sábado, 31 de outubro de 2020

 


Visita do Roberto em nosso culto do evangelho

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

De Brasília-DF

 

Quando eu era jovem, no Rio de Janeiro, certa noite, ouvi minha irmã mais velha propor algo interessante a nossa mãe viúva, que carregou, sob suas asas carinhosas, sete filhos desde que completou 40 anos de idade. Eis a proposta de Terezinha, nossa irmã mais velha:

— Mãe, conheci um senhor casado que é excelente médium. Pessoa muito honesta, trabalha com entidades da Umbanda e nada cobra por suas sessões mediúnicas. Quem sabe ele não nos ajude a melhorar de vida?

Naturalmente, Terezinha se referia à ajuda dos Espíritos que se manifestavam pelo médium. Ouvindo isso, mamãe, mineira católica dos quatro costados, que vez por outra pedia ajuda aos espíritos de pretos-velhos, não pensou duas vezes e disse à filha para convidar aquele rapaz para ir lá em casa...

No dia seguinte, o médium Roberto apareceu lá e deu sua primeira incorporação a diversas entidades: exus, pretos-velhos e caboclos. O caboclo que mais se manifestava chamava-se Serra Negra.

Certo dia, o marido de minha irmã tanto insistiu para um exu informar-lhe os números da loteria que este acabou atendendo. Recomendou-lhe para não fazer aposta muito alta e ditou-lhe várias dezenas da loteria. Na semana seguinte, tivemos a confirmação do resultado: nenhum dos números ditados pelo Espírito foi sorteado.

Uma coisa porém foi certa: após algumas semanas de manifestações desses Espíritos, conseguimos mudar de residência para uma casa melhor e nossa situação socioeconômica prosperou. Algum tempo depois, conheci uma mocidade espírita em Rocha Miranda, cujas reuniões de estudo das obras de Allan Kardec comecei a frequentar.

Roberto parece não ter gostado muito de minhas sugestões para que ele não se limitasse aos fenômenos e estudasse o Espiritismo. Aos poucos, ele foi tornando mais escassa sua visita lá em casa...

Após dois anos, concluí um curso militar e fui transferido para Salvador. Depois disso, só nas férias de fim de ano eu voltava ao Rio.  Passados muitos anos, eu já estava casado e morava em Brasília, quando soube que Roberto havia deixado de dar sessões mediúnicas, tornara-se evangélico e falecera...

Na última semana, estive pensando no Roberto com gratidão, pois afora o caso dos números falsos da loteria, as entidades espirituais que ele incorporava ajudaram muito nossa família. Particularmente, a mim, com suas orientações e mesmo revelações de acontecimentos futuros que vieram a se realizar. Há no mínimo trinta anos que esse médium desencarnou e, se alguma vez falei sobre ele com Lourdes, minha esposa, isso faz muito tempo.

Qual não foi minha surpresa, porém, quando ao final do nosso culto do evangelho no lar, nesse último domingo, após a prece inicial, Lourdes informou-me:

— Está presente conosco um Espírito que diz chamar-se Roberto. Ele disse que agora está ligado à mediunidade, mas trabalha, no plano espiritual, com plantas medicinais. Ele "está te mandando um abraço".

Não vai faltar quem diga que isso foi inventado por mim, que não passa de devaneios de mente sobre-excitada. Também dirão que minha mulher, na realidade, guarda por muito tempo essas informações para, quando eu menos espero, inventar essa e outras histórias. Entretanto, como ciência de observação que é o Espiritismo, aprendi com sábios da cultura de um Alexandre Aksakof, Léon Denis, Gabriel Delanne, Ernesto Bozzano e outros, do passado e do presente, além de Allan Kardec, a dizer a esses incrédulos: eu não acredito, eu sei.

 

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

 



O Espiritismo perante a Ciência

 

Gabriel Delanne

 

Parte 33

 

Continuamos o estudo do clássico O Espiritismo perante a Ciência, de Gabriel Delanne, conforme tradução da obra francesa Le Spiritisme devant la Science.

Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 


Questões preliminares

 

A. O estado do Espírito livre é diferente do estado do mesmo Espírito quando encarnado?

B. Existe relação entre o grau de adiantamento do Espírito e os elementos que constituem seu invólucro fluídico?

C. Que são médiuns escreventes?


Texto para leitura

 

766. O estudo das ciências é, em geral, muito longo, porque é preciso reunir grande número de observações antes de descobrir as relações que as ligam entre si ou antes de notar as leis que as regem; mas o estudo dos fatos espiríticos é complicado por outra razão. Estamos aqui, é preciso não esquecer, em campo inteiramente diverso do das ciências puramente materiais. Nestas, podem-se inverter as condições experimentais, porque, sendo inerte a matéria, os resultados não mudam, dadas as mesmas circunstâncias. É o que já não acontece no estudo do Espiritismo, onde é preciso ter sempre em conta as individualidades que intervêm na manifestação; esta influência é muito variável e, as mais das vezes, independente de nossa vontade.

767. Os Espíritos há trinta anos ensinaram-nos a unidade da matéria e o mundo científico estava então pouco inclinado a adotar essa ideia; hoje ela generalizou-se; isto nos é de bom augúrio para o perispírito que, esperamo-lo, será logo reconhecido como uma das partes essenciais do homem.

768. Vimos que o estado do Espírito livre é totalmente diferente do encarnado; ele experimenta, em sua vida nova, sensações que não tinha com o corpo; vê a natureza sob outro aspecto e seus sentidos mais aperfeiçoados, mais delicados, são capazes de se deixarem influenciar por vibrações mais sutis que aquelas que atuam comumente sobre nós. A sensibilidade é desenvolvida, no Espírito, pela natureza fluídica do seu invólucro, que possui uma constituição molecular muito rarefeita, mas, apesar disso, uma forma bem determinada. Como o Espírito pode, à vontade, tomar a forma que lhe convenha, deve-se admitir que a causa da agregação perispiritual reside no Espírito, que age, sem cessar, por meio da vontade.

769. As propriedades do perispírito são perfeitamente explicáveis, conforme já estudamos. O invólucro da alma é invisível, porque seu movimento vibratório molecular é muito rápido para que suas ondulações sejam perceptíveis ao olho, mas, se por qualquer meio, diminui-se esse movimento, o ser torna-se visível, não só para um médium como também para todos os assistentes.

770. No estado normal, pode o Espírito locomover-se em nossa atmosfera e à superfície do globo sem que nada lhe estorve a marcha; sua natureza lhe permite atravessar nossa matéria grosseira, como a luz atravessa os corpos diáfanos; numa palavra, ele pode ir a toda parte, sem encontrar obstáculo material.

771. Conforme o grau de adiantamento do Espírito, os fluidos que compõem seu invólucro serão mais ou menos puros, sua ação aumentada ou diminuída em razão de seu estado mais ou menos radiante. É evidente que os fluidos grosseiros, materiais, que se aproximam dos gases terrestres, são menos aptos às operações da vida espiritual que os dos Espíritos superiores, de alguma sorte quintessenciados.

772. A influência do moral sobre o físico é ainda mais acentuada no espaço que na Terra. Podemos aqui viciar nosso invólucro, por forma a que ele se torne impróprio às funções da vida; assim também, as más paixões, fixando no perispírito fluidos grosseiros, prejudicam o progresso da alma e, por consequência, seu bem-estar.

773. O que dizemos se aplica indistintamente a todos os Espíritos, de sorte que o mundo espiritual é, em todos os pontos, comparável ao nosso, mas a hierarquia se estabelece sobre uma única base, a do adiantamento moral.

774. Suponhamos, agora, que um Espírito queira comunicar-se e procuremos compreender os sucessivos fenômenos que se vão desenrolar. Há duas alternativas: ou o Espírito sabe comunicar-se ou não sabe. No primeiro caso, quando são boas as suas intenções, um Espírito mais instruído o dirige e lhe mostra como deve agir; se for para o mal, ele nada consegue, na maior parte das vezes, porque não encontra um Espírito um tanto elevado que o queira auxiliar na tarefa.

775. O Espírito que sabe comunicar-se é ainda obrigado a procurar um médium – um ser humano cuja constituição seja tal que lhe possa ceder parte do seu fluido vital. Tendo-o encontrado, eis como opera, então, o Espírito. Por sua vontade ele projeta um raio fluídico sobre o perispírito do médium, penetra-o com seu fluido, estabelecendo, assim, comunicação direta com o encarnado. É por esse cordão que o fluido vital do homem é atraído pelo Espírito. Essa dupla corrente fluídica pode ser comparada aos fenômenos de endosmose, isto é, à troca que se produz entre dois líquidos de densidades diferentes, através de uma membrana. Aqui, os líquidos são substituídos pelos fluidos e a membrana pelo corpo.

776. Estabelecida a comunicação, o Espírito pode agir sobre o médium, produzindo efeitos diversos, que se traduzem pela visão, audição, escrita, tiptologia etc. São essas diferentes manifestações que vamos estudar detalhadamente nos capítulos seguintes.

777. Em suma, vê-se que são necessárias algumas circunstâncias adequadas para obter-se uma comunicação, e daí não nos devermos admirar dos insucessos que acompanham quase sempre as primeiras tentativas. Eis as condições indispensáveis: 1º - É preciso que o Espírito evocado possa ou queira atender à evocação; 2º -  que a evocação seja sincera, com o fim de instruir e não de divertimento ou de proveito material; 3º -      que o Espírito evocado tenha também o desejo de fazer o bem; 4º - que saiba o que deve fazer para manifestar-se; 5º -      que encontre um médium apto a reproduzir-lhe o pensamento ou a fornecer-lhe os fluidos necessários, que variam conforme o gênero de manifestação; 6º - finalmente, que nenhuma ação exterior contrarie o Espírito em suas manifestações.

778. Muito importante sobretudo é esta parte, porque se trata de verdadeiro magnetismo espiritual, e sabe-se quanto, nas ações magnéticas, podem vontades estranhas perturbar o bom resultado do fenômeno. Não falamos do estado de saúde do médium, das influências exercidas pelos agentes físicos, luz, calor, eletricidade, porque lhes ignoramos a maneira de agir, mas não deixam eles de ter grande influência, o que seria útil determinar, de futuro.

779. Como se vê, é preciso um concurso de circunstâncias favoráveis para as relações com o mundo espiritual, e os reveses numerosos a que nos expomos, por inobservância dessas prescrições, mostram que o fenômeno está longe de depender do acaso e deve ser estudado com muito método, se lhe queremos descobrir as leis.

780. Não é, portanto, depois de um jantar e de libações que podemos encontrar as condições necessárias para a prática do Espiritismo, e não será de espantar que os Espíritos recusem manifestar-se, quando os querem exibir como animais curiosos, à guisa de sobremesa, aos convidados para a festa.

781. Vejamos algo sobre os médiuns escreventes, que são os que transmitem pela escrita os pensamentos dos invisíveis; sem dúvida, são os mais úteis instrumentos de comunicação com os Espíritos. Essa faculdade é a mais simples, a mais cômoda e a mais completa. Para ela devem tender os esforços dos neófitos, porque lhes permite corresponder-se com os Espíritos de maneira regular e continuada. Deve-se a ela afeiçoar-se mormente porque por esse meio os espíritas revelam a sua natureza e o grau de seu aperfeiçoamento ou de sua inferioridade.

782. Pela facilidade que se lhes oferece de exprimir-se, os Espíritos podem fazer-nos conhecer seus pensamentos íntimos, colocando-nos, assim, nas condições de julgá-los e apreciá-los em seu próprio valor. É indispensável estudar essa faculdade, pacientemente, porque é ela a mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício.

783. Os médiuns escreventes podem ser: mecânicos, semimecânicos ou intuitivos.

784. A mediunidade mecânica é caracterizada pela passividade absoluta do médium durante a comunicação. O Espírito que se manifesta age indiretamente sobre a mão, pelos nervos que lhe correspondem; dá-lhe um impulso completamente independente da vontade do médium, e a mão age sem interrupção, enquanto o Espírito tem o que dizer e não se detém senão quando ele terminou. Os movimentos da pessoa que recebe a mensagem são puramente automáticos; assim é que já vimos médiuns desse gênero sustentar conversa, enquanto a mão escrevia maquinalmente.

785. A inconsciência, nesse caso, constitui a mediunidade mecânica ou passiva, e não pode deixar dúvida quanto à independência do pensamento de quem escreve. Os movimentos são, algumas vezes, violentos e convulsivos, porém, as mais das vezes, calmos e comedidos. Os bruscos sobressaltos observados podem provir da imperfeição ou da inexperiência do Espírito que se manifesta.

786. Os Espíritos, por sua vontade, colhem, nos médiuns, o fluido vital que lhes é necessário para estabelecer a harmonia entre seu perispírito e o do médium. Há mistura e troca dos dois fluidos. Formam uma espécie de atmosfera fluídica, que envolve o cérebro do médium, e que termina no seu próprio perispírito por uma espécie de cordão fluídico. Há, pois, a partir desse momento, um intermediário entre eles e o encarnado; é por meio desse condutor que transmitem ao cérebro seu pensamento e sua vontade; de sorte que para ditar uma comunicação basta-lhes querer. A atmosfera fluídica de que falamos pode ser comparada à camada elétrica que se acumula lentamente em um condensador. O médium representa o papel de instrumento e o Espírito o de operador.

