Um leitor pede-nos que expliquemos, à luz da doutrina espírita, qual é a importância da família e como as famílias terrestres são formadas.
A família é, como as pessoas sabem, abençoada escola de educação moral e espiritual. Nesse sentido, sua importância é fundamental no processo evolutivo, porque é no seio dela que se lapidam caracteres, caldeiam-se sentimentos, estruturam-se aspirações, refinam-se ideias e antigas mazelas podem transformar-se em possibilidades preciosas para a elaboração de tarefas edificantes.
A família é, portanto, o mais prodigioso educandário do progresso humano.
Os que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são as mais das vezes Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Pode, no entanto, ocorrer que sejam completamente estranhos uns aos outros alguns dos Espíritos que aí se encarnam, os quais costumam nutrir sentimentos de inimizade ou antipatia que têm origem no passado e se traduzem, na existência atual, por mútuo antagonismo.
Evidentemente, desse fato podemos deduzir que existem duas espécies de família e, em consequência disso, duas categorias de laços familiares: as famílias que procedem da consanguinidade e as que procedem das ligações espirituais.
Os laços familiares que resultam da simpatia e da comunhão de pensamentos são duradouros e ligam os Espíritos não apenas durante a encarnação, mas igualmente depois de finda a existência terrena. Eles formam então o que chamamos de famílias espirituais.
Quanto aos laços familiares baseados apenas na consanguinidade, é fácil entender que são frágeis como a matéria e podem extinguir-se logo que finda a existência corpórea e, em alguns casos, antes mesmo que a morte os separe.
Rolando Boldrin, esse artista que todos admiramos, alude ao tema acima em uma interpretação bem-humorada de um dos poemas do Espírito do poeta Cornélio Pires:
É doloroso ver a situação que certas pessoas passam no seio de sua família, só mesmo os desacertos vividos noutras vidas, para explicar o porque de tanto sofrimento numa atual existência; não precisamos ir longe, e/ou ouvir causos, para reconhecer esse tipo de realidade, basta querer enxergarmos o que está no dia a dia das pessoas do nosso derredor. A ajuda em casos assim, é difícil, quando não se falam a mesma língua (religiosa)!
ResponderExcluirOi Astolfo! Gostei muito do blog, e sempre que posso dou uma passadinha por aqui. Os temas abordados são ótimos!
ResponderExcluirForte abraço,
Sr. Astolfo Olegário, li o seu artigo "O Planejamento Familiar à luz da Doutrina Espírita", e fiquei com a seguinte dúvida, que gostaria que esclarecesse: como a pílula anticoncepcional pode marcar o perispírito? Onde está a fonte bibliográfica relacionada a isso?
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