Trilhas da
Libertação
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 4
Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
25. É certo afirmar que a mediunidade, quando mal utilizada,
torna-se um poço de sombras?
Sim. Esse pensamento
foi formulado pelo dr. Carneiro de Campos, que fez, a respeito do assunto, o
seguinte comentário: “Não ignoramos que somente o bem possui a força
indispensável para anular o mal. Por esta e outras razões, a mediunidade é um
instrumento que, colocado ao serviço do amor, proporciona iluminação e
sabedoria, granjeando amigos para a eternidade. Dignificada, torna-se escada de
libertação; mal utilizada, converte-se em poço de sombras e abismo de
perturbação”. (Trilhas da Libertação.
Serviços de desobsessão, pp. 72 a 74.)
26. A Casa Espírita avança para a condição de Educandário?
Sim. Para justificar
essa ideia, dr. Carneiro de Campos afirmou que o Espiritismo é uma Doutrina que
sintetiza o conhecimento humano em uma abrangência admirável. “Nem poderia ser
diferente” – disse ele – “pois que foi revelado pelos Espíritos que se tornaram
pioneiros do saber na Terra, e que, com a visão da vida ampliada no Além,
ofereceram tudo quanto se faz imprescindível à felicidade dos seres.” Ele tem a
ver, portanto, com todos os ramos da cultura em uma expressão holística da
realidade, que se faz indispensável para o entendimento integral do homem e da
vida. “Por tal razão, a Casa Espírita – aditou – avança para a condição de
Educandário, fornecendo os contributos para o estudo e a análise das criaturas,
libertando-as das crendices e superstições, ao tempo em que lhes oferece os
recursos para a ação com liberdade sem medos, com responsabilidade sem
retentivas, perfeitamente lúcidas a respeito do destino que lhes está
reservado, ele próprio resultado das suas opções e atitudes.” (Obra citada.
Serviços de desobsessão, pp. 72 a 74.)
27. São os médiuns santos ou pecadores?
Nem uma coisa, nem
outra. Os médiuns são criaturas humanas como quaisquer outras, que se
diferenciam apenas pela aptidão especial que possuem para se comunicar com os
Espíritos. “Não são santos, embora devam caminhar pela senda da retidão, nem
pecadores, apesar dos seus deslizes naturais”, diz o dr. Carneiro de Campos,
lembrando que costumamos exigir muito deles, esperando que sejam modelos
perfeitos do que os Protetores Espirituais ensinam por seu intermédio.
Certamente essa seria a condição ideal para todos, mas nem sempre é assim. (Obra citada. Serviços de desobsessão, pp. 78
e 79.)
28. É correto dizer que com a liberação do animismo podemos
chegar ao mediunismo?
Sim. O animismo tem
assustado muitos médiuns iniciantes e diversos aprendizes e estudiosos
espíritas enfocam-no com tal frequência, que passaram a ter quase uma
sistemática prevenção contra o fenômeno mediúnico, se este não for robusto,
isto é, recheado de provas. Como efeito do exagero, belas florações mediúnicas
em começo experimentam injustificáveis conflitos e passam a sofrer restrições,
estiolando-as, nos iniciantes, ou bloqueando-lhes as possibilidades em
desdobramento. O que poucos sabem, porém, é que com a liberação do animismo
podemos também alcançar o mediunismo. (Obra citada. Terapia desobsessiva, pp.
82 a 84.)
29. Pode um Espírito desencarnado estimular manifestações
anímicas em um médium?
Pode. Foi esse
exatamente o caso da médium Raulinda. Segundo o dr. Carneiro de Campos, as
expressões anímicas de sua comunicação foram estimuladas pelo adversário desencarnado.
Verificou-se então um fenômeno duplo – animismo e mediunismo – com prevalência
e direcionamento do último sobre o primeiro. Afligindo-a, o perseguidor a
deprimia, desarticulando-lhe os centros do equilíbrio e fazendo-a passar por
portadora de histeria, a um passo de transtorno psicótico maníaco-depressivo, a
caminho da autodestruição. (Obra citada. Terapia desobsessiva, pp. 84 e 85.)
30. Que advertência fez o doutrinador a um Espírito
comunicante que insistia em vingar-se de um desafeto?
O doutrinador
lembrou ao Espírito que a única justiça invariável é a que procede de Deus,
porquanto a justiça a que ele se referia é a da iniquidade, da vingança, da
loucura, que colhe em suas malhas todo aquele que se desrespeitou e assumiu
delitos perante a consciência. Chegará, no entanto, o momento do despertar e
mesmo os Gênios das Trevas serão alcançados pelas vibrações de misericórdia do
Pai e sairão da infinita desdita a que se entregam, alcançando, desse modo, a
dignificação interior que os levará à paz, à felicidade e ao bem. Por fim, o
doutrinador advertiu-o de que a vingança gera desforços futuros e aditou:
“Quando passar o prazer, o gozo da cobrança, que sempre é de curto prazo, e
você se encontrar vazio, desmotivado, já imaginou o caminho a percorrer, o
tempo malbaratado, as complicações a resolver, os males a sanear?” “Ninguém
foge indefinidamente à consciência nem às Leis da Vida.” (Obra citada. Terapia
desobsessiva, pp. 86 e 87.)
31. Que palavras a respeito da força do amor foram ditas pelo
dr. Carneiro de Campos?
Eis o que o médico
disse, comentando o resultado da doutrinação conduzida pelo Sr. Almiro: “O amor
é a força motriz do universo: a única energia a que ninguém opõe resistência; o
refrigério para todas as ardências da alma: o apoio à fragilidade e o mais
poderoso antídoto ao ódio. Mais do que palavras, a vibração amorosa do nosso
Almiro confirmou-lhe os conceitos de paz e renovação propostos ao sofredor. A
lógica e a razão constituem pilotis para o discernimento, mas é o amor que luz
soberano, conferindo segurança e harmonia a quem vai dirigido. Quando
vivenciarmos no cotidiano, em pensamentos, palavras e atos, os postulados do
amor, facilmente atingiremos a meta que a evolução nos propõe: a sintonia com o
Pai”. (Obra citada. Terapia desobsessiva, pp. 87 a 89.)
32. No serviço da doutrinação é importante a sintonia entre o
dirigente encarnado e o mentor espiritual encarregado da tarefa?
Sim. De alto
significado é, em reuniões dessa natureza, a sintonia mental, moral e
espiritual entre o dirigente encarnado e os responsáveis espirituais pela
tarefa, porquanto a identificação dos comunicantes e o diálogo com eles muito
dependem dessa afinidade. Nesse sentido o Sr. Almiro era o protótipo do
médium-doutrinador, porque unia ao conhecimento espírita os dotes morais de que
era investido, além de ser muito sensível à inspiração dos mentores. Com esses
requisitos, sua palavra se impregnava de força esclarecedora, capaz de
conquistar os oponentes naturais com os quais trabalhava. (Obra citada. Terapia
desobsessiva, pp. 87 a 91.)
Observação:
Para acessar a parte 3 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/03/blog-post_14.html
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