787. Poder-se-ia estranhar ver um cordão fluídico servir de veículo às vibrações perispirituais determinadas pelo pensamento, mas convém não esquecer que esse fenômeno é análogo ao que se produz no fotófono imaginado por Graham Bell. O célebre inventor americano construiu um aparelho no qual a luz serve de veículo ao som. No telefone o movimento da placa vibratória diante da qual se fala muda o magnetismo de um ímã. Essa modificação determina um movimento elétrico que, reagindo sobre o ímã do aparelho receptor, aciona por sua vez a placa cujas vibrações reproduzem um som idêntico ao que foi emitido na embocadura do aparelho transmissor. Mas no fotófono não há mais o fio de comunicação; ele é substituído por um raio luminoso, o qual, deformando-se na embocadura, transporta as vibrações da voz à lâmina vibrante do receptor, que reproduz um som idêntico ao emitido na outra estação.

788. Compreendemos, assim, como uma vibração, partida do Espírito, se propaga por meio de um cordão fluídico até o aparelho receptor, que é o perispírito do encamado. Aí chegadas, as vibrações atuam no cérebro do encamado, pela forma comum.

789. Vejamos, agora, o que se passa com o médium. Ele é, logo que o fenômeno começa, absolutamente inconsciente. Momentaneamente, seu cérebro fica quase todo à disposição do Espírito, que dele se serve sem que o encarnado tenha consciência das ideias que ali se agitam. É uma verdadeira ação reflexa, determinada por uma influência espiritual, e por intermédio do fluido nervoso. Assim se explica por que certos Espíritos dão comunicações com erros ortográficos ou de estilo, quando não os cometiam em vida. É que não encontram no cérebro do médium um instrumento com a perfeição capaz de lhes transmitir as ideias.

790. Sabemos, pelas experiências de Schiff, que as impressões sensoriais estão localizadas em certas partes da camada cerebral dos hemisférios, e que as células são tanto mais sensíveis quanto mais se desenvolvem, pelo estudo, as faculdades do espírito; de sorte que, quanto maior for a instrução do médium, mais impressionável será seu cérebro e, ao contrário, quanto mais desprezada for sua cultura intelectual, menos apto será ele para transmitir as inspirações dos guias.

791. Suponhamos que o Espírito manifestante queira exprimir esta frase: “Deus é a causa eficiente do Universo.” Ele fará vibrar as células nervosas dos hemisférios cerebrais do médium, mas se o encarnado não fixou em seu cérebro a palavra eficiente, ele a substituirá por outra equivalente e poderá dizer: “Deus é causa atuante do Universo”. Se essa operação reproduzir-se grande número de vezes, o Espírito poderá ditar uma bela comunicação, mas será ela mal transmitida pelo órgão. Se um grande músico só tiver à sua disposição um instrumento imperfeito, nunca chegará, apesar de todo seu talento, a fazer ouvir uma pura melodia.

792. Prevemos uma objeção: Têm-se visto, muitas vezes, médiuns receberem comunicações em línguas que lhes são desconhecidas, como o inglês, por exemplo, e escreverem, mesmo, páginas inteiras nesse idioma. Para responder, diremos que o médium deve ter, em encarnação anterior, habitado o país em que se emprega a língua de que o Espírito se serve; ele guardou em seu perispírito o traço dessa passagem. São as reminiscências inconscientes de que o Espírito, por instantes, faz uso. Isso está de acordo com o que observamos no capítulo do perispírito, relativamente aos progressos rápidos de que certas crianças dão exemplos; nós os atribuímos às faculdades adquiridas, guardadas no perispírito em estado latente. É preciso, também, levar em conta, nesse gênero de manifestação, a maleabilidade do médium, ou seja, a aptidão de transmitir certas ideias. Se o Espírito encontra um cérebro bem mobiliado, pode desenvolver seu pensamento. Temos exemplos de encarnados que recebem comunicações, apesar de sua ignorância na arte de escrever, mas estes são raros e os Espíritos preferem servir-se de bons instrumentos.

 

Respostas às questões preliminares

 

A. O estado do Espírito livre é diferente do estado do mesmo Espírito quando encarnado?

Sim. Quando desencarnado, ele experimenta sensações que não tinha durante a encarnação, vê a natureza sob outro aspecto e seus sentidos mais aperfeiçoados, mais delicados, são capazes de se deixarem influenciar por vibrações mais sutis que aquelas que atuam comumente sobre nós. (O Espiritismo perante a Ciência, Quinta Parte, Cap. I – Algumas observações preliminares.)

