Velho
João
Cornélio Pires
Velho João, agonizas triste e pobre,
Sem que o mundo, sequer, a mão te
estenda;
Ninguém te oferta um caldo por
merenda,
Nem um trapo de pano que lhe sobre...
Ah! ninguém te agradece ao peito
nobre
O cansaço na roça e na moenda;
Morres, lembrando as pompas da
fazenda,
No seboso molambo que te encobre.
Percebes, pelos vãos da própria
furna,
Flores aos borbotões, na paz noturna,
E abandonas o corpo, a fim de
vê-las...
Fitas, em prece, a noite calma e
santa
E sobes, velho João, como quem canta
Nos milharais do Céu, plantando
estrelas!
Do
livro Antologia dos Imortais, obra
ditada por Espíritos diversos, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier.
Como consultar as matérias deste blog?
Se você não conhece ainda a estrutura deste blog, clique neste
link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo
e os vários recursos que ele nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário