois, assim, conseguiria atenção. Mas seus pais eram muito ocupados com o trabalho, as reuniões, os prazos a serem cumpridos.
“Filho, qual presente você quer esta semana?”
Essa era a pergunta que a mãe toda semana fazia para o filho.
“Não...”
A mãe já havia saído de perto para resolver alguma pendência profissional pelo telefone quando a resposta do filho seria dada.
“Não quero presente... quero conversar com você, mamãe...”
E o menino respondia para si.
Davi tinha todas as novidades tecnológicas e convencionais que as crianças de onze anos desejam e passava quase todo o seu tempo, além da escola, sozinho, sem conversar em casa, e caso conversasse eram apenas diálogos virtuais e escritos com algum colega ou respondia, com sim ou não, às recomendações maternas.
Essa rotina já se estendia há uns anos, porém, o menino ultimamente estava sentindo mais. Havia tantas perguntas a serem respondidas, tantos abraços a serem dados, tantos sorrisos a nascerem, tanto a ser vivido. E há algum tempo, Davi, sempre sozinho, acostumou-se a descansar um pouquinho após o almoço. Deitava em sua cama e até dormia um soninho.
Naquela tarde, no momento do descanso, antes de dormir o soninho, sentou-se à escrivaninha e começou a escrever numa folha uma carta para seus pais:

Papai e mamãe,
Tenho muitas coisas para repartir com vocês.
Na escola, o professor José nos deu um texto sobre a real essência da vida ‒ procurei no dicionário o que significa a palavra essência ‒, a família, os amigos, o meio ambiente, os animais, as boas ações como amar as pessoas e que elas são muito, muito importantes. O professor nos explicou que não teria nenhuma graça se no Planeta não existissem pessoas e mesmo com tanta tecnologia nada é capaz de substituir o relacionamento humano ‒ procurei outras palavras no dicionário. O professor nos falou que a simplicidade é como a estrela no céu sempre brilha e todos querem ver, que o carinho é massagem no coração, que a atenção é como o calorzinho do sol numa manhã fria, que conversas em família são tão necessárias quanto um prato de comida no almoço.
Os outros professores também nos explicaram muitas coisas importantes de verdade. Várias não entendi muito bem porque deveriam ser discutidas em família ‒ não consegui sozinho. Hoje tenho uma atividade para fazer em família de novo, não sei se vou conseguir sozinho. É para responder às perguntas: do que mais sinto falta e o que desejo em minha vida. Pensei muito para responder... pensei durante horas e percebi que a resposta é parecida para as duas perguntas: do que sinto falta é de minha família e o que desejo é viver com uma família de verdade; que meus pais conversem comigo e me deem amor e atenção e não presentes toda semana; quero passear em parques onde o piquenique seja obrigatório; que meu pai brinque comigo e minha mãe cuide de mim como mãe e não como... profissional, empresária; que meus pais me contem o que faziam quando eram crianças... e que eles cheguem mais cedo do trabalho para me ajudarem com as atividades e a participarem da minha vida. O que eu mais quero é viver como uma família de verdade.
Com amor,
seu filho Davi, que está com muita saudade de vocês.

Os pais chegavam mais ou menos às 22h como era de costume e passavam no quarto do filho para dar-lhe só um beijinho. O menino, a essa hora, já havia ido para a cama e dormia, no entanto, a folha escrita ficou em cima da escrivaninha.
Naquela noite, a rotina se rompeu com as palavras escritas pelo coração de uma criança que deseja apenas viver como ser que necessita de amor, carinho, atenção, respeito, calor humano e não só de efemeridades compradas em lojas físicas ou virtuais.
Davi dormia quietinho enquanto os pais, sentados à beira da cama, despertavam com choro para a verdadeira vida que afaga o coração.
Mas o sol brilhará na manhã seguinte.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

As mais lindas canções que ouvi (266)





Peito vazio

Cartola e Elton Medeiros

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta.
Foge-me a inspiração,
Sinto a alma deserta.
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio.
Me faltando as tuas carícias,
As noites são longas
E eu sinto mais frio.

Procuro afogar no álcool
A tua lembrança,
Mas noto que é ridícula
A minha vingança.
Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca mais.
E com o tempo
Esta imensa saudade que sinto
Se esvai...



As cifras desta música você encontra em:
https://www.cifraclub.com.br/cartola/peito-vazio/


 
Você pode ouvir a canção acima clicando nos links abaixo:
Teresa Cristina:
Nelson Gonçalves:
Roberta Sá e Ney Matogrosso:
Verônica Sabino:
Cartola:
Elton Medeiros:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



domingo, 29 de outubro de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo





Se alguém é réu confesso, como deve agir seu defensor?

Nestes tempos de Lava Jato e de tantas outras operações que têm levado políticos e empresários à prisão, vale a pena lembrar uma carta que foi dirigida à nossa revista por um leitor de Santa Catarina na qual ele nos perguntou se o advogado ou o defensor público, na condição de espíritas, podem defender um réu confesso sem ferir os princípios doutrinários em que nós, os espiritistas, acreditamos.
Na carta, lembrou ele que, embora o advogado disponha da faculdade de aceitar ou não a defesa de alguém que queira contratá-lo, essa opção não é possível ao Defensor Público, que não pode escolher clientes nem se negar a cumprir seu dever. E o leitor acrescentou à pergunta: “A título de cumprir sua obrigação profissional pode ele idealizar e engendrar uma tese de defesa que signifique mentir, ocultar fatos, apresentar provas e testemunhas que sabe ser um engodo, tudo com o objetivo de defender seu representado?”
Antes de responder ao consulente, é evidente que consultamos vários colegas espíritas igualmente versados no conhecimento da doutrina espírita e das nuanças do Direito.
Algumas premissas importantes é preciso que destaquemos com relação ao assunto:
1. Em qualquer área em que atue, o espírita deve pautar sua conduta pela ética e pelo respeito à verdade. Seja médico, engenheiro ou advogado, ninguém está imune a essa exigência.
2. Toda dissimulação e toda mentira acarretarão mais tarde, para a pessoa, as consequências a que ninguém pode fugir.
3. Todas as pessoas, sem exceção, têm direito à defesa e, portanto, o Defensor Público nomeado deverá atender ao seu dever com honra e dignidade, procurando, porém, no cumprimento de sua obrigação não ser incoerente nem valer-se de meios e subterfúgios moralmente escusos.
4. O advogado livremente contratado ou o Defensor Público, se tiverem convicção com respeito à culpa do cliente, poderão postular em favor dele outros benefícios, jamais a absolvição por negativa de autoria. Poderão, por exemplo, pleitear diminuições de pena, se devidas, excludentes da ilicitude (exemplo: legítima defesa), se cabíveis, e a aplicação de pena mais branda, inclusive as denominadas penas alternativas, se preenchidos os requisitos legais.
5. Em caso de dúvida quanto à culpa do cliente, sobretudo quando o réu, valendo-se da mentira, induz o advogado ao erro, obviamente não haverá para este último nenhuma espécie de responsabilidade.
6. Caso o Defensor Público, por ser espírita, não queira enfrentar situações desse tipo, para estar em paz com a própria consciência, pode tentar o deslocamento para outra área de atuação, passando a atuar, por exemplo, no ramo da família, da infância e da juventude. Diversos advogados espíritas, exatamente por causa do tema suscitado pelo leitor, optam por não atuar na área criminal.

