Maria Dolores (Espírito)
Até
mesmo quando em casa,
Que
a tua dor extravasa
Nas
cinzas da depressão.
Que
não suportas a vida,
Nem
te desgarras do tédio,
O
fantasma, em cujo assédio
Afirmas
que tudo é vão.
Perto
da rua em que moras
Há
uma viúva esquecida,
Guarda
o avô quase sem vida
E
três filhinhos no lar;
Doente,
serve em hotel,
Trabalha
na rouparia.
Busca
o pão de cada dia,
Sem
tempo para chorar.
Não
longe triste mulher,
Num
cubículo apertado,
Chora
o esposo assassinado
Que
era guarda de armazém…
Tem
dois filhinhos de colo.
Por
enquanto, ainda não sabe
O
que deve fazer da existência.
Espera
pela assistência
Dos
que trabalham no bem.
Um
paralítico cego,
Numa
esteira de barbante,
Implora
mais adiante
Quem
lhe dê água a beber…
Ninguém
atende… Ele grita,
Na
penúria que o consome,
Tem
sede e febre, tem fome,
Sobretudo quer
morrer.
Depressão?
Alma querida,
Se
tens apenas tristeza,
Se
te sentes indefesa,
Contra
mágoa e dissabor,
Sai
de ti mesma e auxilia
Aos
que mais sofrem na estrada.
A
depressão é curada
Pelo
trabalho do amor.
Do livro Dádivas de amor, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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