CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Quantas coisas materiais acumulamos nesta vida!
São objetos atuais ou mais antigos, clássicos, úteis, sem tanta utilidade
assim. E juntamos mais, e doamos menos, e adquirimos ainda mais para preencher,
equivocadamente, o coração ou alegrar nossa alma. Mas se sabe que o espírito
não é deste mundo.
E o tempo passa tão rápido! Daqui a pouco já é
hora do retorno ao plano imaterial. E quando essa hora apontar, serão os
sentimentos, palavras, atitudes e pensamentos realizados no bem que conduzirão
o espírito a uma posição um pouquinho mais vislumbrante em sua jornada.
Em muitas bibliotecas particulares, centos e
centos de livros deveriam estar reunidos à espera de utilização como faróis
para o progresso... mas estão lá, acumulados, apenas para a decoração do
ambiente.
Roupas que, às vezes, nunca serão vestidas, no
entanto, estão presas a nenhuma utilidade. E incontáveis outros objetos
supervalorizados que visam preencher, através do olhar humano, vidas sem luz,
sem paz, sem direção.
“Olhai os lírios do campo”, já dizia o poeta.
Na simplicidade da natureza se encontra a
grandeza da vida; nas flores do campo, a esperança em cores; na ajuda ao
próximo, um irmão a mais na conquista da existência. A alma deve-se voltar ao
alimento eterno; ao Pai; ao céu; ao ar; ao horizonte, início do infinito; ao
conhecimento adquirido no dia a dia; deve-se voltar ao valor real, à essência
do que se pode sentir, não só tocar.
Poucos minutos apreciados na companhia do
próprio eu, com uma xícara de chá unida a saborosas bolachinhas, são gotas do
bem-estar físico e acalanto para o espírito que não se compram em lojas, pois
não se encontram à venda. Momentos esses que fazem a alma crescer:
recolhimento.
O acúmulo das coisas benéficas e salutares é
tesouro; o acúmulo das supérfluas e sem objetivo direcionado é energia gasta
sem aproveitamento.
A viagem de regresso para casa pode acontecer a
qualquer instante e o espírito só levará o que nele, impresso, estiver. Este é
um Planeta de matéria, certo de que é preciso suprir as necessidades da hora,
entretanto, sem olvidar esta autêntica frase: Estamos na carne, somos espíritos.
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