Objetivos da evolução e seu processo
Este é o módulo 33 de uma série que esperamos sirva
aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo
compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Que podemos entender pela expressão estado de
natureza?
2. Como os Espíritos progridem?
3. A marcha dos Espíritos é sempre progressiva?
4. Podemos dizer que o objetivo da evolução seja a
felicidade terrestre?
5. Quem é o árbitro soberano de nosso destino?
Texto para leitura
O estado de natureza é a infância da Humanidade
1. O homem desenvolve sua caminhada evolutiva a
partir de um estado primitivo ou estado de natureza. O estado de natureza,
ensina a Doutrina Espírita, é o estado de infância da Humanidade, o ponto de
partida do seu desenvolvimento intelectual e moral.
2. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do
seu aperfeiçoamento, o Espírito não foi destinado a viver perpetuamente no
estado de natureza, como não foi criado para viver eternamente na infância.
Aquele estado é transitório, e os Espíritos dele saem em virtude do progresso e
da civilização.
3. É preciso, portanto, que o ser humano se
desenvolva intelectual e moralmente, e é através da lei do progresso que se
regula a evolução de todos os seres e de todos os mundos que giram no Universo.
4. O Espírito, contudo, só se depura com o tempo,
pelas experiências adquiridas que as vidas sucessivas lhe facultam. Tendo de
progredir incessantemente, ele não pode volver ao estado de infância. É Deus
que assim o quer. Pensar que possamos retrogradar à nossa primitiva condição
equivaleria a negar a lei do progresso.
A marcha dos Espíritos é progressiva
5. No estado de natureza o homem tem menos
necessidades, sua vida é mais simples e menores são suas atribulações, pois se
atém mais à sobrevivência e às necessidades fisiológicas. Há, porém, em todas
as pessoas uma surda aspiração, uma energia íntima misteriosa que as encaminha
para as alturas e as faz tender para destinos cada vez mais elevados,
impelindo-as para o Belo e para o Bem.
6. É a lei do progresso, a evolução eterna, que
guia a Humanidade através das idades e aguilhoa cada um de nós, visto que a
Humanidade são as próprias almas que, de século em século, voltam à cena física
para, com auxílio de novos corpos, preparar-se para mundos melhores em sua obra
evolutiva.
7. A lei do progresso não se aplica apenas ao
homem; abarca todos os reinos da Natureza, como já foi reconhecido por diversos
pensadores. Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; no homem,
acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente.
8. A marcha dos Espíritos é progressiva, jamais
retrógrada. Eles se elevam gradualmente na hierarquia e não descem da categoria
a que ascenderam. Podem, em suas diferentes existências corpóreas, descer como
homens, não como Espíritos.
O objetivo da evolução não é a felicidade terrestre
9. As reencarnações constituem uma necessidade
inelutável para que se faça o progresso espiritual. Cada existência corpórea
não comporta mais do que uma parcela de esforços determinados, após o que a
alma se encontra exausta.
10. A morte representa um repouso, um intervalo,
uma etapa na longa rota da eternidade, antes que nova encarnação se apresente
para o Espírito, a valer como rejuvenescimento para o ser em marcha.
11. Paixões antigas, ignomínias, remorsos
desaparecem, e o esquecimento cria um novo ser, que se atira cheio de ardor e
entusiasmo no percurso da nova estrada.
12. Cada esforço redunda num progresso, e cada
progresso num poder sempre maior, pois as aquisições sucessivas vão alteando a
alma nos inumeráveis degraus da perfeição. O objetivo da evolução, a razão de
ser da vida, não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente creem, mas o
aperfeiçoamento de cada um de nós, o que só realizaremos por meio do trabalho,
do esforço e de todas as alternativas de alegrias e de dor, até que nos
tenhamos desenvolvido completamente e elevado ao estado celeste.
Somos os construtores do nosso próprio destino
13. Somos, assim, o árbitro soberano de nossos
próprios destinos. Cada experiência reencarnatória condiciona a que lhe sucede
e, malgrado a lentidão da marcha ascendente, eis-nos a gravitar incessantemente
para alturas radiosas onde sentimos palpitar corações fraternais e entramos em
comunhão sempre mais e mais íntima com a Potência Divina.
14. Os que ignoram tais verdades e nada fazem por
melhorar-se chegam ao mundo espiritual na condição de Joaquim Sucupira, que
abandonou o corpo aos sessenta anos, após viver arredado do mundo, no conforto
precioso que herdara dos pais. Na Terra – refere Irmão X – Sucupira falara pouco, andara menos, agira
nunca...
15. Na pátria espiritual, embora pudesse
locomover-se, havia perdido o movimento dos braços e das mãos. Um instrutor, ao
examinar seu caso e ouvir suas queixas, disse-lhe com toda a franqueza: “Seu
caso explica-se: você tem as mãos enferrujadas”.
16. E ante a careta do interlocutor amargurado,
aditou: “É o talento não usado, meu amigo. Seu remédio é regressar à lição.
Repita o curso terrestre”. “O que você precisa, Joaquim, é de movimento.”
Respostas às questões propostas
1. Que podemos entender pela expressão estado de natureza?
O ser humano realiza sua caminhada evolutiva a
partir de um estado primitivo ou estado de natureza, que é, segundo a Doutrina
Espírita, o estado de infância da Humanidade, o ponto de partida do seu
desenvolvimento intelectual e moral.
2. Como os Espíritos progridem?
Os Espíritos só se depuram com o tempo, pelas experiências
adquiridas que as vidas sucessivas lhes facultam.
3. A marcha dos Espíritos é sempre progressiva?
Sim. A marcha dos Espíritos é sempre progressiva,
jamais retrógrada. Eles se elevam gradualmente na hierarquia e não descem da
categoria a que ascenderam.
4. Podemos dizer que o objetivo da evolução seja a felicidade
terrestre?
Não. O objetivo da evolução, a razão de ser da
vida, não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente creem, mas o
aperfeiçoamento de cada um de nós, o que só realizaremos por meio do trabalho,
do esforço e de todas as alternativas de alegrias e de dor, até que nos
tenhamos desenvolvido completamente e chegado ao estado celeste.
5. Quem é o árbitro soberano de nosso destino?
Somos nós mesmos o árbitro soberano de nossos
destinos. Cada experiência reencarnatória condiciona a que lhe sucede e,
malgrado a lentidão da marcha ascendente, eis-nos a gravitar incessantemente
para alturas radiosas onde sentimos palpitar corações fraternais e entramos em
comunhão sempre mais e mais íntima com a Potência Divina.
Nota:
Eis os links que remetem aos 3
últimos textos:
Módulo 30 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/06/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo 31 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/06/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_8.html
Módulo 32 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/06/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_15.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele
nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário