terça-feira, 25 de junho de 2024

 



Sentimentos eternos e sentimentos terrenos

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

Sentimo-nos realmente felizes com o que toca o coração, com o que aconchega e abraça a alma. Na existência, há sempre duas formas de as situações acontecerem: a primeira é quando o nosso espírito sente; a segunda, quando é o corpo. O espírito sempre sentirá as ações transcendentes e duradouras; o corpo, as ações com efemeridade, também com seu grau de importância no campo terreno.

Algo notável é que tudo o que acalenta a alma é de uma simplicidade enorme aos olhos daqui, mas de uma profundidade inegociável para a nossa essência. Quando estamos próximos de quem amamos, quando somos abraçados verdadeiramente, quando recebemos amparo num momento mais delicado, quando percebemos nos outros olhos o cuidado conosco, quando basta uma palavra para sermos acolhidos com tanto amor, quando nos sentimos sós e mesmo no silêncio somos confortados, quando pensamos ser o fim e mãos bondosas nos mostram o início do caminho. Também quando podemos ser o amparo de outra criatura. Quando nas vezes que sentimos alívio e aliviamos.

Talvez seja uma das circunstâncias mais importantes quando em meio a ocorrências desestabilizadas, um abismo parece surgir e nossa fé deve se fortalecer , o amparo surge. Decerto, é uma alegria muito além do que conhecemos por nome terreno. São emoções que o espírito adquire por suas experiências.

Uma situação real sempre tocará a alma, portanto será inesquecível. Precisamos viver mais acontecimentos inolvidáveis para naturalmente nos aprimorarmos no andamento da vida. E, principalmente, necessitamos valorizar a simplicidade, pois é ela a responsável pela grandeza dos nossos dias. Algo, também, revelado pela experiência é que no cotidiano que viveremos os tão decisivos aprendizados, porque são fatos acontecendo sem ensaio. E como é maravilhoso vivenciar cumprimentos carinhosos, abraços e sorrisos verdadeiros, palavras vivas que significam “estou sempre aqui”.

Quanto mais vivemos mais distinguimos o que é para o espírito e o que é para o corpo físico. Ainda se for apenas um pão doado e recebido com todo amor será um banquete. Os valores para a alma são superiores, não possuem critérios limitados, em todo tempo e lugar serão reconhecidos e validados.

Que venham os novos dias e possamos, assim, viver mais como os eternos espíritos que somos. 

 

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

 




Escola da bênção

 

Meimei

 

Sofres cansaço da vida, dissabores domésticos, deserção de amigos, falta de alguém… Por isso, acordaste sem paciência, tentando esquecer.

Procuraste espetáculos públicos que te não distraíram e usaste comprimidos repousantes que não te anestesiaram o coração.

Entretanto, para teu reconforto, pelo menos uma vez por semana, sai de ti mesmo e busca, na caridade, a escola da bênção.

Em cada compartimento aprenderás diversas lições ao contato daqueles que leem na cartilha das dores que desconheces.

Surpreenderás o filme real da angústia no martírio silencioso dos que jazem num catre de espinhos, sem se queixarem, e a emocionante novela das mães sozinhas que ofertam, gemendo, aos filhos nascituros, a concha do próprio seio como prato de lágrimas.

Fitarás homens tristes, suando penosamente por singela fatia de pão, como atletas perfeitos do sofrimento, e os que disputam valorosamente com os animais um lugar de repouso ao pé de ruínas em abandono.

Observarás, ainda mais, os paralíticos que sonham com a alegria de se arrastarem, os que se vestem de chagas esfogueantes, suplicando um momento de alívio, os que choram mutilações trazidas do berço e os que vacilam, desorientados, na noite total da loucura…

Ver-te-ás, então, consolado, estendendo consolo, e, ajustado a ti mesmo, volverás ao conforto da própria casa, murmurando, feliz:

 — Obrigado, meu Deus!

 

 Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, do livro O Espírito da Verdade.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

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