Apanágio do ser humano,
o livre-arbítrio é inalienável
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
O livre-arbítrio de uma pessoa pode
interferir no livre-arbítrio de outra?
Esta pergunta nos foi proposta certa vez em uma reunião
de estudos. Para resolvê-la, é preciso primeiramente lembrar que o livre-arbítrio
é apanágio da criatura humana.
Trata-se da faculdade que tem o indivíduo de determinar
sua própria conduta, ou seja, a
liberdade que tem de, entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de
agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.
Excetuado o caso
de alienação mental, nada nos coage nos momentos de decisões próprias, daí ser
correto afirmar que somos responsáveis pelos nossos atos e construtores do
nosso destino.
Respondendo assim
à pergunta citada, podemos dizer, com base nos ensinamentos espíritas, que uma
pessoa pode prejudicar, magoar, ferir e até matar outra pessoa, mas não pode
interferir no seu livre-arbítrio, visto que esse atributo é conquista
inalienável do ser humano.
A criatura humana
exercita o livre-arbítrio a todo momento, seja quando cede a uma tentação, seja
quando a ela resiste.
Há, no entanto, um
instante em nossa vida que o exercício do livre-arbítrio se verifica da forma
mais completa. Esse momento é o que precede a reencarnação, quando se elabora a
programação reencarnatória daquele que prepara sua volta ao plano corpóreo.
Escolhendo tal
família, certo meio social, a pessoa sabe de antemão quais são as provações que
a aguardam e compreende, igualmente, a necessidade dessas provações para
desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir-se de seus
preconceitos e vícios. Essas provações podem, evidentemente, ser consequência
de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ela as aceita com resignação e
confiança.
Aprendemos com a
doutrina espírita que é estreita a correlação entre livre-arbítrio e
responsabilidade. Se agirmos mal, deveremos arcar com as consequências. Se
agimos bem, os louros da vitória nos pertencem.
Quem provoca de
forma irresponsável um acidente que leva alguém à morte ou à invalidez, deverá
responder por isso perante a Lei divina, mesmo quando o momento da morte
naquelas circunstâncias fizer parte da programação da pessoa vitimada.
É a responsabilidade
do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem ela, não seria ele mais que um
autômato, um joguete das forças ambientes.
Nota do Autor:
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