B. Existe relação entre o grau de adiantamento do Espírito e os elementos que constituem seu invólucro fluídico?

Certamente. Conforme o grau de adiantamento do Espírito, os fluidos que compõem seu invólucro serão mais ou menos puros e sua ação aumentada ou diminuída em razão de seu estado mais ou menos radiante. A influência do moral sobre o físico é ainda mais acentuada no espaço que na Terra. (Obra citada, Quinta Parte, Cap. I – Algumas observações preliminares.)

C. Que são médiuns escreventes?

Médiuns escreventes são os que transmitem pela escrita os pensamentos dos invisíveis. Essa faculdade é a mais simples, a mais cômoda e a mais completa. Para ela devem tender os esforços dos neófitos, porque lhes permite corresponder-se com os Espíritos de maneira regular e continuada. Os médiuns escreventes podem ser: mecânicos, semimecânicos ou intuitivos. (Obra citada, Quinta Parte, Cap. II – Os médiuns escreventes.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 32 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/o-espiritismo-perante-ciencia-gabriel_23.html

 

 

 

 

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

 



O Livro dos Médiuns

 

Allan Kardec

 

Parte 20

 

Continuamos o estudo metódico de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, segunda das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano. Este estudo é publicado sempre às quintas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado d’ O Livro dos Médiuns, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#ALLAN e, em seguida, no verbete "O Livro dos Médiuns”.

Eis as questões de hoje:


153. Kardec enumera 26 princípios que devem ser levados em conta para se reconhecer a qualidade dos Espíritos. Como podemos resumi-los?

Julgam-se os Espíritos pela sua linguagem e por suas ações. As ações dos Espíritos são os sentimentos que inspiram e os conselhos que dão. Admitindo-se que os bons Espíritos dizem e praticam somente o bem, tudo o que for mau não pode provir de um bom Espírito. Os Espíritos superiores têm uma linguagem sempre digna, nobre, elevada, sem mescla de nenhuma trivialidade; falam tudo com simplicidade e modéstia, não se gabam jamais, nunca ostentam seu saber nem sua posição entre os outros. A linguagem dos Espíritos inferiores ou vulgares tem sempre algum reflexo das paixões humanas; qualquer expressão que demonstre baixeza, presunção, arrogância, charlatanismo, acrimônia, é um indício característico de inferioridade ou de velhacaria se o Espírito se apresenta sob um nome respeitável e venerado. Os bons Espíritos dizem apenas o que sabem; exprimem-se simplesmente, sem prolixidade, jamais dão ordens; não se impõem, mas aconselham e, se não são ouvidos, retiram-se; não elogiam, aprovam-nos quando fazemos o bem, mas sempre com reservas; são muito escrupulosos nos atos que aconselham; em todos os casos visam apenas a um fim sério e eminentemente útil; procuram corrigir os erros e pregam a indulgência, e jamais semeiam a cizânia por insinuações pérfidas; da parte dos Espíritos superiores o gracejo é frequentemente fino e espirituoso, jamais vulgar; prescrevem apenas o bem e seus conselhos são perfeitamente racionais. (O Livro dos Médiuns, item 267.)

154. Que pensar dos Espíritos que se valem, às vezes, de nomes de santos ou personagens conhecidas?

Todos os nomes dos santos e das personagens conhecidas não bastariam para fornecer um protetor a cada homem da Terra. Entre os Espíritos há poucos que tenham um nome conhecido na Terra; eis por que muito frequentemente eles se abstêm de dar seu nome. Mas como a maior parte das criaturas encarnadas lhes pede o nome, para satisfazê-las tomam o nome de alguém que as pessoas conheçam ou respeitem. Quando é para o bem, Deus permite que assim se faça entre Espíritos da mesma categoria, porque entre eles há solidariedade e semelhança de pensamentos. (Obra citada, item 268, parágrafo 3.)

155. Pode-se reconhecer os Espíritos pelas impressões que nos causam à sua aproximação?

Sim. Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que experimentam à sua aproximação. O médium experimenta as sensações do estado em que se acha o Espírito que chega próximo dele. Quando o Espírito é feliz, seu estado é tranquilo, leve, calmo; quando é infeliz, é agitado, febril e esta agitação passa naturalmente para o sistema nervoso do médium. (Obra citada, item 268, parágrafo 28.)

156. Por que a reencarnação não era, ao tempo de Kardec, ensinada por todos os Espíritos comunicantes?

Duas são as razões: de um lado a ignorância dos Espíritos comunicantes, cujas ideias estavam ainda muito limitadas ao presente. Para eles, o presente deve durar sempre; nada enxergam além do círculo de suas percepções e não se inquietam em saber donde vêm e para onde irão. A reencarnação é para eles uma necessidade na qual não pensam senão quando ela chega; sabem que o Espírito progride, mas não sabem como. Isso é para eles um problema. Em segundo lugar, é preciso entender a prudência que em geral usam os Espíritos na disseminação da verdade: uma luz muito viva e súbita ofusca e não aclara. Podem, então, em certos casos, julgar útil não divulgá-la senão gradualmente, de acordo com os tempos, os lugares e as pessoas. Moisés não ensinou tudo o que ensinou o Cristo e o próprio Cristo não disse muitas coisas cuja compreensão estava reservada às gerações futuras. Num país onde o preconceito da cor reina soberano, onde a escravidão está enraizada nos costumes, teriam repelido o Espiritismo simplesmente porque proclama a reencarnação, visto que a ideia de que o senhor possa tornar-se escravo, e reciprocamente, lhes pareceria monstruosa. Não era melhor fazer aceitar primeiro o princípio geral, para daí tirar mais tarde as consequências? (Obra citada, item 301, parágrafos 8 e 9.)

157. Quais as causas das contradições que se apresentam nas comunicações espíritas?

As contradições que se apresentam nas comunicações espíritas podem ser devidas às causas seguintes: à ignorância de certos Espíritos; à velhacaria dos Espíritos inferiores que, por malícia ou malvadeza, dizem o contrário do que, em outra parte, disse o Espírito cujo nome usurpam; à vontade do mesmo Espírito, que fala segundo os tempos, os lugares e as pessoas, e pode julgar útil não dizer tudo a todo mundo; à insuficiência da linguagem humana para exprimir as coisas do mundo incorpóreo; à insuficiência dos meios de comunicações que nem sempre permitem ao Espírito transmitir todo o seu pensamento; enfim, à interpretação que cada um pode dar de uma palavra ou de uma explicação, segundo suas ideias, seus preconceitos ou o ponto de vista sob o qual vê as coisas. (Obra citada, item 302.)

158. Por que Deus permite que ocorram as mistificações?

Deus permite as mistificações para provar a perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que fazem do Espiritismo um objeto de divertimento. Se isto lhes abala a crença, é porque sua fé não é muito sólida. Quem renuncia ao Espiritismo por causa de um simples desapontamento prova que não o compreende e não o toma em sua parte séria. (Obra citada, item 303, parágrafo 2.)

159. Qual o meio de evitar as mistificações na prática mediúnica?

Este é um dos inconvenientes mais fáceis de evitar. O meio de obtê-lo é não exigir do Espiritismo senão o que ele pode e deve dar-lhe. Seu fim é a melhoria moral da Humanidade: se não nos afastarmos daí, não seremos jamais enganados, porque não há duas maneiras de compreender a verdadeira moral, aquela que pode ser admitida por todo homem de bom senso. Os Espíritos não vêm para guiar os homens no caminho das honras e da fortuna, ou para servirem a suas mesquinhas paixões. Eles vêm instruir a Humanidade e guiá-la no caminho do bem. Se não lhes pedissem nada de fútil ou fora de suas atribuições, não dariam oportunidade alguma aos Espíritos enganadores, donde se conclui que quem é mistificado tem apenas o que merece. (Obra citada, item 303, parágrafo 1)

160. Como podemos prevenir a ocorrência de fraude nas manifestações?

A melhor garantia contra a fraude está na moralidade notória dos médiuns e na ausência de todas as causas de interesse material ou de amor-próprio que lhes poderiam estimular o exercício das faculdades mediúnicas que possuem, porque essas mesmas causas podem levá-los a simular as faculdades que não possuem. (Obra citada, item 323.)

 

 

Observação: Para acessar a Parte 19 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/o-livro-dos-mediuns-allan-kardec-parte_22.html

 

  

 

 

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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

 


Entre a Terra e o Céu

 

André Luiz

 

Parte 3

 

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1954.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".

