sexta-feira, 4 de janeiro de 2019




O Fenômeno Espírita

Gabriel Delanne

Parte 4

Damos sequência ao estudo do clássico O Fenômeno Espírita, de Gabriel Delanne, conforme o texto da 4ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, com base em tradução de Francisco Raymundo Ewerton Quadros. O estudo será aqui apresentado em 12 partes.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões preliminares

A. As mesas girantes, além de girar, apenas produziam sons?
B. Que conclusões constam do relatório final apresentado pela Comissão nomeada pela Sociedade Dialética de Londres a respeito dos fatos espíritas?
C. Que disseram William Crookes e o coronel de Rochas acerca das conclusões constantes do relatório apresentado à Sociedade Dialética de Londres?
D. Os sábios europeus atestaram a realidade do fenômeno de levitação?

Texto para leitura

53. Como as perguntas fossem bastante pueris, diz o escritor, a mesa pareceu impacientar-se e recusou responder. Fatos como esse e outros extraordinários registraram-se assim em casa do grande literato francês. (PP. 54 a 56)
54. Nessa época surgiram muitas teorias para explicar, sem a ação dos Espíritos, os movimentos das mesas girantes. Quando tudo parecia claro, o fenômeno revestiu-se de um caráter novo: a mesa passou a elevar-se e a mover-se sem qualquer contato dos operadores. Nova força parecia divertir-se com as mais engenhosas explicações! (P. 57)
55. Vários pesquisadores, como Robert Dale Owen e o sr. Morgan,  relataram ter visto a mesa erguer-se e manter-se suspensa no ar, sem que alguém a tocasse. (P. 58)
56. Lombroso publicou em 1892, na “Vie Moderne”, um depoimento recheado de relatos comprobatórios dos fenômenos espíritas, embora ele procurasse explicá-los de outro modo, sem admitir a influência dos Espíritos. Só mais tarde, em 1909, o grande criminalista italiano aderiria às teses espíritas, com o livro Hipnotismo e Mediunidade. (PP. 59 e 60)
57. Delanne transcreve o Relatório apresentado pela Comissão nomeada pela Sociedade Dialética de Londres, que realizou desde a sua criação, em 16/2/1869, quarenta sessões, chegando às seguintes conclusões:
I) Em certas condições de corpo e de espírito, produz-se uma força suficiente para pôr em movimento objetos pesados, sem o emprego de nenhum esforço muscular, sem contato, nem conexão material de qualquer natureza.
II) Essa força pode fazer produzir sons, que provêm de vibrações perceptíveis pelo tato.
III) Essa força é frequentemente aplicada com inteligência. (PP. 61 a 65)
58. Essa força foi submetida a medições por Robert Hare, na América do Norte, e William Crookes, na Inglaterra. Delanne descreve os processos adotados pelos dois cientistas e conclui que a força emanada de certos organismos humanos, chamados médiuns, está, desse modo, cientificamente analisada e medida. (PP. 66 a 68)
59. A força que move as mesas não é, pois, devida a movimentos musculares inconscientes, como pensava o Sr. Faraday: é produzida por certos seres cujo organismo nervoso esteja apto para emiti-la. Essa faculdade foi qualificada pelos espíritas com o nome de mediunidade, e os que a possuem são médiuns. (PP. 68 e 69)
60. Nesse sentido é o depoimento seguinte de Crookes: “Essas experiências põem fora de dúvida as conclusões a que cheguei em minha precedente memória, a saber: a existência de uma força associada, de um modo ainda inexplicado, no organismo humano, força essa pela qual a adição de peso pode ser feita em corpos sólidos, sem contato efetivo”. Crookes acrescenta ainda que a emissão dessa força física é seguida de um “esgotamento correspondente da força vital”. (P. 69)
61. A ideia de Crookes é confirmada pelo Sr. de Rochas, que, em sua obra “Les Effluves Odiques”, de 1897, baseando-se em diversas experimentos, conclui: I) que o organismo humano pode exteriorizar a força psíquica. II) que a vontade humana pode enviar essa força numa determinada direção. (P. 70)
62. A mediunidade não é, desse modo, um dom providencial, uma propriedade anormal, mas simplesmente um estado fisiológico que se apresenta  em todos  os seres, embora somente  em alguns  se encontre bastante desenvolvido. É isso que os Espíritos disseram a Allan Kardec e as pesquisas têm, por toda a parte, confirmado. (P. 70)
63. O interessante fenômeno da levitação é focalizado por Delanne, que transcreve, sobre o assunto, várias experiências relatadas por Wallace e William Crookes. (PP. 71 e 72)
64. O coronel de Rochas, diretor da Escola Politécnica de Paris, cita muitos exemplos do fenômeno em sua obra A Levitação, ficando comprovado, sem qualquer dúvida, que há médiuns que se elevam no ar, com sua poltrona, devido à ação de uma força ainda pouco conhecida, emanada do organismo do próprio médium. (P. 72)

