quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A humildade não deve jamais ser fingida


Prosseguimos ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina-PR, o estudo sequencial do livro O Tesouro dos Espíritas, de autoria de Miguel Vives y Vives, conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada pela EDICEL.

Três foram as questões propostas para debate inicial:
1. A humildade é algo a ser cultivado por nós espíritas?
2. Que devemos fazer quando um confrade anda em erro?
3. Qual o maior preservativo contra as dissensões em nosso meio?

Realizou-se em seguida a leitura do texto abaixo, que serviu de base aos estudos da noite, seguindo-se, a cada item lido, os comentários pertinentes:

40. Todo espírita deve portar-se com a maior humildade possível perante os seus irmãos, mas a humildade não deve nunca ser fingida, porém leal e sempre disposta a servir. (P. 56)
41. Assim compreendendo, o espírita nunca fará alarde de saber ou de possuir faculdades, e menos ainda de considerá-las extraordinárias, expondo suas ideias de maneira prudente, sensata e oportuna. Se for importunado por um de seus irmãos, procurará responder de bom modo, tentando convencê-lo, se possível, mas sempre agindo humildemente. (P. 57)
42. O espírita não deve olvidar que não existe empresa maior nem trabalho mais nobre, que atrair o amor leal e sincero de seus irmãos, ciente de que nada há na Terra tão proveitoso como fazer-se uma criatura de paz, de amor e de concórdia. (P. 57)
43. Quando virmos que um de nossos confrades anda em erro, ninguém deve lançar-se contra ele, certo de que todos podemos cair enfermos do corpo e da alma. Se não for possível atraí-lo por meio da caridade, devemos atraí-lo pela indulgência. (P. 58)
44. Há um grande meio para atraí-lo: descobrir nele alguma coisa que o agrade e que possamos estimular. Isso pode servir-nos. Contraindo amizade mais íntima, poderemos exercer a influência moral necessária para levá-lo ao bom caminho. (PP. 58 e 59)
45. Quando tudo, porém, se fez para corrigir um irmão, sem que ele se deixe convencer, é preciso que sem ruído, sem atrito, nos afastemos dele, procurando não contaminar-nos e evitar que outros se contaminem. Evidentemente, isso se fará depois de adotados todos os recursos que nos aconselham a humildade, o amor, a indulgência e a caridade. (P. 59)
46. Em nota de rodapé, Irmão Saulo lembra que os próprios Espíritos protetores afastam-se das criaturas que se recusam a corrigir-se. O remédio é deixá-las prosseguir na experiência que escolheram. Questão de livre-arbítrio. (P. 59)
47. Fique claro, porém, que o espírita não deve abandonar o seu irmão numa crise, nem na doença, nem na miséria. Ao contrário, deve ser para ele como um pai ou uma mãe, consolando-o em suas aflições, assistindo-o em suas enfermidades, ajudando-o em suas necessidades, protegendo-o na velhice, dando-lhe a mão na mocidade. (P. 60)
48. Assim agindo, demonstramos à Humanidade que a palavra irmão não é apenas uma fórmula, mas a expressão do amor que sentimos. Como consequência disso, reinaria em nossas reuniões tanta cordialidade e tanto amor, que nelas os nossos Espíritos se regenerariam. Há entre nós amor e proteção mútua, mas esta precisa ser mais decisiva. (P. 61)
49. Na verdade, nem sempre o amor em desenvolvimento, a caridade e a humildade dominam nos Centros espíritas e nas nossas reuniões. Causa lástima ver – afirma Miguel Vives – lutas nos Centros para as disputas dos primeiros lugares. Por isso, os que exercem mais influências num Centro são os que devem viver mais alertas, os que mais necessitam de observar as regras prescritas nos itens anteriores, encarregados que são de vigiar e conduzir os de menor compreensão e alcance. (PP. 62 e 63)
50. Esses que, por seu entendimento, compreendem melhor e se convertem em guias de seus irmãos não mais pertencem a si mesmos, passam a ser exemplos para os demais e não podem falsear a verdade: devem ser modelos em tudo e não podem deixar-se dominar pelo amor-próprio, que é sempre um mau conselheiro. (P. 64)
51. Não é fácil haver dissensões onde reinem o amor, a caridade e a humildade, porque cada um se considerará como o servidor dos outros, e terá prazer em sê-lo, porque saberá que assim dá cumprimento à lei e se desenvolve. Evidentemente, podem aparecer problemas de difícil solução, mas nestes casos os mais prudentes se calam e suplicam o auxílio de Deus, esperando que o tempo e os acontecimentos deem remédio aos males. Só se recorre a uma medida extrema quando nem a caridade, nem a indulgência, nem o amor e a humildade podem remediar esses males. (PP. 67 e 68)
52. Essa medida deve ser, contudo, executada com prudência, evitando-se murmurações e sobretudo fatos que possam originar escândalos fora do meio espírita, pois escândalo e publicidade causam grandes danos aos que nos observam. (P. 68)

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Findo o estudo, foram lidas as respostas dadas às perguntas propostas. Ei-las:

1. A humildade é algo a ser cultivado por nós espíritas?
Sim. Todo espírita deve portar-se com a maior humildade possível perante os seus irmãos, mas a humildade não deve nunca ser fingida, porém leal e sempre disposta a servir. Assim compreendendo, o espírita nunca fará alarde de saber ou de possuir faculdades, e menos ainda de considerá-las extraordinárias, expondo suas ideias de maneira prudente, sensata e oportuna. Se for importunado por um de seus irmãos, procurará responder de bom modo, tentando convencê-lo, se possível, mas sempre agindo humildemente. (O Tesouro dos Espíritas , 1 Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, pp. 56 e 57.)

2. Que devemos fazer quando um confrade anda em erro?
Quando virmos que um de nossos confrades anda em erro, ninguém deve lançar-se contra ele, certo de que todos podemos cair enfermos do corpo e da alma. Se não for possível atraí-lo por meio da caridade, devemos atraí-lo pela indulgência. Há um grande meio para atraí-lo: descobrir nele alguma coisa que o agrade e que possamos estimular. Isso pode servir-nos. Contraindo amizade mais íntima, poderemos exercer a influência moral necessária para levá-lo ao bom caminho. Quando tudo, porém, se fez para corrigir um irmão, sem que ele se deixe convencer, é preciso que sem ruído, sem atrito, nos afastemos dele, procurando não contaminar-nos e evitar que outros se contaminem. Evidentemente, isso se fará depois de adotados todos os recursos que nos aconselham a humildade, o amor, a indulgência e a caridade. (Obra citada, pp. 58 e 59.)

3. Qual o maior preservativo contra as dissensões em nosso meio?
Não haverá lugar para dissensões onde reinem o amor, a caridade e a humildade, porque cada um se considerará como o servidor dos outros, e terá prazer em sê-lo, pois saberá que assim dá cumprimento à lei e se desenvolve. Evidentemente, podem aparecer problemas de difícil solução, mas nestes casos os mais prudentes se calam e suplicam o auxílio de Deus, esperando que o tempo e os acontecimentos deem remédio aos males. Só se recorre a uma medida extrema quando nem a caridade, nem a indulgência, nem o amor e a humildade podem remediar esses males. (Obra citada, pp. 67 e 68.)



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