Eis as questões de hoje:


17. O trabalho é realmente essencial à evolução dos Espíritos?

Sim. Conforme palavras de Clarêncio, o nosso melhor patrimônio é o trabalho com que nos compete ajudar-nos, mutuamente. É pelo trabalho que nos despojamos, pouco a pouco, de nossas imperfeições. Nós, as criaturas de Deus, nos mais diversos degraus da escada evolutiva, aprimoramos faculdades e crescemos em conhecimento e sublimação através do serviço. (Entre a Terra e o Céu, cap. VIII, pp. 52 e 53.)

18. A recordação do passado seria um bem ou um mal para nós encarnados?

Lembrar o passado mais prejudicaria do que beneficiaria as pessoas. Essa a razão pela qual nossas recordações são fragmentárias. Os que pensam de forma contrária, como Antonina, que disse a Clarêncio como seria bom poder reconhecer no mundo os antigos afetos e rever os semblantes amigos de outras eras, meditem nestas palavras que Clarêncio disse a ela: "Retomar o contacto com os melhores seria recuperar igualmente os piores..." Sem o esquecimento transitório, não saberíamos receber no coração o adversário de ontem para regenerar-nos, regenerando-o. “A Lei é sábia", asseverou o Benfeitor Espiritual. (Obra citada, cap. VIII, pp. 54 e 55.)

19. É verdade que muitas mães reencarnadas na Terra costumam visitar no plano espiritual seus filhinhos desencarnados?

 Sim. André Luiz menciona nesta obra uma instituição em que tal fato ocorre com frequência. Ele se refere ao Lar da Bênção, onde viu muitas senhoras sustentando em seus braços lindas crianças, ou seja, Espíritos desencarnados em tenra idade que ainda conservavam no plano espiritual a forma infantil.  (Obra citada, cap. IX, págs. 56 e 57)

20. Qual a proposta do trabalho desenvolvido pelo Lar da Bênção?

O Lar da Bênção é, segundo informou Clarêncio, uma importante colônia educativa, misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera carnal. O reencontro de mães e filhos era naquela instituição – e certamente continua sendo – um momento especial e comovente. Foi o que se deu com Antonina, que viu e abraçou um formoso menino, gritando: “Marcos! Marcos!...”, enquanto a criança, colando-se-lhe ao peito, dizia, fortemente emocionada: “Mãezinha! Mãezinha!”. (Obra citada, cap. IX, págs. 56 e 57)

21. As consequências do suicídio podem refletir-se em mais de uma existência corpórea?

Sim. Esse era o caso do menino Júlio, que se suicidara no século 19. Embora havendo reencarnado uma vez depois do suicídio, ele ainda sofria no corpo perispiritual os efeitos daquele ato. A fenda glótica, principalmente na região das cartilagens aritenoides, apresentava extensa chaga. Referindo-se à garganta ferida, Clarêncio explicou: "É pena. Júlio envolveu-se em compromissos graves. Desentendendo-se com alguns laços afetivos do caminho, no século passado, confiou-se a extrema revolta, aniquilando o veículo físico, que lhe fora emprestado por valiosa bênção". Para morrer, sorvera grande quantidade de corrosivo; salvo a tempo, sobreviveu à intoxicação, mas perdera a voz, em razão das úlceras que se lhe abriram na fenda glótica. Inconformado com o auxílio recebido dos amigos que o salvaram, ele buscou novamente a morte, arrojando-se num rio. Após sofrer muito na vida espiritual, reencarnou junto das almas com as quais se mantinha associado para a regeneração do passado. Infelizmente, porém – acrescentou o Ministro –, Júlio encontrava dificuldades naturais para recuperar-se e teria de lutar muito antes de incorporar-se a novo patrimônio físico. (Obra citada, cap. IX, pp. 58 a 60.)

22. Que acontece com os que não se acautelam contra os desvarios da inteligência?

Os que assim procedem e fazem da astúcia e da vaidade o clima em que respiram, insistindo na inércia do coração, abominando o sentimento elevado que interpretam por pieguismo e transformando a cabeça num laboratório de perversão dos valores da vida, caem sob o guante da morte com grande alívio dos contemporâneos e passam a receber-lhes as vibrações de repulsa. Tais criaturas são geralmente vítimas de si mesmas e sofrem os mais complicados desequilíbrios mentais. Depois de períodos mais ou menos longos de purgação, após a transição da morte, voltam à carne, necessitados de silêncio e solidão para se desvencilharem dos envoltórios inferiores em que se enredaram. (Obra citada, cap. X, pp. 61 e 62.)

