Arthur Bernardes de Oliveira
De Guarani-MG
Almiro,
aviador desencarnado em acidente de aeronave que ele pilotava, substituindo o
colega Dutra, em mensagem dirigida à esposa Alda em 1º de junho de 1962,
através da psicografia de Chico Xavier, tenta consolá-la no seu desespero e,
sentindo-a propensa ao trabalho na área da mediunidade, dá-lhe um conselho que
serve para todos: “Você recolherá muitas alegrias novas no cultivo da
mediunidade, mas comece, não pelos fenômenos, e sim pelo serviço ao próximo”.
E lhe fez,
logo a seguir, um pedido: “Não me procure na legenda do cemitério. Quando você
quiser comprar enfeites para o pequeno recanto de terra em que supõe lembrar-me
com ternura, compre alimento para as criancinhas que choram”.
Indagado pelo
Dr. Elias Barbosa sobre o empenho dos Espíritos superiores em nos conduzir,
tanto quanto possível, para as obras de assistência social, Chico Xavier
respondeu:
– “Emmanuel,
Dr. Bezerra de Menezes, Batuíra, André Luiz e outros instrutores da
espiritualidade nos dizem sempre que o Espiritismo, sem trabalho de auxílio aos
semelhantes, deixa de ser o cristianismo redivivo que é, e deve ser, para ficar
isolado em teorias e afirmações estanques.” E acrescenta: “Concomitantemente
com a assistência social, os benfeitores da vida maior nos recomendam estudar
sempre, porque, sem estudo, não
saberemos raciocinar e sem raciocinar, com segurança, não saberemos discernir.
Emmanuel reafirma sempre que devemos estudar e servir em qualquer idade ou
situação”.
Drausio
Rosin, desencarnado jovem, em doloroso acidente de carro, dirigindo-se aos pais
em mensagem que Chico Xavier psicografou, em 17/10/1960, faz apelo que se
repete em quase todas as cartas que os jovens desencarnados remetem a seus
familiares:
– “Papai, há
milhares de crianças e rapazes na penúria, necessitando de pais e mães tão
carinhosos e tão bons quanto o senhor e mamãe. Aqui estamos aprendendo que a
maior felicidade consiste em fazer a felicidade dos outros”.
As casas
espíritas, os centros espíritas, o cidadão espírita têm que se envolver na
importante tarefa de ajuda ao próximo.
Espiritismo é
compromisso com a solidariedade; é a presença constante na vida do companheiro
que sofre.
Como bem nos
lembra um Espírito familiar, em mensagem recebida, em Paris, em 1850, e
acolhida por Kardec no capítulo X de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “Deus
permite que haja órfãos para exortar-nos a servir-lhes de pais”.
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