André
Luiz
Em
ti, no silêncio da prece mental, sem que tenhas necessidade de ver ou perceber,
em sentido direto, o coração bate sem cessar na cadência admirável da vida.
Movimenta-se
o sangue por mil canalículos diversos.
Intestinos
trabalham independentes de tua vontade sustentando-te a nutrição.
Pulmões
arfam revolvendo o ar que te envolve.
Impulsos
nervosos eletrizam-te a imensa população celular do cérebro.
Miríades
e miríades de unidades de vida microscópica palpitam na concha da boca.
Em
torno de ti, no silêncio de tua prece, os átomos se agitam em vórtices
intermináveis na estrutura material da roupa que te veste e dos sapatos que te
calçam.
A
eletricidade vibra esfuziante por quilômetros e quilômetros de fios,
transformando-se, não longe de ti, em força, luz e calor.
Milhares
de criaturas humanas num perímetro de algumas léguas em derredor falam, cantam
e choram sem que ouças.
Outros
milhões de vozes em dezenas de idiomas, nas ondas hertzianas, entrecruzam-se à
tua volta sem que as registres.
Raios
sem conta chovem sobre ti sem que lhes assinales a presença.
Inúmeros
fenômenos meteorológicos se sucedem em toda parte, sem que consigas relacioná-los.
O
planeta faz giros velozes carregando-te, em paz e segurança, sem que tomes
qualquer conhecimento disso.
Igualmente,
no silêncio de tua prece, acionas vasto mecanismo de auxílio e socorro na
atmosfera que te rodeia, comparável a imenso laboratório invisível.
O
teu influxo emocional dirige-se além de teus sentidos para onde te sintonizes,
através de insondáveis elementos dinâmicos.
Não
descreias da oração por não lhe marcares fisicamente os resultados imediatos. O
firmamento não é impassível porque te pareça mudo.
No
silêncio de tua prece mental, podes expressar até mesmo com mais veemência, do
que num discurso de mil palavras, o hino vibrante do amor puro, a ecoar pelo
Infinito, assimilando no âmago do ser a Divina Luz, que te sublimará todos os
anseios e esperanças, na renovação do destino.
Do
livro Opinião Espírita, obra psicografada pelos médiuns Francisco
Cândido Xavier e Waldo Vieira.
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