23. Uma criança pode desencarnar antes do dia indicado para a sua libertação?

Segundo Clarêncio, sim. Diz ele que, em regra geral, multidões de criaturas cedo se afastam do veículo carnal, atendendo a serviços de socorro e sublimação, mas, em numerosas circunstâncias, a negligência e a irreflexão dos pais são responsáveis pelo fracasso dos filhos. Muitas solicitações de assistência, a benefício de pequeninos ameaçados de frustração, chegam com frequência aos protetores espirituais. Há mães que, por nutrirem pensamentos infelizes, envenenam o leite materno, comprometendo a estabilidade orgânica dos recém-natos; existem casais que, através de rixas incessantes, projetam raios magnéticos de natureza mortal sobre os filhinhos tenros, arruinando-lhes a saúde, e não é pequeno o número de mulheres invigilantes que confiam o lar a pessoas ainda animalizadas que, à cata de satisfações doentias, não se envergonham de ministrar hipnóticos a entezinhos frágeis, que reclamam desvelado carinho. (Obra citada, cap. X, pp. 62 a 64.)

24. A criança desencarnada retoma de imediato sua personalidade de adulto?

Em muitas ocasiões, é o que acontece. Segundo Blandina, quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando mental de si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura. Diz ela que muitos renascem na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo após a desencarnação, a apresentação que lhes é costumeira. Para a grande maioria das crianças desencarnadas o caminho não é, contudo, o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do autogoverno e são conduzidas pela Natureza, à maneira das criancinhas no colo materno. Não sabendo desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas, exigem tempo para se renovarem no justo desenvolvimento. É por isso que não podemos prescindir dos períodos de recuperação para quem se afasta do corpo denso, na fase infantil, uma vez que, depois do conflito biológico da reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros degraus da conquista de poder mental, o tempo deve funcionar como elemento indispensável de restauração. E a variação desse tempo dependerá da aplicação pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior, através do próprio aprimoramento moral. (Obra citada, cap. X, pp. 64 e 65.)

 

 

Observação:

Para acessar a 2ª Parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-2.html

 

  

 

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terça-feira, 27 de outubro de 2020

 



Além do “nosso” universo

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

O sol; a lua; as estrelas; a atmosfera; a construção perfeita por meio dos átomos; o horizonte, indefinido, por ser tão horizonte; a noite; o dia. Será que se pode pensar que tudo isso e tanto mais foi criado apenas para acompanhar o ser humano encarnado? Será que se pode cogitar essa ideia em algum momento?

Pequeninos e frágeis que somos, se ainda há a suposição acerca desse conteúdo, sinceramente, ainda mais nos apequenamos. Somos partículas de vida que transcende, porém somos também pequeninos seres comparados a outros. A vida existe no Cosmo e não somente em um planeta abençoado, mas bem simples como a Terra, frente a avançados, respeitáveis e tão mais antigos outros locais planetários.

Quando olhamos para o espaço sideral, suspiramos, orgulhosos, por nos imaginarmos únicos e nosso Planeta parece diminuir-se, envergonhado, pois ele já é consciente de sua existência perante o Universo, e sabe também que é mais um entre os bilhões existentes. Se tomarmos como exemplo o sentimento de nosso Planeta, poderemos iniciar uma nova caminhada rumo ao desenvolvimento.

Milhares de estudos e pesquisas já provaram que o ser humano é um entre os inimagináveis números de habitantes no universo físico e transcendental. Somos humanos em matéria na Terra e na erraticidade, espíritos eternos um “tiquinho” mais conscientes da magnanimidade de Deus, criador da vida, em sua paleta completa de seres; criador de cada partícula invisível, mas tudo com um propósito.

Penso que um passo bastante importante ao ser humano está em direção à humildade, pois se houver olhos humildes a olharem os bilhões de estrelas, mente para aceitar as grandes verdades e coração para amar, os seres humanos do planeta Terra terão mais luz e as constelações humanas iluminarão ainda mais este Globo.

A humildade e o empenho no bem, em todo lugar no Universo, são luzes que orientam ao progresso e felicidade. Se nos conscientizarmos de nosso espaço e também de nossa importância mais exata sem nenhum exagero tornamo-nos mais condizentes com os bons filhos que devemos ser e irmãos mais amorosos e sensatos, mas se ainda questionarmos se existe vida fora da Terra seremos minúsculas, infelizes e egoístas criaturas que em nada ajudarão ao desenvolvimento do Planeta.

Pertencemos, sim, ao Cosmo, porém não somos os únicos filhos.

 

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