*

Existem pessoas que, por princípio, são contra a segregação dos indivíduos condenados por um crime, ainda quando não existam dúvidas quanto à sua culpa.
Hilário Silva comenta o assunto no cap. 20 do seu livro Almas em Desfile, obra mediúnica psicografada pelos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira.
Eis o caso relatado por Hilário Silva:
“À porta do foro, o juiz Carmo Neto dizia ao advogado Luís Soeiro:
– Você poderá, sem dúvida, funcionar na defesa, mas, na condição de juiz e de espírita mais experiente, não posso compreender a maneira pela qual você observa o caso... O réu é homicida e ladrão, abateu o próprio tio para roubar... Não sou a favor da pena de morte, nem posso aprovar a prisão perpétua. Deus nos livre de semelhantes flagelos! Mas entendo que esses delinquentes são enfermos do espírito, requisitando segregação. Alguns anos de escola e de tratamento reajustam os doentes dessa espécie... Não podemos libertar loucos furiosos... A própria Lei Divina nos concede na reencarnação os meios precisos de reajuste.
Contudo, o advogado, espírita recentemente chegado à Doutrina, observava:
– Doutor, mesmo assim defendê-lo-ei gratuitamente, com todas as minhas forças, acreditando servir à caridade... Não concordo absolutamente com prisão para ninguém...
– Aprecio a sua atitude – volveu o magistrado –; como espírita, igualmente não aprovo a cadeia, o castigo, a violência, mas os delinquentes de grandes crimes são doentes perigosos que precisamos apartar da sociedade para a adequada assistência.
Chegada a hora do julgamento, o Dr. Luís Soeiro falou com tanta emotividade e eloquência, com tanto carinho e amor fraterno que o réu foi absolvido por unanimidade.
O feito foi comemorado festivamente.
Decorridas algumas semanas, o advogado e a esposa desembarcaram, alta noite, em cidade próxima, de visita a familiares. Caminhavam na rua deserta, quando um desconhecido avança sobre a senhora indefesa. O marido reage, grita por socorro, ajuntam-se populares e o homem é preso.
Foi então que o Dr. Luís Soeiro verificou, espantado, que o assaltante era o cliente para o qual havia conseguido a liberdade.” 
Um dos colaboradores de nossa revista, Dr. Alessandro Viana Vieira de Paula, juiz de Direito em Itapetininga-SP, a propósito do assunto em pauta, relatou-nos o seguinte:
“Certa feita o confrade Raul Teixeira nos contou uma história reproduzida pelo Irmão X numa das obras psicografadas por Chico Xavier. Havia um advogado muito hábil em dissimular, conseguir absolvições e arrumar nulidades nos processos, de forma que ele ficou conhecido como ‘o grande cabeção’. Muitos contratavam seus serviços porque sabiam da sua habilidade em buscar a absolvição. Ele desencarnou e, porque se comprometeu na área da inteligência, renasceu com macrocefalia. Quando era criança já exibia uma cabeça enorme e o Benfeitor dizia: Aí está o grande cabeção, agora literalmente.”




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



sábado, 28 de outubro de 2017

Contos e crônicas





Causos da caserna


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Amigo leitor, acabo de ler uma piada de caserna na Seleções Reader’s Digest de outubro, narrada por Nélson Goud. Segundo ele, certo dia em que praticava tiro com fuzil, ao ser colocado a duzentos metros do alvo, errou a pontaria, embora todos os seus tiros houvessem passado rente ao alvo. Ainda assim, o sargento instrutor do treinamento o aprovou e justificou desse modo sua aprovação: “Você sufocaria qualquer um com toda a poeira que levantou”.
Em minha época de militar do Exército, em Realengo, RJ, certo dia, realizávamos treinamento de tiro em alvos colocados acima de um morro. Chegada minha vez, após disparar seis tiros de fuzil e errar todos, ouvi do oficial responsável pelo treinamento o seguinte: “Você errou todos os tiros, mas, se houvesse alguém atrás do morro, agora estaria morto”.
Sou dessas pessoas que, por vezes, trocam o dia pela noite, e isso causou-me uma série de embaraços na vida militar. Um dia em que nossa companhia acampou, fazia muito calor. Logo após o almoço, vi um dos caminhões da companhia estacionado um pouco afastado da tropa e, por estar com muito sono, subi em sua carroçaria, deitei-me e adormeci. Quando acordei, sacudi uma cobra morta que, por brincadeira, alguém colocou sobre minhas pernas.
Se a intenção fora assustar-me, o tiro saiu pela culatra, pois logo vi que o ofídio estava morto e, calmamente, desci do caminhão e retornei às minhas atividades. Até hoje, desconheço o autor do “trote”... Os militares são muito brincalhões.
Eu, porém, embora tenha feito o primeiro curso, no Exército, na área de comunicações e conhecesse muito bem os regulamentos militares, resolvi mudar de qualificação militar (QM) original para a de saúde, que naquele ano oferecia essa possibilidade, por excesso de vagas nesta última QM.
Ao ser transferido para o 19º Batalhão de Caçadores, em Salvador, BA, percebi, insatisfeito, que os militares de saúde dessa unidade concorriam à escala de serviço de guarda. No primeiro dia em que fui escalado para comandar a guarda, o capitão comandante de minha companhia entrava pelo portão do quartel, e eu não perdi tempo, com a guarda em forma, dei-lhe ordem de apresentar arma para o capitão.
A partir desse dia, todos os militares da área de saúde do quartel passaram a concorrer à escala exclusiva do serviço de saúde. O motivo foi simplesmente que meu comando não deveria ter sido de “apresentar armas” e sim de “ombro armas”, pois só se apresenta armas, nos quartéis, para coronéis ou superiores hierárquicos destes.
Percebi que nesta encarnação não nasci para “ser militar”, mas para “estar militar”, em virtude de meu código genético não ser compatível com o despertar de madrugada, sem que passasse o dia inteiro sonolento. Nos últimos doze anos de caserna, meu ritmo biológico ainda ficara mais comprometido, durante o dia. Acontece que, ao chegar do quartel, tomava banho, jantava e ia dar aula de português em alguns colégios de Brasília, o que fiz durante vinte e dois anos, até que problemas auditivos me impedissem de continuar esse trabalho.
Então, deixo aqui minha sugestão aos militares: verifiquem o ritmo biológico de seus soldados, antes de julgarem que estes são indisciplinados, pois há muitas pessoas que produzem melhor à noite, ou após uma soneca. Era o meu caso.
De qualquer forma, permitir a um ser humano sonolento que durma um pouco, caso precise, para melhor desempenhar suas tarefas profissionais, é sábia atitude das empresas modernas.






Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas





Memórias do Padre Germano

Amalia Domingo Soler

Parte 9

Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Memórias do Padre Germano, com base na 21ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Qual foi a consequência imediata do primeiro sermão do Padre Germano?
B. Decidido a não ficar na aldeia para onde o levaram, que fez Padre Germano?
C. Que fim teve a mãe do Padre Germano?
D. Que conselho Padre Germano nos dá sobre a vigilância?
E. Nossa conduta pode atrair Espíritos inferiores?

Texto para leitura

104. No cap. 21 de suas Memórias, Padre Germano reitera que a Igreja não é mãe, mas madrasta, e que o sacerdote desejoso de cumprir seu dever é um indivíduo profundamente desgraçado. Se as paredes dos conventos falassem, revelações horríveis, confissões patéticas seriam de todos conhecidas, afirma Germano. (P. 220)
105. O amor de Germano pela Igreja era grande. Isto ele sempre o disse, e foi por amá-la tanto que desejou vê-la despojada de suas ricas e subversivas vestes e de seus palácios de mármore. Essas e outras ideias tornadas públicas em sua primeira missa selaram, porém, o seu destino, visto que logo no dia seguinte o Geral dos Penitentes Negros o procurou e lhe disse: “Vai-te, foge, uma vez que tua palavra é inspirada pelo inimigo de Deus!”, acrescentando que, para não dizerem que a Igreja o abandonava, lhe caberia preencher a vaga de um curato de aldeia. (P. 222)
106. Sobre esse momento difícil de sua vida, anotou Padre Germano que, antes de seguir para seu destino, sofreu o desterro, a fome e a calúnia, e, ao chegar o momento de tomar posse de sua pequena igreja, sentiu frio. Situado num vale rodeado de altíssimas montanhas, constantemente coberto de espesso nevoeiro, naquele lugarejo a Natureza não falava à alma, nem havia formosas paisagens que elevassem o Espírito. (PP. 222 e 223)
107. A aldeia continha muitas mulheres formosas desejosas de confiar ao pároco seus segredos, um encargo insuportável, por apresentar-se superior às débeis forças do homem. “Se o demônio existisse – conta Padre Germano –, dir-lhe-ia ter sido ele o inventor da confissão. Falar com uma mulher, sem peia alguma; saber, um por um, dos seus pensamentos, dos seus mais íntimos desejos; dominar sua alma; regulamentar seu método de vida e depois... ficar isolado ou cometer um crime, abusando da confiança, da ignorância de uma mulher... ou ver passar gozos e alegrias, como visões fantásticas de um sonho, é impossível!” (P. 223)
108. Decidido a não mais residir naquele lugar, onde lutavam em plena efervescência as paixões, a ignorância e a mocidade, Padre Germano, acompanhado de Miguel e Sultão, caminhou dias e dias, parando em diversas aldeias, sem em parte alguma sentir-se bem, até que encontrou a aldeia onde passaria todos os anos restantes de sua existência. (P. 224)
109. A paisagem encantadora daquele sítio impressionou tanto o Padre Germano que, durante largo tempo, permaneceu imerso em extática meditação, enquanto, em resposta ao seu desejo de ficar, uma voz longínqua lhe dizia: “Ficarás!”... (P. 225)
110. Conduzido pelas crianças até a aldeia, os habitantes o receberam com afeto e um ancião lhe disse: “Chegais bem a tempo e com a maior oportunidade, porque o nosso cura está moribundo e sabe Deus quantos meses, ou mesmo anos, ficaríamos sem pastor...” Curiosamente, naquela mesma noite o velho cura deixava a Terra, abrindo a vaga para Germano. (PP. 226 e 227)
111. No cap. 22, Padre Germano narra seu reencontro com sua mãe, que o abandonara aos cinco anos de idade. Havia oito anos que ele chegara à aldeia e já formara ali uma grande família, além de transformar a velha igreja em ninho de amor e de esperança. (P. 230)
112. Uma tarde, quando o Padre Germano estava entregue aos estudos, Sultão entrou e apoiou sua cabeça nos joelhos do pároco; em seguida, fitou-o, ladrou lastimoso e cerrou os olhos. Dois meninos que acompanhavam o cão, ao verem-no piscar os olhos, alternativamente, puseram-se a rir e um deles disse: “Padre, não entendeis o que vos diz Sultão? É que encontramos uma pobre cega”. Era a mãe que Germano perdera na infância e nunca mais vira. (PP. 230 e 231)
