domingo, 10 de agosto de 2025

 





Como explicar o sumiço do apóstolo Pedro quando preso em uma cela fechada e vigiada?

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Um dos fatos mais interessantes ocorridos depois do episódio da crucificação de Jesus, envolvendo seus apóstolos, foi o sumiço de Pedro quando se encontrava preso. Afinal, o que teria acontecido? Teria sido desmaterializado o corpo do apóstolo?

O fato é narrado em Atos dos Apóstolos, cap. 5, versículos 14 a 23, e não se refere apenas a Pedro, pois a narrativa bíblica menciona a prisão de apóstolos e não de um único apóstolo.

Segundo o texto, cuja autoria é atribuída a Lucas, o sumo sacerdote e os que estavam com ele, pertencentes à seita dos saduceus, encheram-se de inveja dos seguidores do Cristo, por causa das curas que eles estavam fazendo. Em face disso, “lançaram mão dos apóstolos, e os puseram na prisão pública”. De noite, porém, “um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora, disse: Ide e apresentai-vos no templo, e dizei ao povo todas as palavras desta vida”.  No dia seguinte, quando os servidores enviados pelo sumo sacerdote foram à prisão, não os acharam lá, comunicando o fato aos seus superiores nos seguintes termos: “Achamos realmente o cárcere fechado, com toda a segurança, e os guardas, que estavam fora, diante das portas; mas, quando abrimos, ninguém achamos dentro”.

Comentando o assunto, Emmanuel, no prefácio do livro Mecanismos da Mediunidade, de André Luiz, disse que a partir dos curiosos fenômenos ocorridos no dia de Pentecostes os eventos mediúnicos tornaram-se habituais entre os apóstolos do Senhor. E acrescentou que foram Espíritos materializados que os libertaram da prisão injusta. Não houve, pois, nem poderia haver desmaterialização do corpo de Pedro ou de qualquer outro companheiro.

O tema desmaterialização é tratado em minúcias em duas importantes obras espíritas: Fenômenos de Transporte, de Ernesto Bozzano, e Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada por Chico Xavier.

Conforme lemos na obra de Bozzano, no fenômeno de transporte, quando o objeto é retirado de um compartimento fechado ou é nele introduzido, se o objeto é pequeno, a operação  é obtida a partir da desmaterialização do próprio objeto e sua posterior materialização. Para o transporte de objetos grandes, a desmaterialização é feita em parte das portas ou das paredes. Embora Bozzano não o tenha dito, pensamos que esta segunda modalidade é adotada também nos casos de transporte de seres vivos, porque não é possível admitir que um coelho ou um homem possa ser desmaterializado sem morrer.

André Luiz examinou a questão em seu livro Nos Domínios da Mediunidade, cap. 28, pp. 268 a 271, em que mostra como um Espírito conseguiu introduzir algumas flores numa sala fechada. O assistente Aulus explicou que as flores transpuseram o tapume de alvenaria da sala, penetrando o recinto, graças ao concurso de técnicos competentes para desmaterializar os elementos físicos e reconstituí-los de imediato.

No caso da libertação de Pedro e seus companheiros pode ter ocorrido a hipótese acima mencionada, possibilitando assim a saída deles da cela em que estavam presos, o que aos olhos do vulgo pode ser considerado um verdadeiro milagre e, no entanto, não passa de um fato comprovado e documentado por pesquisadores diversos, como mostra Ernesto Bozzano em sua obra.

 

Nota do Autor:

Para ler o texto publicado no domingo anterior, clique em: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/08/e-dificil-ser-espirita-astolfo-o.html

 

 

 

 


To read in English, click here:  ENGLISH
Para leer en Español,  clic aquí:  ESPAÑOL
Pour lire en Français, cliquez ici:  FRANÇAIS
Saiba como o Blog funciona clicando em COMO CONSULTAR O BLOG

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário