quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O centro espírita e a assistência social


Arthur Bernardes de Oliveira
De Guarani-MG

Almiro, aviador desencarnado em acidente de aeronave que ele pilotava, substituindo o colega Dutra, em mensagem dirigida à esposa Alda em 1º de junho de 1962, através da psicografia de Chico Xavier, tenta consolá-la no seu desespero e, sentindo-a propensa ao trabalho na área da mediunidade, dá-lhe um conselho que serve para todos: “Você recolherá muitas alegrias novas no cultivo da mediunidade, mas comece, não pelos fenômenos, e sim pelo serviço ao próximo”.
E lhe fez, logo a seguir, um pedido: “Não me procure na legenda do cemitério. Quando você quiser comprar enfeites para o pequeno recanto de terra em que supõe lembrar-me com ternura, compre alimento para as criancinhas que choram”.
Indagado pelo Dr. Elias Barbosa sobre o empenho dos Espíritos superiores em nos conduzir, tanto quanto possível, para as obras de assistência social, Chico Xavier respondeu:
– “Emmanuel, Dr. Bezerra de Menezes, Batuíra, André Luiz e outros instrutores da espiritualidade nos dizem sempre que o Espiritismo, sem trabalho de auxílio aos semelhantes, deixa de ser o cristianismo redivivo que é, e deve ser, para ficar isolado em teorias e afirmações estanques.” E acrescenta: “Concomitantemente com a assistência social, os benfeitores da vida maior nos recomendam estudar sempre, porque, sem estudo,  não saberemos raciocinar e sem raciocinar, com segurança, não saberemos discernir. Emmanuel reafirma sempre que devemos estudar e servir em qualquer idade ou situação”.
Drausio Rosin, desencarnado jovem, em doloroso acidente de carro, dirigindo-se aos pais em mensagem que Chico Xavier psicografou, em 17/10/1960, faz apelo que se repete em quase todas as cartas que os jovens desencarnados remetem a seus familiares:
– “Papai, há milhares de crianças e rapazes na penúria, necessitando de pais e mães tão carinhosos e tão bons quanto o senhor e mamãe. Aqui estamos aprendendo que a maior felicidade consiste em fazer a felicidade dos outros”.
As casas espíritas, os centros espíritas, o cidadão espírita têm que se envolver na importante tarefa de ajuda ao próximo.
Espiritismo é compromisso com a solidariedade; é a presença constante na vida do companheiro que sofre.
Como bem nos lembra um Espírito familiar, em mensagem recebida, em Paris, em 1850, e acolhida por Kardec no capítulo X de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “Deus permite que haja órfãos para exortar-nos a servir-lhes de pais”.   


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