domingo, 30 de dezembro de 2018




Adeus, ano velho; feliz ano novo!

Constitui uma praxe no final de cada ano desejar aos amigos e familiares que tenham no ano que se aproxima um longo período de paz e de prosperidade.
A propósito do assunto, até uma simpática canção foi concebida e é cantada por muita gente, pelo menos aqui no Brasil:

“Adeus, ano velho, feliz ano novo.
Que tudo se realize no ano que vai nascer...
Muito dinheiro no bolso,
Saúde pra dar e vender!”

Não fugindo a essa regra, também formulamos aqui para nossos leitores e amigos votos de que 2019 seja realmente, para todos, bem melhor do que foi o ano recém-findo e, sobretudo, repleto de paz e prosperidade.
Cabe-nos, porém, aditar uma explicação com respeito ao vocábulo prosperidade, que não é utilizado aqui no seu sentido usual, mas no sentido verdadeiro pelo qual esse vocábulo deve ser entendido, em face do que aprendemos nos ensinamentos espíritas. Prosperidade é algo que advém da consecução do programa que trazemos para a presente existência.
Como muitos certamente ignoram, nem sempre realizamos no plano terrestre o que foi programado antes de nosso mergulho na carne. É por isso que, conforme observou J. Herculano Pires, muitas existências na Terra compõem o que ele chamou de círculo vicioso da reencarnação.
Diz-nos o saudoso escritor que o desenvolvimento do ser humano não é contínuo, mas descontínuo. Em cada experiência reencarnatória o indivíduo desenvolve certas potencialidades, mas a lei de inércia pode retê-lo em uma posição determinada pelos limites da própria cultura em que se desenvolveu.
Com a morte do corpo físico, ele volta ao mundo espiritual, suas percepções se ampliam e, aos poucos, compreende que sua perfectibilidade não tem limites. Ao voltar a uma nova existência, pode reencetar com mais eficiência o desenvolvimento de sua perfectibilidade. Mas, se não receber nessa fase reencarnatória os estímulos adequados, poderá novamente sentir-se preso à condição da existência anterior e estacionar numa repetição de estágio. É a isso, a essa repetição, que Herculano deu o nome de círculo vicioso da reencarnação.
A teoria foi exposta em seu livro Pedagogia Espírita, mas tem sido comprovada por vários autores, como André Luiz menciona no livro Sexo e Destino, obra psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira, publicada no ano de 1963.
Conforme relatado por André, em 82 anos de existência do instituto “Almas Irmãs”, um educandário existente no Plano Espiritual, de cada 100 alunos necessitados de reeducação sexual que procuram aplicar na existência corpórea os ensinamentos colhidos no Instituto, 34 fracassam, retornando à vida espiritual onerados com novas dívidas, 26 melhoram ligeiramente, embora imperfeitamente, 22 registram alguma melhora e 18, somente dezoito, vencem nos compromissos da reencarnação.
Os desafios da existência corpórea não são, como é fácil observar, algo que se vence facilmente. Para obter vitória nessa luta, é preciso dedicação, oração, vigilância e uma busca permanente da meta a ser alcançada, que é a perfeição, um objetivo possível e, segundo os benfeitores espirituais, perfeitamente factível, como nos é ensinado com toda a clareza na questão 787 d’O Livro dos Espíritos.
A prosperidade que auguramos aos nossos amigos não é, portanto, o ganho pecuniário, a simples melhora das condições de vida, mas a vitória real do indivíduo nessa busca incessante, que deve ser a razão principal de nossa vida.




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