domingo, 12 de outubro de 2025

 



  Apanágio do ser humano, o livre-arbítrio é inalienável

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

O livre-arbítrio de uma pessoa pode interferir no livre-arbítrio de outra?

Esta pergunta nos foi proposta certa vez em uma reunião de estudos. Para resolvê-la, é preciso primeiramente lembrar que o livre-arbítrio é apanágio da criatura humana.

Trata-se da faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a liberdade que tem de, entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.

Excetuado o caso de alienação mental, nada nos coage nos momentos de decisões próprias, daí ser correto afirmar que somos responsáveis pelos nossos atos e construtores do nosso destino.

Respondendo assim à pergunta citada, podemos dizer, com base nos ensinamentos espíritas, que uma pessoa pode prejudicar, magoar, ferir e até matar outra pessoa, mas não pode interferir no seu livre-arbítrio, visto que esse atributo é conquista inalienável do ser humano.

A criatura humana exercita o livre-arbítrio a todo momento, seja quando cede a uma tentação, seja quando a ela resiste.

Há, no entanto, um instante em nossa vida que o exercício do livre-arbítrio se verifica da forma mais completa. Esse momento é o que precede a reencarnação, quando se elabora a programação reencarnatória daquele que prepara sua volta ao plano corpóreo.

Escolhendo tal família, certo meio social, a pessoa sabe de antemão quais são as provações que a aguardam e compreende, igualmente, a necessidade dessas provações para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios. Essas provações podem, evidentemente, ser consequência de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ela as aceita com resignação e confiança.

Aprendemos com a doutrina espírita que é estreita a correlação entre livre-arbítrio e responsabilidade. Se agirmos mal, deveremos arcar com as consequências. Se agimos bem, os louros da vitória nos pertencem.

Quem provoca de forma irresponsável um acidente que leva alguém à morte ou à invalidez, deverá responder por isso perante a Lei divina, mesmo quando o momento da morte naquelas circunstâncias fizer parte da programação da pessoa vitimada.

É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem ela, não seria ele mais que um autômato, um joguete das forças ambientes. 

 

Nota do Autor:

Para ler o texto publicado no domingo anterior, clique em: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/10/a-terra-ainda-e-e-o-sera-por-longo.html

 

 

 

 

 

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