Chão de estrelas
Sílvio
Caldas e Orestes Barbosa
Minha
vida era um palco iluminado,
Eu
vivia vestido de dourado,
Palhaço
das perdidas ilusões.
Cheio
dos guizos falsos da alegria,
Andei
cantando a minha fantasia
Entre
as palmas febris dos corações.
Meu
barracão no morro do Salgueiro
Tinha
o cantar alegre de um viveiro,
Foste
a sonoridade que acabou.
E
hoje, quando do sol a claridade
Forra
o meu barracão, sinto saudade
Da
mulher pomba-rola que voou.
Nossas
roupas comuns dependuradas
Na
corda, qual bandeiras agitadas,
Pareciam
um estranho festival.
Festa
dos nossos trapos coloridos,
A
mostrar que nos morros malvestidos
É
sempre feriado nacional.
A
porta do barraco era sem trinco
E
a lua, furando nosso zinco,
Salpicava
de estrelas nosso chão...
E
tu pisavas nos astros, distraída,
Sem
saber que a ventura desta vida
É
a cabrocha, o luar e o violão...
Você pode ouvir a canção acima, na
voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links indicados:
Maria Creuza - https://www.youtube.com/watch?v=p1_zZPF7WYQ
Nelson Gonçalves - https://www.youtube.com/watch?v=2NcdwPYMU-s
Jair Rodrigues - https://www.youtube.com/watch?v=7CQV55TUAPs
Maria Bethânia - https://www.youtube.com/watch?v=asQkrFR_79E
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