segunda-feira, 28 de março de 2022

 



Trilhas da Libertação

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 5

 

Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. 

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

33. Os Espíritos chamados nesta obra de gênios das trevas também reencarnam? Quando isso ocorre, que acontece?

Os gênios das trevas – expressão utilizada por um obsessor desencarnado – são os impiedosos comandantes bárbaros de ontem, que dizimaram cidades e povoados inteiros, na loucura desmedida que os governava. Eles permanecem nas regiões de degredo do planeta, aí retidos pela Soberana Vontade, de modo a permitirem o progresso das criaturas, em cujo círculo social não dispõem de meios para renascer. Ainda asselvajados, se reencarnassem nesse ínterim, conturbariam a sociedade e volveriam às paixões desvairadas que ateiam o fogo da desgraça. Periodicamente, alguns grupos dessa ordem mergulham no corpo para despertarem pela dor os que fogem do amor e, ante o medo que aterroriza, voltarem-se para o bem... Igualmente, os menos virulentos assomam em corpos jovens e formam bandos de aventureiros, de nômades, de apátridas que as drogas consomem, as músicas alucinadas estimulam e tresvariam e o sexo desvairado exaure, quando não tombam nas urdiduras dos crimes traumatizadores. (Trilhas da Libertação. Terapia desobsessiva, pp. 92 e 93.)

34. É verdade que muitos inimigos do bem situados na erraticidade são antigos religiosos fracassados?

Sim. A respeito disso, o dr. Carneiro de Campos revelou: “Estes seres, que se extraviaram em diversas reencarnações, assumindo altíssimas responsabilidades negativas para eles mesmos, procedem, na sua maioria, de Doutrinas religiosas cujos nomes denegriram com as suas condutas relapsas, atividades escusas e cortes extravagantes, nas quais o luxo e os prazeres tinham primazia em detrimento dos rebanhos que diziam guardar, mas que somente exploravam, na razão do quanto os desprezavam.” (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 95 a 97.)

35. Entre nós e os Espíritos inferiores é grande a permuta de energias?

Sim. Segundo o dr. Carneiro de Campos, o intercâmbio de energias psicofísicas entre os seres inferiores desencarnados e os homens é muito maior do que se imagina. Dezenas de milhões de criaturas de ambos os planos se encharcam de vitalidade, explorando-se umas às outras, mediante complexos processos de vampirização, simbiose, dependência, gerando uma psicosfera morbífica, aterradora. “Somente o despertar da consciência – afirma dr. Carneiro – logra interromper o comércio desastroso, no qual se exaurem os homens, e mais se decompõem moralmente os Espíritos.” (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 101 a 103.)

36. Que consequências podem resultar desse intercâmbio de energias?

As consequências são variadas. Enfermidades degenerativas do organismo físico, desequilíbrios mentais desesperadores, disfunções nervosas de alto porte, contendas, lutas, ódios, paixões asselvajadas, guerras e tiranias têm sua geratriz nesses antros de hediondez, onde as Forças do Mal, em forma de novos Lucíferes da mitologia, pretendem opor-se a Deus e tomar-lhe o comando. É por isso que o ser humano dá preferência à sensação, em detrimento das emoções enobrecidas, jugulando-se à dependência do prazer, cristalizando suas aspirações no gozo imediato e retendo-se nas faixas punitivas do processo evolutivo. Devido a esse comportamento, reencarna e desencarna por automatismo, sob lamentáveis condições de perturbação, perplexidade e interdependência psíquica. (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 101 a 103.)

37. Escolhido como novo comandante na região de sua influência, qual foi a primeira medida tomada pelo Soberano das Trevas?

Ciente do advento do Consolador na Terra e do seu programa de estudo e vivência do Cristianismo, o Soberano decidiu escutar fracassados conhecedores do comportamento das criaturas, tanto na área sexual como na econômica e na social, após o que estabeleceu seu programa, que ironicamente denominou como as quatro legítimas verdades, em zombeteira paráfrase do código de Buda em relação ao sofrimento. (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 103 a 105.)

38. Quais são as quatro verdades, segundo o pensamento do Soberano das Trevas?

Ei-las: 1ª - O homem é um animal sexual que se compraz no prazer. 2ª - O narcisismo é filho predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade, inerentes ao ser humano. 3ª - O poder tem prevalência em a natureza humana. 4ª - A ambição da riqueza, mesmo que mascarada, supera a falsa humildade, e o conforto amolenta o caráter, desestimulando os sacrifícios. “Quem poderá resistir a essas quatro legítimas verdades?”, perguntou o comandante. “Certamente, aquele que vencer uma ou mais de uma, tombará noutra ou em várias ao mesmo tempo.” (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 105 a 107.)

39. Em face do programa acima exposto, qual é a recomendação emanada dos mentores espirituais?

Manoel Philomeno de Miranda registrou, a propósito da relevante questão, a seguinte advertência: “Precatem-se, os servidores do Bem, das ciladas ultrizes do mal que tem raízes no coração, e estejam advertidos. Suportem o cerco das tentações com estoicismo e paciência, certos de que o Pai não lhes negará socorro nem proteção, propiciando-lhes o que seja mais importante e oportuno. Ademais, não receiem as calúnias dos injuriadores que os não consigam derrubar. Quando influenciados pelos assessores dos Gênios, mantenham-se intimoratos nos ideais abraçados. A vitória tem a grandeza da dimensão da luta travada”. (Obra citada. Os Gênios das Trevas e Reflexões Necessárias, pp. 107 a 110.)

40. No plano espiritual existem Espíritos equivocados, ainda iludidos pelas reminiscências terrestres e preocupados com as querelas do corpo já diluído no túmulo? 

Sim. Segundo o dr. Carneiro de Campos, veem-se na esfera espiritual, a cada instante, Espíritos nas condições mencionadas que se negam à realidade na qual se encontram. Os Benfeitores espirituais, confiantes na ação do tempo, agem com eles pacientemente, amorosamente, sem aguardar resultados imediatos, impossíveis, obviamente, de serem atingidos. (Obra citada. Reflexões Necessárias, pp. 114 e 115.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/03/blog-post_21.html

 

 

  

 

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