Os recursos espíritas podem ser de
grande valia para quem quiser livrar-se do álcool
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
Um amigo do Rio
de Janeiro-RJ nos indaga por que nos centros espíritas não existem grupos como
os Alcoólicos Anônimos e os Narcóticos Anônimos, tendo em vista que são muitas
as pessoas necessitadas de tratamento contra o álcool e as chamadas drogas
ilícitas.
No tocante à
necessidade de que as casas espíritas se dediquem mais aos problemas citados, o
leitor tem inteira razão. Mas, a bem da verdade, é preciso que se diga que,
embora sejam raros, existem, sim, no meio espírita instituições que atuam em
ambos os casos.
Com efeito, os recursos espíritas seriam de grande valia para as
pessoas que desejam livrar-se do álcool ou da dependência química; no
entanto, não podemos ignorar que, no caso dos dependentes químicos em geral, é
também necessário e fundamental o concurso dos profissionais da área de saúde –
médicos, enfermeiros, psicólogos e terapeutas ocupacionais – e, além disso, em
grande parte dos casos, a existência de um ambiente adequado onde as atividades
e as diversas etapas do tratamento possam ser desenvolvidas, condições que os
centros espíritas normalmente não apresentam.
Com relação
aos dependentes do álcool, muitos centros espíritas promovem, em suas próprias
dependências, atividades parecidas com as realizadas pelos Alcoólicos Anônimos,
cuja metodologia é, como se sabe, tida por vários especialistas como a melhor
que existe em todo o mundo, no que diz respeito ao tratamento do alcoolismo.
Em
determinada cidade de Minas Gerais surgiu, tempos atrás, um problema na
execução desse tipo de atividade, motivado pelo fato de que existem alcoólatras
que são também fumantes e alguns deles, durante as sessões do grupo, costumavam
fumar, um procedimento que não é possível admitir dentro do centro espírita.
Lembramos
esse fato para enfatizar que, caso algum centro espírita decida realizar algo
parecido, é importante que certos cuidados sejam tomados, alertando os
interessados para a necessidade de se respeitar o ambiente do centro. A
abstenção do cigarro, no decurso da atividade, faz parte disso.
Na edição 38,
de 13 de janeiro de 2008, da revista O Consolador, publicamos o texto intitulado Alcoolismo e
obsessão, no qual apresentamos, além
de inúmeras considerações sobre o tema, uma sugestão de como o tratamento do
alcoolismo pode ser realizado dentro ou fora das dependências de um centro
espírita. Eis o link que remete o interessado ao artigo: http://www.oconsolador.com.br/38/especial.html
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