113. Quando Germano se aproximou, sua mãe gritava furiosamente, dizendo que queria morrer, porque seus filhos a atormentavam. A infeliz via os dez filhos, irmãos de Padre Germano, que ela enjeitara, acrescentando que eles a ameaçavam e se convertiam em répteis que se lhe enroscavam no corpo. (PP. 232 a 235)
114. Sem lhe revelar a verdade sobre sua pessoa, Padre Germano a acolheu durante alguns meses em casa de uns aldeães, que a trataram com o maior carinho; mas, logo que ela se fez forte e saudável, passou a cometer abusos de toda espécie, inclusive pervertendo jovens e crianças, o que obrigou Germano a interná-la numa enfermaria de uma associação religiosa, para tratamento, providência que não se consumou, porquanto, em meio à viagem, ela se precipitou num desfiladeiro, buscando assim a morte em que tanto pensava. (PP. 235 a 238)
115. Um ano e meio depois, Germano conheceu a menina pálida dos cabelos negros, o grande amor da vida de um sacerdote que, em momento nenhum, se deixou levar pelo ardor da paixão, mas respeitou em todo o tempo os seus votos. (P. 239)
116. No cap. 23, intitulado “O Último Canto”, Padre Germano chama atenção especial para a necessidade de vigilância, a fim de não cairmos sob o jugo de uma influência espiritual negativa. “Permanecei sempre de sobreaviso; perguntai continuamente a vós mesmos – recomenda Germano – se o que pensais hoje está de acordo com o que ontem pensáveis; e se desse exame resultar sensível diferença, acautelai-vos, lembrando que não estais sós, que os invisíveis vos rodeiam, expostos que vos achais ao seu assédio. Fui fraco uma vez e asseguro-vos que esse fatal descuido me custou muitas horas de tormento.” (P. 242)
117. Quando alguém se alegra, sem saber por quê, é que almas benfazejas o cercam, atraídas por bons pensamentos; ao contrário, quando alguém se empenha em tudo ver negro, atrai, por sua intemperança, Espíritos inferiores. (P. 243)
118. Germano narra então como se recusou a orientar e aconselhar a uma mulher que a ele se dirigiu buscando o amparo da religião. O pároco não apenas se negou a confortá-la, como ainda a amaldiçoou, dirigindo-lhe palavras inconcebíveis na boca de um sacerdote equilibrado: “Fugi, daqui, maldita dos séculos! Fugi daqui, leprosa incurável! Fugi, fugi, que o Sol se empana para esquivar-se ao vosso contágio!” (PP. 245 e 246)
119. A infeliz mulher, rejeitada nestes termos pelo Padre Germano, assustada com o tratamento recebido, deu um grito horroroso e fugiu qual sombra. Germano sentiu então, no mesmo momento, agudíssima dor de coração, que o fez rolar por terra, ficando dois dias desacordado. E, como consequência do seu ato invigilante, o remorso tomou sua alma, apesar do consolo recebido dos paroquianos, de Rodolfo, de Maria e das crianças. (PP. 246 a 248)
120. Dois dias antes de morrer, o Padre disse aos fiéis de sua igreja: “Meus filhos, quero confessar-me convosco: ouvi-me”. E contou-lhes seu procedimento com a pecadora, pedindo em seguida que sua velha capa fosse queimada em praça pública, visto que, se muitos culpados cobrira com ela, com ela negara abrigo à infeliz que lhe rogara misericórdia. (P. 248)
121. Como a prostração do pároco continuava, Rodolfo teve a ideia de pedir às crianças da aldeia que cantassem um hino dedicado por Germano a um velho ancião, falecido fazia algum tempo. Ao ouvir o canto dos petizes, Germano sentiu um bem-estar indizível e sua mente acalmou-se, desaparecendo as sombras do terror. Ele viu então o quarto inundado de intensa luz, enquanto várias Entidades rodeavam seu leito, destacando-se dentre todas a menina pálida dos cabelos negros, que lhe disse com voz carinhosa: “Escuta, alma boa... Escuta o último canto que te consagram na Terra... Escuta as vozes dos pequenitos que dizem: Bendito sejas!” (PP. 248 e 249) (Continua na próxima edição.)