Respostas às questões preliminares

A. As mesas girantes, além de girar, apenas produziam sons?
Não. As mesas, além de girar e responder com pancadas às perguntas das pessoas, passaram também a elevar-se e a mover-se sem contato com os operadores. Vários pesquisadores, como Robert Dale Owen e o sr. Morgan,  relataram ter visto a mesa erguer-se e manter-se suspensa no ar, sem que ninguém a tocasse. (O Fenômeno Espírita, págs. 54 a 58.)
B. Que conclusões constam do relatório final apresentado pela Comissão nomeada pela Sociedade Dialética de Londres a respeito dos fatos espíritas?
O aludido relatório informa que a Comissão nomeada pela Sociedade Dialética de Londres, depois de 40 sessões, chegou às seguintes conclusões: I) Em certas condições de corpo e de espírito, produz-se uma força suficiente para pôr em movimento objetos pesados, sem o emprego de nenhum esforço muscular, sem contato, nem conexão material de qualquer natureza. II) Essa força pode fazer produzir sons, que provêm de vibrações perceptíveis pelo tato. III) Essa força é frequentemente aplicada com inteligência. Essa força foi submetida a medições por Robert Hare, na América do Norte, e William Crookes, na Inglaterra. A força que move as mesas não é, pois, devida a movimentos musculares inconscientes, como pensava o Sr. Faraday, mas, sim, produzida por certos seres cujo organismo nervoso esteja apto para emiti-la. Essa faculdade foi qualificada pelos espíritas com o nome de mediunidade, e os que a possuem são médiuns. (Obra citada, págs. 61 a 69.)
C. Que disseram William Crookes e o coronel de Rochas acerca das conclusões constantes do relatório apresentado à Sociedade Dialética de Londres?
William Crookes afirmou: “Essas experiências põem fora de dúvida as conclusões a que cheguei em minha precedente memória, a saber: a existência de uma força associada, de um modo ainda inexplicado, no organismo humano, força essa pela qual a adição de peso pode ser feita em corpos sólidos, sem contato efetivo”. A ideia de Crookes foi confirmada pelo coronel de Rochas, que, em sua obra “Les Effluves Odiques”, de 1897, baseando-se em diversas experimentos, conclui: I) que o organismo humano pode exteriorizar a força psíquica. II) que a vontade humana pode enviar essa força numa determinada direção. A mediunidade não é, desse modo, um dom providencial, uma propriedade anormal, mas simplesmente um estado fisiológico que se apresenta  em todos  os seres, embora somente  em alguns  se encontre bastante desenvolvido. É isso que os Espíritos disseram a Allan Kardec e as pesquisas têm, por toda a parte, confirmado. (Obra citada, págs. 68 a 70.)
D. Os sábios europeus atestaram a realidade do fenômeno de levitação?
Sim. Wallace, William Crookes e o coronel de Rochas comprovaram a realidade da levitação, ou seja, que existem médiuns que se elevam no ar, com sua poltrona, devido à ação de uma força ainda pouco conhecida, emanada do organismo do próprio médium. (Obra citada, págs. 71 e 72.)

Observação:
Eis os links que remetem aos três últimos textos:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário