Missiva ao
companheiro
Alfredo José
dos Santos Nora
Toda vitória
insensata,
Além, na Luz
Infinita,
Tem gosto de patarata
(1)
Que não sofre
contradita.
O orgulho é a velha
bravata
Que a morte desfaz
sem grita,
Deixando mofo e
sucata,
Revolta, choro,
desdita...
Somente a vida
correta,
Guardando Jesus por
meta,
Faz a estrada livre e
enxuta.
Se não queres a
derrota
Da ilusão que abraça
e enxota,
Trabalha, edifica e
luta.
(1) Patarata é o mesmo que ostentação ridícula;
mentira jactanciosa; patacoada.
Alfredo Nora, natural de
Piraí-RJ, onde nasceu em 18/11/1881, desencarnou em 13/11/1948. O soneto acima
integra o livro Antologia dos Imortais,
psicografado pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
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