Respostas às questões preliminares

A. Qual foi a consequência imediata do primeiro sermão do Padre Germano?
As ideias tornadas públicas em sua primeira missa selaram seu destino, visto que logo no dia seguinte o Geral dos Penitentes Negros o procurou e lhe disse: “Vai-te, foge, uma vez que tua palavra é inspirada pelo inimigo de Deus!”, acrescentando que, para não dizerem que a Igreja o abandonava, lhe caberia preencher a vaga de um curato de aldeia. (Memórias do Padre Germano, pp. 222 e 223.)
B. Decidido a não ficar na aldeia para onde o levaram, que fez Padre Germano?
Primeiro é preciso explicar por que ele não quis ficar ali. É que, segundo Padre Germano, além do clima péssimo, a aldeia continha muitas mulheres formosas desejosas de confiar ao pároco seus segredos, um encargo insuportável, por apresentar-se superior às débeis forças do homem. “Se o demônio existisse – diz ele – dir-lhe-ia ter sido ele o inventor da confissão. Falar com uma mulher, sem peia alguma; saber, um por um, dos seus pensamentos, dos seus mais íntimos desejos; dominar sua alma; regulamentar seu método de vida e depois... ficar isolado ou cometer um crime, abusando da confiança, da ignorância de uma mulher... ou ver passar gozos e alegrias, como visões fantásticas de um sonho, é impossível!” Então, acompanhado de Miguel e Sultão, ele deixou o lugar e caminhou dias e dias, parando em diversas aldeias, sem em parte alguma sentir-se bem, até que encontrou a aldeia onde passaria todos os anos restantes de sua existência. A paisagem encantadora daquele sítio o impressionara tanto que, durante largo tempo, permaneceu imerso em extática meditação, enquanto, em resposta ao seu desejo de ficar, uma voz longínqua lhe dizia: “Ficarás!”. Conduzido pelas crianças até à aldeia, os habitantes o receberam com afeto e um ancião lhe disse: “Chegais bem a tempo e com a maior oportunidade, porque o nosso cura está moribundo e sabe Deus quantos meses, ou mesmo anos, ficaríamos sem pastor...” Curiosamente, naquela mesma noite o velho cura deixava a Terra, abrindo a vaga para Germano. (Obra citada, pp. 223 a 227.)
C. Que fim teve a mãe do Padre Germano?
Sem lhe revelar a verdade sobre sua pessoa, Padre Germano acolheu sua mãe durante alguns meses em casa de uns aldeães, que a trataram com o maior carinho; mas, logo que ela se fez forte e saudável, passou a cometer abusos de toda espécie, inclusive pervertendo jovens e crianças, o que obrigou Germano a interná-la numa enfermaria de uma associação religiosa, para tratamento. Essa providência, porém, não se consumou, porquanto, em meio à viagem, ela se precipitou num desfiladeiro, buscando assim a morte em que, nos últimos dias, tanto pensava. (Obra citada, pp. 232 a 238.)
D. Que conselho Padre Germano nos dá sobre a vigilância?
No cap. 23 do livro ele chama atenção especial para a necessidade de vigilância, a fim de não cairmos sob o jugo de uma influência espiritual negativa. “Permanecei sempre de sobreaviso; perguntai continuamente a vós mesmos – recomendou Germano – se o que pensais hoje está de acordo com o que ontem pensáveis; e se desse exame resultar sensível diferença, acautelai-vos, lembrando que não estais sós, que os invisíveis vos rodeiam, expostos que vos achais ao seu assédio.” (Obra citada, pág. 242.)
E. Nossa conduta pode atrair Espíritos inferiores?
Sim. Padre Germano diz que quando alguém se alegra, sem saber por quê, é que almas benfazejas o cercam, atraídas por bons pensamentos; ao contrário, quando alguém se empenha em tudo ver negro, atrai, por sua intemperança, Espíritos inferiores. Certa vez, ele se recusou a orientar e aconselhar uma mulher que a ele se dirigiu buscando o amparo da religião. Germano não apenas se negou a confortá-la, como ainda a amaldiçoou, dirigindo-lhe palavras inconcebíveis na boca de um sacerdote equilibrado. A infeliz mulher, rejeitada e assustada com o tratamento recebido, deu um grito horroroso e fugiu qual sombra. Germano sentiu, então, no mesmo momento, agudíssima dor de coração, que o fez rolar por terra, ficando dois dias desacordado. E, como consequência de seu ato invigilante, o remorso tomou sua alma, apesar do consolo recebido dos paroquianos, de Rodolfo, de Maria e das crianças. (Obra citada, pp. 243 a 248.)


Nota:
Links que remetem aos 3 textos anteriores:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Iniciação ao estudo da doutrina espírita





Obstáculos à reprodução humana

Este é o módulo 51 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Em quantos tipos se dividem os obstáculos opostos à reprodução humana?
2. O casal tem o direito, após estar encarnado, de limitar o número de filhos?
3. Que acontece à mãe que deveria receber três filhos e não o fez, devido ao uso de anticoncepcionais?
4. Como interpretar a atitude dos casais que sistematicamente se valem de anticoncepcionais?
5. A que devemos atribuir os obstáculos naturais à reprodução humana impostos a certas pessoas?

Texto para leitura

Os filhos não são realizações fortuitas
1. Existem basicamente dois tipos de obstáculos à reprodução humana: os que podem ser chamados naturais ou cármicos, decorrentes de faltas cometidas no passado, e os artificiais, fruto da ação do homem com o fim de impedir a reprodução humana. Estes últimos expressam-se em medidas ou métodos anticoncepcionais.
2. Allan Kardec formulou a seguinte pergunta aos Espíritos (O Livro dos Espíritos, item 693): “São contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?”. Responderam os imortais: “Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral”.
3. A posição de Joanna de Ângelis (Após a Tempestade, cap. 10, obra psicografada por Divaldo P. Franco) é bem clara quanto ao assunto. O homem – assevera Joanna – pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos e período propício para a maternidade, mas nunca se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado. Os filhos não são realizações fortuitas. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. É lícito aos casais adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que reencarnem por seu intermédio. Mas as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.

Planejamento familiar é questão de foro íntimo
4. Dr. Jorge Andréa entende (Encontro com a Cultura Espírita, págs. 77, 105 e 106) que o planejamento familiar é questão de foro íntimo do casal. As pílulas anticoncepcionais têm suas indicações, e muitos motivos, escusos ou não, estarão ligados ao seu uso. Se uma mãe deveria receber três filhos e não o fez, pelo uso das pílulas anticoncepcionais, ficará com a carga de responsabilidade transferida para uma outra época ou, fazendo a substituição, por trabalho construtivo equivalente em outro setor. No caso das ligaduras de trompas, a indicação poderá estar na faixa ajustada diante de precisas indicações médicas, como também nas faixas desajustadas e sem razão de ser. Todos esses atos desencadearão reações. Ninguém granjeará os degraus superiores da vida sem a autêntica vivência das menores faixas de evolução.
5. Será preferível um Espírito reencarnar num lar pobre com as habituais dificuldades de subsistência, ou ficar aturdido e acoplado à mãe que lhe fechou os canais, criando, nessa simbiose, neuroses e psicoses de variados matizes? Respondendo a essa questão, diz Dr. Jorge Andréa (Forças Sexuais da Alma, cap. V, págs. 124 a 126) que, na maioria das vezes, os Espíritos, quando vêm para a reencarnação, de há muito já estão em sintonia com o cadinho materno. Se os canais destinados à maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios, principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou espiritual, em que as energias emitidas por essas fontes não encontram correspondência em seu ciclo.
6. Seria melhor, portanto, não opor obstáculos à volta dos Espíritos a um corpo de carne, pois o espírita não ignora a seriedade da planificação reencarnatória. É razoável pensar, portanto, que antes de retornarmos às experiências físicas nos tenhamos comprometido a receber, como filhos, um número determinado de Espíritos. A prole estaria, assim, com sua quota previamente estabelecida quando ainda nos achávamos nos planos espirituais. 

