A poesia lida
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
As mãos pequeninas folheavam as páginas de um livro
de poesia encontrado, entre outros, numa caixa de reciclagem. Quanto tesouro
junto! Os bons livros são beneficiadores de conhecimento, são recursos para o
progresso, para a liberdade do espírito.
E, assim, estava o pequeno Davi, agachado,
observando cada poesia daquela obra que escolhia a partir do título.
As estrofes traziam versos singelos sobre a vida –
tudo fica muito simples comparado à grandeza da vida − e nem eram construídas
com inversão ou metrificadas, mas apresentavam o andamento para a felicidade do
bem viver.
E os olhinhos de Davi buscavam as palavras,
apoiados pelo movimento do dedo indicador que acompanhava abaixo cada
palavrinha lida, assimilada ou não. Quando terminava a leitura de mais uma
poesia, aquele menino de doze anos, ajudante do pai na cooperativa de
reciclagem, expandia-se para o universo. De repente, mais um livro lido e mais
uma conquista para a liberdade.
Em sua casa havia uma grande biblioteca formada por
livros encontrados naquele material. E para Davi, os livros eram encanto e
necessidade.
Ele gostava dos vários gêneros, porém a poesia
tanto o agradava. Cecília Meireles, Pablo Neruda, Fernando Pessoa, Carlos
Drummond já eram seus autores preferidos. E, dessa forma, o menino começava a
ampliar o horizonte, começava a desenvolver uma visão mais sensível e a
desbravar o caminho que o conduziria à melhor compreensão de tudo.
Os livros encontrados traziam o grande tesouro, o
conhecimento. E Davi aprendia e se emancipava com os recursos não só usufruídos
por outros olhos, outras mãos anteriores. Na vida, o que para um não é mais
valioso para outro é ouro puro e absoluto.
E neste tempo, o menino terminara de ler mais um
livro e ainda um a mais para sua biblioteca; essas páginas se tornariam asas
também para seus amigos e vizinhos.
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