domingo, 16 de junho de 2024

 




Os animais, assim como os humanos, também evoluem

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Assim como ocorre com homens e mulheres, todo ser vivo, de qualquer reino da Natureza, é dotado de um princípio espiritual.

O tema é tratado pelo Espiritismo, que nos ensina que os animais também experimentam uma evolução do seu princípio espiritual e podem, em determinado momento, atingir uma condição evolutiva próxima dos humanos mais primitivos.

Nos animais vertebrados, ou seja, providos de espinha dorsal ou coluna vertebral, o princípio espiritual é individualizado e podemos chamá-lo de "alma". O chimpanzé é, portanto, dotado de "alma" – claro que é alma de animal, distante em termos evolutivos da alma humana. A diferença está em que a alma dos animais não é capaz de gerar pensamento contínuo e a alma humana, sim, é capaz disso.

Em seu livro Evolução em dois Mundos, 2ª Parte, cap. XVIII, pp. 211 e 212, André Luiz refere-se ao assunto e diz que o cão, o macaco, o gato, o elefante, o muar e o cavalo seriam os animais superiores mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensamento contínuo. Ele ressalva, no entanto, que existem ideias-fragmentos de determinado sentido mais avançadas em certos animais que em outros, o que torna difícil afirmar qual, dentre eles, é o detentor de mais dilatadas ideias-fragmentos.

As almas dos animais evoluem por meio de encarnações inúmeras e experiências múltiplas e vão sendo utilizadas, gradativamente, nas espécies animais mais evoluídas. Quando chega o momento em que determinada alma atingiu o ápice possível no reino animal, ela estará pronta para seu ingresso no chamado reino hominal, cuja característica, além da possibilidade de gerar pensamento contínuo, é ser dotada de livre-arbítrio, um atributo exclusivo do ser humano.

Podemos apresentar um exemplo bem singelo disso: o joão-de-barro constrói sua casinha da mesma forma que o fazia 100 anos atrás e tudo indica que continuará a fazê-la assim. A alma que anima determinado joão-de-barro poderá, contudo, no decurso desse tempo, passar a animar outras espécies mais evoluídas do reino animal e, assim, sucessivamente, até atingir um dia – milhões ou bilhões de anos depois – a condição de alma humana, fato que não se dá em planetas como o nosso, mas, sim, nos chamados mundos primitivos, que são destinados às primeiras encarnações da alma humana. A escala dos mundos é tratada por Kardec no cap. III do livro O Evangelho segundo o Espiritismo.

Tudo o que aqui foi dito refere-se, obviamente, à evolução do princípio espiritual, que, não sendo diferenciado no início, torna-se individualizado nos animais vertebrados e, em determinado momento, depois de um longo período, poderá chegar à condição de alma ou Espírito humano.

Quanto à evolução da forma material, Darwin mostrou que existe igualmente uma evolução. Espécies extintas deram lugar a outras espécies, como é demonstrado nas obras científicas, em decorrência de um processo evolutivo muito lento que corre paralelamente à evolução do princípio espiritual. É por isso que se diz – embora Darwin jamais o tenha dito – que o homem descende do macaco.

 

 

 

 

 

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