A existência dos
meninos-prodígios é uma prova evidente da reencarnação
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
Os léxicos indicam
o substantivo menino-prodígio para designar a criança excepcionalmente precoce
e dotada, tema focalizado recentemente em um programa da Rede Globo de Televisão,
em que diversas crianças superdotadas se apresentaram e surpreenderam a todos com
suas incríveis habilidades.
O fato suscitou, como era de esperar, a seguinte
pergunta: Como o Espiritismo, que tem na reencarnação um de seus princípios
fundamentais, explica a existência dos meninos-prodígios?
Para os que pensam e ensinam que os anjos foram feitos
assim – inteligentes, virtuosos, inacessíveis às doenças que atingem o homem –
não é difícil pensar como o matemático francês Henri Poincaré, que acreditava
no talento congênito. “Matemáticos nascem; eles não são feitos”, disse Poincaré,
ou seja, tal como os anjos, os meninos-prodígios teriam sido gerados assim.
Sabemos, no entanto, no que diz respeito a nós humanos, que
nada na vida se conquista de graça. Aprender uma disciplina e tornar-se nela um
especialista respeitado exigem dedicação, estudo e, sobretudo, muito tempo.
Então, como explicar os talentos precoces, as crianças
superdotadas e suas habilidades especiais? Teriam essas pessoas sido criadas
assim, recebendo de Deus um privilégio que não é concedido à maioria de suas
criaturas?
Como a existência de meninos-prodígios não constitui uma novidade
dos nossos tempos, Allan Kardec tratou do assunto em meados do século 19,
quando formulou aos Espíritos Superiores a seguinte pergunta:
– Qual a origem das faculdades extraordinárias dos
indivíduos que, sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos
conhecimentos, o das línguas, do cálculo, etc.?
Os Espíritos responderam: “Lembrança do passado;
progresso anterior da alma, mas de que ela não tem consciência. Donde queres
que venham tais conhecimentos? O corpo muda, o Espírito, porém, não muda, embora
troque de roupagem.” (O Livro dos Espíritos, questão 219.)
A Doutrina Espírita é, pois, categórica quanto a esse
assunto. Não existem privilégios na obra da Criação. Os meninos e os jovens
prodígios nada mais são que Espíritos reencarnados que conseguem acessar com
facilidade, por um mecanismo que não é facultado à maioria das crianças e dos
adolescentes, as conquistas intelectuais que fizeram em vidas passadas com
esforço, dedicação e muito estudo.
Assim, os meninos-prodígios, longe de representarem
indícios de um privilégio inadmissível por parte do Criador, são uma das provas
mais evidentes da reencarnação, doutrina que, muitos séculos antes do advento
do Espiritismo, foi ensinada por Pitágoras, Sócrates, Platão, Jesus e
revigorada, nos tempos modernos, pelo Espiritismo.
Nota do Autor:
Para ler o texto publicado no domingo anterior, clique em:
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