A
promessa feita por Jesus com relação à vinda de um outro Consolador ao nosso
mundo foi registrada no Evangelho de João da seguinte forma: "Se me amais,
guardai meus mandamentos. E rogarei a meu Pai e ele vos dará outro Consolador, a fim de que fique eternamente
convosco: o Espírito da Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e
absolutamente não o conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque
ficará convosco e estará em vós" (João, 14:15 a 17).
Um
pouco mais adiante, o evangelista João anotou estas outras palavras: "Eu
vos tenho dito estas coisas enquanto permaneço convosco. Mas o Paráclito, o
Santo Espírito, que meu Pai vos enviará em meu nome, vos ensinará todas as
coisas e vos fará lembrar o que vos
disse" (João, 14:25 e 26).
Paráclito
ou paracleto significa mentor, defensor, protetor.
À
vista do texto transcrito, verifica-se que o Consolador prometido por Jesus,
também chamado de Santo Espírito e de Espírito da Verdade, seria enviado à
Terra com a missão de consolar, lembrar o que ele dissera e ensinar todas as
coisas. O Consolador teria, portanto, de dar ao homem o conhecimento de sua
origem, a explicação da necessidade de sua estada na Terra e do seu destino,
espalhando por todo o lado a consolação que advém da fé e da esperança.
Seu
compromisso com a verdade – o ensino de todas as coisas – eleva-o,
automaticamente, à condição de uma nova revelação da lei de Deus aos homens. Se
considerarmos a doutrina mosaica como sendo a primeira revelação dessa lei e o
Evangelho a segunda, o Consolador prometido por Jesus seria o portador de uma
terceira revelação.
A
revelação cristã sucedeu à revelação mosaica; a revelação dos Espíritos veio
completá-la. O Espiritismo seria, pois, conforme disseram os próprios Espíritos
superiores, a terceira revelação da lei de Deus ou, em outras palavras, o
próprio Consolador referido na promessa do Cristo.
Ora,
procedendo de Espíritos sábios e bondosos, num verdadeiro derramamento da
mediunidade na carne, o Espiritismo preenche integralmente as condições
mencionadas, visto que:
1º
- procura lembrar-nos o que Jesus ensinou;
2º
- ensina-nos muitas coisas que o Evangelho não pôde explicar adequadamente;
3º
- consola e conforta os que sofrem, ao mostrar-lhes a causa e a finalidade dos
sofrimentos humanos.
*
Uma
questão intrigante, quando se fala no Consolador, é esta: Por que Jesus teria
feito semelhante promessa?
Segundo
os estudiosos do assunto, várias foram as razões que levaram o Cristo a
fazê-la. A primeira, e talvez a principal, seria a inoportunidade de uma
revelação total e completa por parte do Cristo numa época em que o homem não
estava ainda amadurecido para compreendê-la.
Outra
razão seria o esquecimento dos preceitos contidos no Evangelho e, sobretudo, a
falta de sua vivência por parte dos homens, sem falarmos aqui das adulterações
e das distorções que, de forma premeditada ou não, foram impostas ao longo dos
tempos aos textos evangélicos.
A
relação entre o Espiritismo e o Consolador prometido está no fato de que a
Doutrina Espírita, queiram ou não seus detratores, preenche todas as condições
mencionadas no texto do evangelista João.
O
Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos de toda gente, pois fala sem
figuras nem alegorias, e levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos
mistérios, trazendo a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os
que sofrem.
E,
com respeito aos ensinos de Jesus, sem haver inventado uma moral nova, diz-nos
que o ensino moral contido nos Evangelhos constitui uma regra de proceder que
abrange todas as circunstâncias da vida, o princípio básico de todas as
relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça, e é, finalmente e
acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade esperada.
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