Continuamos a publicar o roteiro e o texto que serviram de
base aos estudos que fazemos semanalmente no Centro Espírita Nosso Lar (Londrina,
PR), relativamente ao livro Ação e Reação,
de André Luiz, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.
A seguir, o texto desta semana:
Questões
para debate
A. Que fato levou Gaspar a redimir-se e perdoar a quem o levou à morte?
B. De que modo Gaspar voltou à carne e aos braços de Adelino?
C. Por que Leo jazia em triste pavilhão de indigentes, às vésperas da
morte?
Texto para leitura
108. Gaspar
também se redime – Adelino, tendo sofrido por longo tempo o trauma
perispirítico do remorso, por haver incendiado o corpo do próprio pai, nutrira
em si mesmo estranhas labaredas mentais que o castigaram intensamente
além-túmulo... Renascera, por isso, com a epiderme atormentada por vibrações
calcinantes que, desde cedo, se lhe expressaram na nova forma física por eczema
de mau caráter, moléstia essa que deveria cobrir-lhe todo o corpo, durante
muitos e angustiosos lustros de sofrimento. Graças aos méritos que ele foi
adquirindo no esforço a favor do próximo, a enfermidade não tomou, porém, proporções
que o impedissem de aprender e trabalhar, porque granjeara a ventura de
continuar a servir, pelo seu impulso espontâneo na plantação constante do bem.
De volta à Mansão, Silas prosseguiu tecendo brilhantes comentários em torno do
"amor que cobre a multidão dos pecados", como ensinou o Apóstolo. Foi
quando relatou que Martim Gaspar havia sido igualmente tocado pelos exemplos de
seu ex-filho. Observando-lhe a transformação, Gaspar abandonou as companhias
indesejáveis a que se adaptara e rogou asilo na Mansão, havia alguns anos, onde
aceitara severas disciplinas. Na noite seguinte, a surpresa de André foi muito
grande, porquanto o próprio Druso convidou os dois amigos a acompanhá-lo numa
excursão à Crosta, juntamente com Silas e duas valorosas irmãs do Instituto. (Ação e Reação, cap. 16, pp. 223 e 224.)
110. O
caso Leo – Silas levou seus amigos ao atendimento de Leo, que uma
tuberculose pulmonar arrastava à morte. O enfermo jazia em triste pavilhão de
indigentes em vasto hospital da Terra. Apesar da dispneia(1), seu
olhar era calmo e lúcido, revelando perfeita conformação aos padecimentos que o
conduziam ao termo da experiência. O estado orgânico do enfermo era terminal;
todos os sintomas da morte patenteavam-se, iniludíveis. Leo, moribundo, era um
viajante habilitado à grande romagem, tão somente à espera do sinal de partida,
e tão acentuada se lhe evidenciava a acuidade mental, que quase podia ver
Silas e seus amigos a seu lado. O Assistente disse então aos companheiros:
"Já que vieram para anotar um processo de dívida expirante, podem algo
perguntar ao companheiro, cuja memória se revela, tanto quanto possível,
consciente e vigilante". (Obra
citada, cap. 17, pp. 229 e 230.)
(1) Dispneia significa dificuldade na respiração.
Respostas às questões propostas
A. Que
fato levou Gaspar a redimir-se e perdoar a quem o levou à morte?
Martim (o
Adelino de hoje) reencarnara com a epiderme atormentada por vibrações
calcinantes que, desde cedo, se lhe expressaram por eczema de mau caráter,
moléstia essa que deveria cobrir-lhe todo o corpo, durante muitos e angustiosos
lustros de sofrimento. Graças aos méritos que ele foi adquirindo no esforço a
favor do próximo, a enfermidade não tomou proporções que o impedissem de
aprender e trabalhar, porque granjeara a ventura de continuar a servir, pelo
seu impulso espontâneo na plantação constante do bem. Tocado pelos exemplos de
seu ex-filho, Gaspar abandonou as companhias indesejáveis a que se adaptara e
rogou asilo na Mansão, onde aceitara severas disciplinas e iniciara, desse
modo, o processo de sua própria redenção. (Ação e Reação, cap. 16, pp. 223 e
224.)
B. De que
modo Gaspar voltou à carne e aos braços de Adelino?
Abandonado
por sua mãe ao reencarnar, Gaspar foi conduzido – graças à intercessão dos bons
Espíritos – à residência de Adelino. Era madrugada quando este ouviu o choro
convulso de uma criança tenra. Enlaçado por Druso, Adelino viu, ao abrir a
porta, pobre recém-nascido que vagia aflitivamente. Ele ajoelhou-se, enquanto
Druso lhe dizia com segurança: "Adelino, eis o pai ofendido que, enjeitado
pelo coração materno que ainda não mereceu, vem ao encontro do filho
regenerado!" Tomado de alegria, para ele inexplicável, Adelino abraçou o
pequerrucho com espontâneo gesto de amor e, após conchegá-lo ao peito, voltou
para dentro, gritando jubiloso: "Meu filho... meu filho!..." Gaspar
retornara à experiência física, asilando-se nos braços do filho que, um dia, o
desprezara. (Obra citada, cap. 16, pp. 225 a 227.)
C. Por que
Leo jazia em triste pavilhão de indigentes, às vésperas da morte?
Leo, vitimado
por uma tuberculose pulmonar, jazia em triste pavilhão de indigentes em vasto
hospital da Terra, porque seu irmão, Henrique, o havia declarado incapaz e,
além de apossar-se dos recursos que lhe cabiam por herança, internou-o num
hospício, em que Leo
teve de amargar longos anos de isolamento. Quando saiu do manicômio e recorreu
ao irmão, este o expulsou sem compaixão, condenando-o a uma vida de miséria e
indigência. (Obra citada, cap. 17, pp. 229 a 232.)
N.R. - Para acessar e
ler o texto da semana passada, clique em http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2014/12/se-o-merecermos-deus-permite-que-nossos.html
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