Há obstáculos à reprodução que constituem situações de prova
7. No livro Entrevistas, pergunta 102, assevera Emmanuel: “Não acreditamos que a coletividade humana esteja, por enquanto, habilitada espiritualmente a controlar o renascimento na Terra sem prejudicar seriamente o desenvolvimento da lei de provas purificadoras”.  
8. Como interpretar, desse modo, a atitude dos casais que evitam filhos e, embora dignos e respeitáveis, sistematizam o uso de anticoncepcionais? O instrutor Silas, ao responder a semelhante pergunta, ponderou (Ação e Reação, pág. 210): “Se não descambam para a delinquência do aborto, na maioria das vezes são trabalhadores desprevenidos que preferem poupar o suor, na fome de reconforto imediatista. Infelizmente para eles, porém, apenas adiam realizações sublimes, às quais deverão fatalmente voltar, porque há tarefas e lutas em famílias que representam o preço inevitável de nossa regeneração. Desfrutam a existência, procurando inutilmente enganar a si mesmos; no entanto, o tempo espera-os, inexorável, dando-lhes a conhecer que a redenção nos pede esforço máximo. Recusando acolhimento a novos filhinhos, quase sempre programados para eles antes da reencarnação, emaranham-se nas futilidades e preconceitos das experiências de subnível, para acordarem, depois do túmulo, sentindo frio no coração”.
9.  Quanto aos obstáculos naturais ou cármicos à reprodução humana, explica Emmanuel em O Consolador (pergunta 40) que, no quadro de interpretações da Terra, podem indicar situações de prova para as almas que se encontram em experiências edificadoras; todavia, se considerarmos a questão no seu aspecto espiritual, somos obrigados a reconhecer que a esterilidade não existe para o Espírito que, na Terra ou fora dela, pode ser fecundo em obras de beleza, de aperfeiçoamento e de redenção.

Respostas às questões propostas

1. Em quantos tipos se dividem os obstáculos opostos à reprodução humana?
Existem basicamente dois tipos de obstáculos à reprodução humana: os que podem ser chamados naturais ou cármicos, decorrentes de faltas cometidas no passado, e os artificiais, fruto da ação do homem com o fim de impedir a reprodução humana. Estes últimos expressam-se em medidas ou métodos anticoncepcionais.
2. O casal tem o direito, após estar encarnado, de limitar o número de filhos?
Kardec perguntou aos Espíritos se são contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução. Responderam os imortais: “Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral” (L.E., 693). Em uma de suas obras, Joanna de Ângelis diz que o homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos e período propício para a maternidade, mas nunca se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado, visto que os filhos não são realizações fortuitas.
3. Que acontece à mãe que deveria receber três filhos e não o fez, devido ao uso de anticoncepcionais?
Tratando dessa questão, Dr. Jorge Andréa explica que na maioria das vezes os Espíritos, quando vêm para a reencarnação, de há muito já estão em sintonia com o cadinho materno. Se os canais destinados à maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios, principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou espiritual, em que as energias emitidas por essas fontes não encontram correspondência em seu ciclo. É isso que pode perfeitamente ocorrer em tais casos.
4. Como interpretar a atitude dos casais que sistematicamente se valem de anticoncepcionais?
No livro Ação e Reação, de André Luiz, o instrutor Silas deu a essa pergunta a seguinte resposta: “Se não descambam para a delinquência do aborto, na maioria das vezes são trabalhadores desprevenidos que preferem poupar o suor, na fome de reconforto imediatista. Infelizmente para eles, porém, apenas adiam realizações sublimes, às quais deverão fatalmente voltar, porque há tarefas e lutas em famílias que representam o preço inevitável de nossa regeneração. Desfrutam a existência, procurando inutilmente enganar a si mesmos; no entanto, o tempo espera-os, inexorável, dando-lhes a conhecer que a redenção nos pede esforço máximo. Recusando acolhimento a novos filhinhos, quase sempre programados para eles antes da reencarnação, emaranham-se nas futilidades e preconceitos das experiências de subnível, para acordarem, depois do túmulo, sentindo frio no coração”.
5. A que devemos atribuir os obstáculos naturais à reprodução humana impostos a certas pessoas?
Segundo informa Emmanuel em seu livro O Consolador, esses obstáculos podem indicar situações de prova para as almas que se encontram em experiências edificadoras.


Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.