Trilhas da
Libertação
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 5
Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.
Este estudo é publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
33. Os Espíritos chamados nesta obra de gênios das trevas
também reencarnam? Quando isso ocorre, que acontece?
Os gênios das trevas
– expressão utilizada por um obsessor desencarnado – são os impiedosos
comandantes bárbaros de ontem, que dizimaram cidades e povoados inteiros, na
loucura desmedida que os governava. Eles permanecem nas regiões de degredo do
planeta, aí retidos pela Soberana Vontade, de modo a permitirem o progresso das
criaturas, em cujo círculo social não dispõem de meios para renascer. Ainda
asselvajados, se reencarnassem nesse ínterim, conturbariam a sociedade e
volveriam às paixões desvairadas que ateiam o fogo da desgraça. Periodicamente,
alguns grupos dessa ordem mergulham no corpo para despertarem pela dor os que
fogem do amor e, ante o medo que aterroriza, voltarem-se para o bem...
Igualmente, os menos virulentos assomam em corpos jovens e formam bandos de
aventureiros, de nômades, de apátridas que as drogas consomem, as músicas
alucinadas estimulam e tresvariam e o sexo desvairado exaure, quando não tombam
nas urdiduras dos crimes traumatizadores. (Trilhas
da Libertação. Terapia desobsessiva, pp. 92 e 93.)
34. É verdade que muitos inimigos do bem situados na erraticidade
são antigos religiosos fracassados?
Sim. A respeito
disso, o dr. Carneiro de Campos revelou: “Estes seres, que se extraviaram em
diversas reencarnações, assumindo altíssimas responsabilidades negativas para
eles mesmos, procedem, na sua maioria, de Doutrinas religiosas cujos nomes
denegriram com as suas condutas relapsas, atividades escusas e cortes
extravagantes, nas quais o luxo e os prazeres tinham primazia em detrimento dos
rebanhos que diziam guardar, mas que somente exploravam, na razão do quanto os
desprezavam.” (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 95 a 97.)
35. Entre nós e os Espíritos inferiores é grande a permuta de
energias?
Sim. Segundo o dr.
Carneiro de Campos, o intercâmbio de energias psicofísicas entre os seres
inferiores desencarnados e os homens é muito maior do que se imagina. Dezenas
de milhões de criaturas de ambos os planos se encharcam de vitalidade,
explorando-se umas às outras, mediante complexos processos de vampirização,
simbiose, dependência, gerando uma psicosfera morbífica, aterradora. “Somente o
despertar da consciência – afirma dr. Carneiro – logra interromper o comércio
desastroso, no qual se exaurem os homens, e mais se decompõem moralmente os
Espíritos.” (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 101 a 103.)
36. Que consequências podem resultar desse intercâmbio de
energias?
As consequências são
variadas. Enfermidades degenerativas do organismo físico, desequilíbrios
mentais desesperadores, disfunções nervosas de alto porte, contendas, lutas,
ódios, paixões asselvajadas, guerras e tiranias têm sua geratriz nesses antros
de hediondez, onde as Forças do Mal, em forma de novos Lucíferes da mitologia,
pretendem opor-se a Deus e tomar-lhe o comando. É por isso que o ser humano dá
preferência à sensação, em detrimento das emoções enobrecidas, jugulando-se à
dependência do prazer, cristalizando suas aspirações no gozo imediato e
retendo-se nas faixas punitivas do processo evolutivo. Devido a esse
comportamento, reencarna e desencarna por automatismo, sob lamentáveis
condições de perturbação, perplexidade e interdependência psíquica. (Obra
citada. Os Gênios das Trevas, pp. 101 a 103.)
37. Escolhido como novo comandante na região de sua
influência, qual foi a primeira medida tomada pelo Soberano das Trevas?
Ciente do advento do
Consolador na Terra e do seu programa de estudo e vivência do Cristianismo, o
Soberano decidiu escutar fracassados conhecedores do comportamento das
criaturas, tanto na área sexual como na econômica e na social, após o que
estabeleceu seu programa, que ironicamente denominou como as quatro legítimas
verdades, em zombeteira paráfrase do código de Buda em relação ao sofrimento. (Obra
citada. Os Gênios das Trevas, pp. 103 a 105.)
38. Quais são as quatro verdades, segundo o pensamento do
Soberano das Trevas?
Ei-las: 1ª - O homem
é um animal sexual que se compraz no prazer. 2ª - O narcisismo é filho
predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade, inerentes ao ser humano. 3ª
- O poder tem prevalência em a natureza humana. 4ª - A ambição da riqueza,
mesmo que mascarada, supera a falsa humildade, e o conforto amolenta o caráter,
desestimulando os sacrifícios. “Quem poderá resistir a essas quatro legítimas
verdades?”, perguntou o comandante. “Certamente, aquele que vencer uma ou mais
de uma, tombará noutra ou em várias ao mesmo tempo.” (Obra citada. Os Gênios
das Trevas, pp. 105 a 107.)
39. Em face do programa acima exposto, qual é a recomendação
emanada dos mentores espirituais?
Manoel Philomeno de
Miranda registrou, a propósito da relevante questão, a seguinte advertência:
“Precatem-se, os servidores do Bem, das ciladas ultrizes do mal que tem raízes
no coração, e estejam advertidos. Suportem o cerco das tentações com estoicismo
e paciência, certos de que o Pai não lhes negará socorro nem proteção,
propiciando-lhes o que seja mais importante e oportuno. Ademais, não receiem as
calúnias dos injuriadores que os não consigam derrubar. Quando influenciados
pelos assessores dos Gênios, mantenham-se intimoratos nos ideais abraçados. A
vitória tem a grandeza da dimensão da luta travada”. (Obra citada. Os Gênios
das Trevas e Reflexões Necessárias, pp. 107 a 110.)
40. No plano espiritual existem Espíritos equivocados, ainda
iludidos pelas reminiscências terrestres e preocupados com as querelas do corpo
já diluído no túmulo?
Sim. Segundo o dr.
Carneiro de Campos, veem-se na esfera espiritual, a cada instante, Espíritos
nas condições mencionadas que se negam à realidade na qual se encontram. Os
Benfeitores espirituais, confiantes na ação do tempo, agem com eles
pacientemente, amorosamente, sem aguardar resultados imediatos, impossíveis,
obviamente, de serem atingidos. (Obra citada. Reflexões Necessárias, pp. 114 e
115.)
Observação:
Para acessar a parte 4 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/03/blog-post_21.html
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