O Tesouro dos
Espíritas
Miguel Vives y Vives
Parte 1
Iniciamos hoje o estudo do clássico O Tesouro dos Espíritas, de Miguel Vives y Vives, que será aqui
estudado em 16 partes, com base na tradução de J. Herculano Pires, conforme a 6ª
edição publicada pela Edicel.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto abaixo.
Questões preliminares
A. Qual é o tesouro a que se refere o título deste livro?
B. A quais influências estamos sujeitos?
C. Onde e como Miguel Vives teve seu primeiro contato com o
Espiritismo?
Texto para
leitura
1. José Herculano Pires (valendo-se
do pseudônimo Irmão Saulo) diz, no seu prefácio, que há uma riqueza que
nada pode afetar nem destruir: a riqueza do céu, que podemos e devemos
construir em nossa alma. Essa riqueza está em nossas mãos. ((O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida Espírita, p. 13.)
2. Miguel Vives y Vives (1842-1906), notável médium
espanhol de Tarrasa (Barcelona), deu a este livro, publicado inicialmente por
Carbonell y Esteva, em Barcelona, um título singelo: “Guia prático do
espírita”. (PP. 13 e 14)
3. O título O Tesouro
dos Espíritas, baseado no cap. X do próprio livro, foi-lhe dado por Irmão
Saulo (pseudônimo de J. Herculano Pires), que adverte: “Claro que o tesouro não
é o livro. Vives refere-se à Doutrina Espírita”. “Vives nos mostra, com o
exemplo da sua vida, como fazermos do Espiritismo o nosso tesouro inalienável.”
(P. 16)
4. Mencionando O
Evangelho segundo o Espiritismo – esse código do mais puro espírito cristão
– Miguel Vives ensina-nos como aplicar os princípios evangélicos a uma conduta
espírita. “A moral espírita – diz Irmão Saulo – esplende nestas páginas, em
toda a sua pureza cristã.” “Quem ler este livrinho, e aplicar à vida os seus
princípios, fará em si mesmo aquela reforma que, para Kardec, é a única e
verdadeira característica do verdadeiro espírita.” (P. 17)
5. Miguel Vives compara a saúde física à saúde moral, para
mostrar que somos criaturas sujeitas a influências de duas espécies: as que
provêm do meio físico e as que provêm do meio espiritual. Mostra ele como as
influências psíquicas nos envolvem, penetram em nossa mente, invadem o nosso
psiquismo, dominam o nosso Espírito. E ensina como enfrentá-las e vencê-las.
(PP. 18 e 19)
6. Irmão Saulo diz que Joaquim Rovira Fradera, Miguel
Vives, José Hernandez e Amalia Domingo Soler são alguns dos vultos que nos
lembram a Espanha espírita, onde, após o auto de fé de Barcelona, o Espiritismo
floresceu, sobretudo na Catalunha. A noite chegou, porém, de novo, sem estrelas
e sem lumes terrenos, e este livro é uma centelha que escapou das trevas, a nos
dar testemunho da Espanha espírita. (P. 20)
7. Os anos se passaram e, contudo, nada conseguiu matar o
ardor espírita dos espanhóis. Ao passar por Madri e Barcelona, nos anos 1960,
ainda sob a vigência da ditadura Franco, Chico Xavier viu com os próprios olhos
bibliotecas doutrinárias e a venda secreta de livros espíritas. (PP. 21 e 22)
8. A verdade é que os sicários – todos eles – acabam
passando, esfumando-se na memória das gerações, mas os mártires permanecem, renascem,
fazem-se ouvir, como ocorre com Miguel Vives, que nos ensina a viver o
Espiritismo. (P. 22)
9. No prefácio do livro, Miguel Vives diz não ser escritor,
mas médium. “Se alguma coisa saída da minha pena merecer a aprovação de meus
irmãos, virá dos Bons Espíritos que me assistem”, asseverou o médium de
Tarrasa. (P. 23)
10. Antes de conhecer o Espiritismo, Vives diz ter sido uma
criatura ignorada e completamente incapaz. Perdera a saúde; os amigos se haviam
afastado; não tinha então forças para trabalhar e tal foi o seu estado, que
ficou cinco anos sem sair de casa. (P. 24)
11. O contato com o Espiritismo ocorreu quando ele residia
em Tarrasa (ele residira antes em Sabadell). Corria o ano de 1871. Depois de
seis meses em Tarrasa, um dia Vives voltou a Sabadell, onde seu irmão lhe falou
de Espiritismo e enviou-lhe as obras de Allan Kardec. Miguel Vives as leu e
compreendeu a grandeza da doutrina, que resolveu de pronto abraçar. (PP. 25 e
26)
12. Vives começou a estudar e a propagar o Espiritismo e,
com alguns irmãos, fundou o Centro Espírita de Tarrasa: Fraternidade Humana.
(P. 26)
13. Começaram nessa ocasião as curas dos enfermos, que
muitas vezes eram por ele curados antes mesmo de tomarem os remédios. Como a
propaganda espírita produzia efeitos, conquistava cada dia novas adesões, e
começavam, então, a manifestar-se ódios implacáveis, sua cabeça tornara-se um
vulcão de ideias em ebulição. “Antes de me tornar espírita – conta Vives – era
incapaz de pronunciar uma pequena oração para uma dúzia de pessoas. Como
espírita, adquiri uma coragem e uma serenidade tais, que nada me impressionava
nem me impressiona ainda.” (PP. 26 e 27)
Respostas às
questões preliminares
A. Qual é o
tesouro a que se refere o título deste livro?
A palavra tesouro não consta do título original deste
livro, que Miguel Vives y Vives denominou simplesmente “Guia prático do
espírita”. O título O Tesouro dos
Espíritas, baseado no cap. X do próprio livro, foi-lhe dado por Irmão Saulo
(pseudônimo de J. Herculano Pires), que adverte: “Claro que o tesouro não é o
livro. Vives refere-se à Doutrina Espírita”. “Vives nos mostra, com o exemplo
da sua vida, como fazermos do Espiritismo o nosso tesouro inalienável.” (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida Espírita, pp. 13 a 16.)
B. A quais
influências estamos sujeitos?
Miguel Vives diz que somos criaturas sujeitas a influências
de duas espécies: as que provêm do meio físico e as que provêm do meio
espiritual. Neste livro ele mostra como as influências psíquicas nos envolvem,
penetram em nossa mente, invadem o nosso psiquismo, dominam o nosso Espírito. E
ensina como enfrentá-las e vencê-las. (Obra citada, pp. 18 e 19.)
C. Onde e como
Miguel Vives teve seu primeiro contato com o Espiritismo?
O primeiro contato com o Espiritismo ocorreu quando ele
residia em Tarrasa. Corria o ano de 1871. Depois de seis meses em Tarrasa, um
dia Vives voltou a Sabadell, onde seu irmão lhe falou de Espiritismo e
enviou-lhe as obras de Allan Kardec. Miguel Vives as leu e compreendeu a
grandeza da doutrina, que resolveu de pronto abraçar. (Obra citada, pp. 24 a
26.)
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