Considere as frases abaixo e veja se estão corretas:
1. Quando você vir o
dignitário, saúde-o em meu nome.
2. João nada ouvia, como
se houvessem várias paredes envolvendo-o.
3. Bastante perfumada, a
casa de Maria rescendia a jasmins.
4. As crianças logo se
entreteram com os brinquedos da prima.
5. José, ponha teu livro
a serviço da equipe.
6. Quando tu vires o
dignatário, saúda-o por mim.
O leitor atento verá que apenas a primeira frase está
correta: Quando você vir o dignitário, saúde-o em meu nome.
Dignitário é assim mesmo que se escreve. A palavra designa
aquele que exerce cargo elevado, que tem alta graduação honorífica, que foi
elevado a alguma dignidade.
Eis a frase inicial e as demais frases, depois de corrigidas:
1. Quando você vir o
dignitário, saúde-o em meu nome.
2. João nada ouvia, como
se houvesse várias paredes envolvendo-o. (O verbo haver com esse sentido não se
flexiona quanto ao número.)
3. Bastante perfumada, a
casa de Maria recendia a jasmins. (Recender, que significa cheirar
agradavelmente, exalar, trescalar, escreve-se assim, sem “s” antes de
“cender”.)
4. As crianças logo se
entretiveram com os brinquedos da prima. (Não existe a forma verbal
“entreteram”.)
5. José, ponha seu livro
a serviço da equipe. Ou então: José, põe teu livro a serviço da equipe. (O
imperativo tem de concordar com a pessoa a que se refere.)
6. Quando tu vires o
dignitário, saúda-o por mim. (Não existe a palavra dignatário: o correto é
“dignitário”, como explicado logo acima.)
*
Dois leitores estranharam a frase “entre mim e o leitor”
constante de um texto publicado neste blog.
Não seria melhor – ambos perguntaram – “entre eu e o
leitor”?
A dúvida levantada é muito comum, mas a frase "entre
mim e o leitor" está correta. Depois das preposições “entre” e “para” não
se usa em casos assim o pronome “eu”, mas sim o pronome oblíquo “mim”.
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