Horas atrás levamos a efeito mais uma de nossas reuniões de estudo da
obra Nos Domínios da Mediunidade, de autoria de André Luiz (Espírito),
psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Nesta noite, foram seis as questões examinadas:
1. É possível identificar com nitidez as correntes mentais que
assimilamos?
2. Como podemos definir a tentação?
3. Pode um processo de vampirização perdurar por vários anos?
4. Numa sessão em que se atendem Espíritos sofredores, que papel incumbe
ao médium que lhes serve de intermediário?
5. Durante a comunicação, a alma do médium fica próxima do seu corpo
físico?
Depois de rápido debate em torno das questões acima, foram apresentadas e
comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e o estudo do texto-base pertinente à matéria da noite.
A seguir, as respostas dadas às questões mencionadas:
1. É
possível identificar com nitidez as correntes mentais que assimilamos?
Sim. Nosso
pensamento vibra em certo grau de frequência, a concretizar-se em nossa
maneira especial de expressão, no círculo dos hábitos e dos pontos de vista,
dos modos e do estilo que nos são peculiares. Diz o instrutor Aulus que basta
nos afeiçoemos aos exercícios da meditação, ao estudo edificante e ao hábito
de discernir para compreendermos onde se nos situa a faixa de pensamento,
identificando com nitidez as correntes espirituais que passamos a assimilar. (Nos
Domínios da Mediunidade, cap. 5, págs. 50 e 51.)
2. Como
podemos definir a tentação?
Lembremos que
a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar.
Cada criatura assimila, pois, as forças superiores ou inferiores com as quais
se sintoniza. Esse o motivo pelo qual Jesus recomendou-nos oração e vigilância
para não cairmos nas sugestões do mal, porque – no dizer de Aulus – a
tentação é o fio de forças vivas a irradiar-se de nós, captando os elementos
que lhe são semelhantes e tecendo, assim, ao redor de nossa alma, espessa rede
de impulsos, por vezes irresistíveis. (Obra citada, cap. 5, págs. 50 e 51.)
3. Pode um
processo de vampirização perdurar por vários anos?
Sim. André
Luiz refere-se a um caso assim, de um homem que desencarnara em plena
vitalidade, depois de festiva loucura e sem o menor sinal de habilitação para
conchegar-se às verdades do espírito. Desenfaixando-se da veste carnal, com o
pensamento enovelado à paixão por uma mulher que sintonizou com ele, a ponto de
retê-lo junto de si com aflições e lágrimas, passou a vampirizar-lhe o corpo.
Desarvorado com a perda do corpo físico, adaptou-se ao organismo da mulher
amada, que passou a obsidiar, nela encontrando novo instrumento de sensação,
pois via por seus olhos, ouvia por seus ouvidos, muitas vezes falava por sua
boca e vitalizava-se com os alimentos por ela utilizados. E nessa simbiose
viviam já cinco anos sucessivos, produzindo na mulher perturbada
desequilíbrios orgânicos de vulto. (Obra citada, cap. 6, págs. 53 a 55.)
4. Numa
sessão em que se atendem Espíritos sofredores, que papel incumbe ao médium que
lhes serve de intermediário?
Nas sessões
mediúnicas dessa natureza, que Aulus designa "sessões de caridade",
o médium que recebe o Espírito sofredor é o primeiro socorrista, mas, se o
socorrista cai no padrão vibratório do necessitado que lhe roga serviço, há
pouca esperança no amparo eficiente. O médium tem o dever de colaborar na
preservação da ordem e da respeitabilidade na obra de assistência aos desencarnados,
permitindo-lhes a livre manifestação apenas até o ponto em que essa
manifestação não colida com a harmonia necessária ao conjunto e com a
dignidade imprescindível. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 6, págs. 55 e
56.)
5. Durante
a comunicação, a alma do médium fica próxima do seu corpo físico?
Sim, sempre
que o esforço se refira a entidades em desajuste. Nesses
casos, o medianeiro não deve ausentar-se demasiado. “No concurso aos irmãos
desequilibrados, nossa presença é imperativo dos mais lógicos”, diz Aulus. (Obra
citada, cap. 6, págs. 56 a
58.)
Sim. Se, no
processo da comunicação, o médium entende que as comoções e as palavras
proferidas pertencem a ele mesmo, e não a um Espírito, emitirá da própria mente
positiva recusa, expulsando o comunicante e anulando a preciosa oportunidade de
serviço. “A dúvida, nesse caso, seria congelante faixa de forças negativas”,
asseverou o instrutor Aulus. (Obra citada, cap. 6, págs. 58 a 60.)
*
Na próxima terça-feira apresentaremos neste Blog a síntese do que houver
sido estudado, para que os interessados possam acompanhar pari passu o
desenvolvimento da matéria.
O estudo do livro Nos Domínios da Mediunidade realiza-se no Centro
Espírita Nosso Lar, na Rua Santa Catarina, 429, em Londrina, em dois horários: às
terças-feiras (a partir das 18h30) e às quintas-feiras (a partir das 14h30).
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