sábado, 14 de julho de 2018





O bem é a maioria

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

O brasileiro é D+. Acreditem que eu esqueci uma sacola com cápsulas do Nespresso no saguão de alimentação do shopping Iguatemi - fui ao cinema e na saída dei pela falta. Hoje, uma pessoa do bem deixou na portaria do meu prédio (a nota fiscal estava dentro e tinha meu endereço) D+! estou feliz com gesto de nossa honestidade e solidariedade. Postado no facebook por Lenira, em 02 de julho de 2018.

A se acreditar na mídia, viveríamos num mundo perverso, no qual predomina a maldade. Vimos na TV, dias atrás, uma jovenzinha de doze anos patinando despreocupada e feliz, sem saber que morte horrível a esperava mais adiante. Triste, muito triste...
Preso, um servente de pedreiro, testemunha do crime, indiciado pela polícia como cúmplice do casal assassino, disse ao delegado que a menina implorou para não a matarem. Tudo isso, porém, foi inútil. O comparsa da mulher, a qual obrigou a garota a entrar no carro do casal, estrangulou a frágil vítima até matá-la.
Quadros horríveis como esse, infelizmente, ainda existem em grande quantidade na Terra. A mãe da vítima concluiu que sua filha “estava no lugar e hora errados”, mas apenas o Espiritismo explica um crime bárbaro como esse, aparentemente distante da Providência Divina.
Há dois versos de música do cantor Reginaldo Rossi, falecido há poucos anos, que dizem o seguinte: “A vida não vale nada/quanto mais não tendo você”. É verdade, já se disse que “ninguém é uma ilha”. Portanto, todos precisamos da convivência e apoio uns dos outros. Mas de tanto a mídia divulgar crimes hediondos, ocorridos até mesmo no seio da família, muitas pessoas preferem morar sozinhas.
Em geral, esses crimes são praticados pelo homem, que, em vez de respeitar a mulher e as crianças sob seu teto, intimida, agride e assassina covarde e cruelmente aqueles a quem deveria proteger. Por vezes, a mulher é cúmplice do assassino, seja por temer sua represália, seja por se identificar no mal com aquele.
Se fizermos, porém, um cálculo estatístico sobre o número de pessoas que praticam o mal em relação às voltadas ao bem, estas ganham de goleada daquelas. Num desses dias de copa do mundo de futebol, ouvimos relato sobre o jogador da Dinamarca que assumiu o risco de seu time perder o jogo, mas não obter vantagem desleal sobre o time adversário.
Durante a partida, o jogador do outro time estava sozinho dentro da própria área, quando ouviu um apito dado por um torcedor. Imaginando ter sido o juiz o autor do apito, o atleta pegou a bola com as mãos e foi penalizado. Entretanto, o jogador do time adversário, encarregado da cobrança do pênalti, propositadamente, chutou a bola para a linha de fundo.
Seu time perdeu a partida de futebol, porém sua atitude tornou-se conhecida mundialmente. O bom exemplo comove a quem o vê e faz bem a quem o pratica. Não à toa, a Dinamarca é conhecida como o país menos corrupto do mundo. Isso passa pela educação com ética.
Enquanto isso, no Brasil, a cada vitória brasileira em jogo da copa, alguns políticos corruptos são libertados da cadeia pela 2ª Turma do STF, mesmo tratando-se de condenados a muitos anos de prisão.
Na Dinamarca corrupto é avis rara; no Brasil, a fraude está espalhada por todo lado, mas nosso povo começa a despertar. Nesse sentido, o papel da mídia social, desde que evitemos os fakes, é da mais alta importância.
O mal é ruidoso, espalhafatoso. O bem é silencioso, discreto e humilde, mas é o que predomina. Quer um exemplo? Somos mais de sete bilhões de pessoas na Terra, preocupados em trabalhar, constituir família, educar e ser educado. Dessa população, menos de um por cento opta pelo mal.
Para concluir, narrarei um fato acontecido comigo na semana passada. Após ter consultado médico, este prescreveu-me vacina com vitamina B3, no valor de R$ 130,00. Entretanto, ao perguntar à sua secretária pela forma de pagamento, esta informou-me de que só era aceito ressarcimento em dinheiro.
Como eu não dispunha do valor cobrado, indaguei-lhe, novamente, se havia alguma agência do Banco do Brasil nas proximidades. Em resposta, soube que somente existia agência desse banco a um quilômetro dali.
Ouvindo isso, outro paciente que aguardava atendimento propôs-se pagar minha vacina, desde que eu transferisse o valor do medicamento pago para sua conta do mesmo banco. Foi o que fiz, feliz e agradecido.
Lido no facebook: “Voluntários fazem mantas e cobertores para aquecer pessoas carentes”.
Casos como esse, em nosso país, são muito mais comuns do que os de políticos e empresários desonestos ou de psicopatas que arrebatam a vida a inocente criança. Apenas parecem tão comuns que não são divulgados.






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